Conglomerado francês aprovou um aumento de capital para tentar solucionar dificuldades financeiras
por Alejandro Marimán Ibarra, do AutoCosmos.com
O conselho de fiscalização da diretoria do grupo francês PSA Peugeot-Citroën
aprovou um aumento de capital para atender suas dificuldades
financeiras. A operação envolve a entrada no conglomerado, como
acionistas, da empresa automotiva chinesa Dongfeng e do
Estado francês. Por conta dessa, as ações da PSA Peugeot Citroën
sofreram queda na bolsa de valores francesa na manhã dessa terça. Um
porta-voz da PSA confirmou que "existe um acordo de princípios" , mas
ainda não se estabeleceram os termos e os prazos dessa ampliação de
capital da empresa.
O porta-voz afirmou ainda que, no momento, não é possível dizer
qual a percentagem das ações irá para a Dondfeng e o governo francês,
nem o montante do aumento de capital. Até agora, o cenário ainda confuso
dava conta da emissão de novas ações no valor de 3 bilhões de euros. Um
volume de capital que permitiria a ambos os novos acionistas obter
cerca de 10 % das ações da empresa cada um. A família Peugeot , que
atualmente tem 25% das ações da PSA, também participa da operação para
tentar manter uma participação em torno de 15% e continuar como
acionista majoritária.
Não se sabe ainda quem presidirá o novo grupo, ou em que medida os
dois novos acionistas terão representantes no conselho. O atual
presidente do conselho de supervisão, Thierry Peugeot , de acordo com a
imprensa francesa, argumentou para esperava fazer todo o aumento de
capital necessário com vendas de ações ao público geral, para não se
tornar dependente dos dois futuros parceiros. Uma posição que entrou em
conflito com o presidente do consórcio de investidores família, Robert
Peugeot, e com o presidente da diretoria, Philippe Varin.
O ministro das Finanças francês, Pierre Moscovici, perturbado por
essas divisões internas na direção da PSA, reuniu-se na terça-feira com
representantes da família Peugeot para exigir um acordo rápido. E também
para lembrar que o governo francês não será excluído da reestruturação,
uma vez que já garantiu 7 bilhões de euros para que o braço financeiro
da PSA pudesse continuar operando.
Embora não haja uma data oficial para que os detalhes da transação
seja conhecidos , acredita-se que vai acontecer com a apresentação dos
resultados financeiros, no dia 19 de fevereiro.
A PSA anunciou hoje que suas vendas globais em 2013 caíram 4,9 %,
para 2,819 milhões de veículos, principalmente devido à queda de 7,33 %,
para 1.629.000 unidades na Europa. Isso apesar do aumento de 26 1% na
China, que é o seu segundo maior mercado depois da França, com 557.000
carros.
As ações da empresa foram afetadas pela notícia do aumento de
capital e seu valor depreciado desde os primeiros momentos de negociação
na Bolsa de Paris, na manhã dessa terça. Após 20 minutos do início do
pregão parisiense, o valor das ações da PSA já haviam caído 6,49%.
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