Em julho, a revista ESPN (a nossa, edição brasileira) publicou
uma entrevista feita com Felipe Massa em que a principal chamada era o
fato de ele ter procurado um psicólogo para ajudá-lo a entender melhor o
que estava acontecendo com ele principalmente depois do acidente
sofrido no GP da Hungria de 2009, espécie de marco depois do qual Felipe
não conseguiu mais resultados significantes na F1.
Minha conversa com Felipe foi mais curta do que eu gostaria para pode explorar este e outros temas com profundidade, mas devo admitir que foi longa para a F1, onde o tempo é escasso e o acesso às pessoas ligadas às equipes ou à FIA ou à FOM, limitadíssimo. Ainda mais quando falamos de entrevistas “particulares”, as “one-on-one”, com um só jornalista diante do entrevistado.
Na semana do GP da Hungria, último antes da pausa de verão, dois colegas tiveram a oportunidade de conversar com Felipe em uma entrevista em dupla (geralmente, as equipes organizam entrevistas “three-on-one”, com três jornalistas de nacionalidades diferentes entrevistando o mesmo piloto — os repórteres costumam combinar de publicar no mesmo dia. Os colegas que conversaram com Felipe Massa eram do jornal The National, de Abu Dhabi, e L’Equipe, esportivo francês (não consegui achar o link no L’Equipe e tampouco consegui confirmar com o colega se ele publicou mesmo a entrevista, mas falamos sobre ele tê-la feito).
Nesta entrevista, Felipe foi interpelado sobre a questão do psicólogo e deu mais detalhes: disse que segue fazendo terapia com um profissional brasileiro via Skype, uma vez por semana.
Pois bem. O que me chamou a atenção na reação ao que foi publicado na revista ESPN foi o fato de a consulta com um psicólogo ter sido motivo de tanto burburinho negativo, como se fosse um demérito. A meu ver, é justamente o contrário: ter coragem de quebrar a barreira de preconceito que existe no mundo esportivo contra este tipo de profissional é digno de admiração.
No futebol, por exemplo, os jogadores tiram sarro dos psicólogos por trás, dizem sempre que está tudo bem, que estão felizes e que o chefe é bacana quando numa sessão. Não dá pra generalizar, mas a maioria dos jogadores age assim. Isso quando não dizem que “psicólogo é para louco” — se bem que não precisa ser boleiro pra ter este tipo de preconceito; esta frase é daquelas que se ouve por aí, na boca de tanta gente.
Por estas e outras é que procurar um psicólogo é mais um sinal de maturidade do que de fraqueza, é encarar o medo de se aprofundar no seu próprio lado mais obscuro e tirar algo de positivo dali, a força necessária para se reerguer.
Este trabalho, sozinho, pode não ser suficiente para fazer com que Felipe se aproxime de Alonso no campeonato, afinal, o ano do espanhol está sendo simplesmente genial. Mas, se fizer com que ele se torne um homem melhor diante dele mesmo, então terá valido de algo… e não cabe a nós julgá-lo neste aspecto, apenas analisá-lo no campo esportivo.
Pausa
Aproveitando a pausa da F1, vou fazer uma pausa por aqui também. O blog volta na semana que antecede o GP da Bélgica, retomada da temporada em 2 de setembro.
Minha conversa com Felipe foi mais curta do que eu gostaria para pode explorar este e outros temas com profundidade, mas devo admitir que foi longa para a F1, onde o tempo é escasso e o acesso às pessoas ligadas às equipes ou à FIA ou à FOM, limitadíssimo. Ainda mais quando falamos de entrevistas “particulares”, as “one-on-one”, com um só jornalista diante do entrevistado.
Na semana do GP da Hungria, último antes da pausa de verão, dois colegas tiveram a oportunidade de conversar com Felipe em uma entrevista em dupla (geralmente, as equipes organizam entrevistas “three-on-one”, com três jornalistas de nacionalidades diferentes entrevistando o mesmo piloto — os repórteres costumam combinar de publicar no mesmo dia. Os colegas que conversaram com Felipe Massa eram do jornal The National, de Abu Dhabi, e L’Equipe, esportivo francês (não consegui achar o link no L’Equipe e tampouco consegui confirmar com o colega se ele publicou mesmo a entrevista, mas falamos sobre ele tê-la feito).
Nesta entrevista, Felipe foi interpelado sobre a questão do psicólogo e deu mais detalhes: disse que segue fazendo terapia com um profissional brasileiro via Skype, uma vez por semana.
Pois bem. O que me chamou a atenção na reação ao que foi publicado na revista ESPN foi o fato de a consulta com um psicólogo ter sido motivo de tanto burburinho negativo, como se fosse um demérito. A meu ver, é justamente o contrário: ter coragem de quebrar a barreira de preconceito que existe no mundo esportivo contra este tipo de profissional é digno de admiração.
No futebol, por exemplo, os jogadores tiram sarro dos psicólogos por trás, dizem sempre que está tudo bem, que estão felizes e que o chefe é bacana quando numa sessão. Não dá pra generalizar, mas a maioria dos jogadores age assim. Isso quando não dizem que “psicólogo é para louco” — se bem que não precisa ser boleiro pra ter este tipo de preconceito; esta frase é daquelas que se ouve por aí, na boca de tanta gente.
Por estas e outras é que procurar um psicólogo é mais um sinal de maturidade do que de fraqueza, é encarar o medo de se aprofundar no seu próprio lado mais obscuro e tirar algo de positivo dali, a força necessária para se reerguer.
Este trabalho, sozinho, pode não ser suficiente para fazer com que Felipe se aproxime de Alonso no campeonato, afinal, o ano do espanhol está sendo simplesmente genial. Mas, se fizer com que ele se torne um homem melhor diante dele mesmo, então terá valido de algo… e não cabe a nós julgá-lo neste aspecto, apenas analisá-lo no campo esportivo.
Pausa
Aproveitando a pausa da F1, vou fazer uma pausa por aqui também. O blog volta na semana que antecede o GP da Bélgica, retomada da temporada em 2 de setembro.
Fonte: tazio
Disponível no(a): http://tazio.uol.com.br
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