Indy custa quase o mesmo que F1 para a prefeitura de São Paulo

Categoria atrai menos de um décimo do número de turistas em relação à concorrente

Leonardo Felix, do Anhembi

Bandeira verde é dada no circuito Anhembi (Beto Issa)

Ter a Fórmula Indy custa, para os cofres paulistanos, quase o mesmo que a Fórmula 1. No entanto, o retorno em número de turistas é de apenas 7% no comparativo com a concorrente. A disparidade é exposta pela própria prefeitura, em seus dados oficiais sobre investimento nas duas categorias e quantidade de visitantes na capital paulista.

Nesta quinta-feira, na abertura oficial das atividades da etapa de São Paulo da Indy, o prefeito da cidade, Gilberto Kassab, admitiu que os gastos com a Indy em 2012 devem ultrapassar R$ 27 milhões. Em 2011, o Município destinou quase R$ 30 milhões à SPTuris, responsável pela organização do evento, com a finalidade de preparar o circuito de Interlagos para a principal categoria entre os monopostos.
A prova da Indy é disputada em um circuito de rua de 4.080 metros na região do Anhembi. Em duas edições, a pista apresentou problemas de excessiva ondulação e de drenagem precária das águas pluviais.
Esses foram os dois pontos mais trabalhados pela organização neste ano. Por isso, a prefeitura prevê gastos de cerca de R$ 15 milhões para todas as intervenções no traçado, incluindo o recapeamento de trechos considerados críticos e a inclusão de 300 metros de canaletas espalhadas no entorno da pista.
Além disso, serão destinados outros R$ 12 milhões para publicidade da prova, sob a responsabilidade da própria SPTuris. Kassab reconheceu que os valores podem ser ainda maiores. "Temos alguns procedimentos pontuais que podem surgir e, por isso, os valores podem oscilar para mais ou para menos. Mas a média dever ficar em R$ 27 milhões", explicou.
De acordo com os organizadores, são esperados aproximadamente 7 mil turistas na capital paulista. Em 2011, a SPTuris calcula em quase 100 mil o número de visitantes para a Fórmula 1. Kassab, entretanto, assegurou que o investimento na Indy é compensatório. "Cada valor 'xis' que investimos com a prova nos prorciona 'três xis' de retorno em nossa economia, fora a geração de empregos", justificou.
Somado a esses valores, a prefeitura já previu gastos de R$ 2 a 3 milhões no meio do ano para readequar o piso do sambódromo ao desfile de carnaval de 2013. Antes da prova, o concreto do trecho, onde fica a reta principal, tem de receber frisos em sua superfície para melhorar a aderência dos carros. Depois, é preciso colocar uma nova camada fina de concreto liso para que os carros alegóricos das escolas de samba possam desfilar.
Etapa de São Paulo da Indy em números:
- 27 milhões de reais é o valor estimado para ser gasto com o evento, sendo 15 milhões em obras estruturais e 12 milhões para a publicidade.
- 80 mil é o número de pessoas que a organização calcula receber no Anhembi durante todo o fim de semana. 40 mil deve ser o público presente nas arquibancadas no domingo. A cidade espera receber 7 mil turistas nesse período.
- 3,2 mil servidores públicos e terceirizados estarão à disposição da organização da corrida durante o fim de semana. Serão quatro subprefeituras envolvidas: Santana, Casa Verde, Sé e Vila Maria.
- 300 metros de canaletas para drenagem de águas pluviais foram instaladas às margens de diversos trechos do traçado.
Seis postos médicos serão espalhados pela pista para atender pilotos e espectadores, além de 12 ambulâncias e um helicóptero. Casos mais graves serão encaminhados ao Hospital Paulistano.
- Um é o número de pilotos que venceram as edições anteriores da prova. Apenas Will Power teve esse gosto, em 2010 e no ano passado.
- Zero é a quantidade de vendedores ambulantes que a organização promete figurar nos arredores do circuito urbano até domingo.

Fonte: tazio
Disponível no(a): http://tazio.uol.com.br
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