Gruning afirma que categoria quer expandir seu calendário internacional
Em 2012, a categoria americana visita o Brasil pela terceira temporada consecutiva, além de ir à China pela primeira vez, em uma prova nas ruas de Qingdao. Em entrevista ao Tazio Autosport, nesta quinta-feira, no circuito do Anhembi, o dirigente reforçou as intenções da Indy em levar suas corridas para além de seu mercado tradicional. “Se eu fosse dizer hoje, acho que haverá, nos próximos anos, algo em torno de três ou quatro corridas fora dos Estados Unidos e Canadá”, revelou.
Mesmo que haja planos de expandir a categoria para o exterior, a Indy também almeja fortalecer suas raízes dentro dos Estados Unidos, especialmente em um público que não coincida com o da Nascar, que tem um apelo popular mais dominante no país. “Visamos o público mais jovem e urbano, enquanto a Nascar tem uma audiência diferente”, comparou.
“Efeito Barrichello” também é visto nos Estados Unidos
“É inacreditável a maneira com que ele se apresenta aos fãs e vice-versa. Seu benefício à categoria tem sido incrível”, celebrou Gruning, que frisou que a categoria gradativamente cria laços mais fortes com o Brasil. “Há o aspecto do combustível, já que o etanol utilizado é feito a partir da cana-de-açucar brasileira. Isso é muito importante para a Indy.”
Confira a entrevista completa com Greg Gruning, vice-presidente da Indy:
Hoje em dia, como você avalia o fato de a Indy estar presente no Brasil da maneira que está?
É muito importante para a Indy ter o Brasil em seu calendário. O país tem uma rica herança de pilotos, iniciada por Emerson [Fittipaldi], [Ayrton] Senna, e agora com Hélio, TK [Tony Kanaan] e Rubens. Há também outros aspectos, como os negócios, onde milhões de dólares são movimentados, além do aspecto do combustível, já que o etanol utilizado é feito a partir da cana-de-açucar brasileira. Isso é muito importante para a Indy.
O impacto da chegada de Rubens Barrichello à Indy foi muito grande no Brasil. E nos Estados Unidos? O que representou a chegada de um piloto da F1 à categoria?
Isso é muito interessante. Estamos medindo isso a partir de seguidores do Twitter, além de índices de audiência na televisão. Ele é muito popular no Twitter, o que mobiliza uma grande massa de torcedores. Houve muito interesse do torcedor norte-americano para ver como Barrichello se sairia depois de ter guiado na F1 por tanto tempo. É inacreditável a maneira com que ele se apresenta aos fãs e vice-versa. Seu benefício à categoria tem sido incrível.
Além de vir ao Brasil pelo terceiro ano seguido, a categoria passará a ir a China em 2012. Atualmente, quais são as metas da categoria em termos de novos mercados?
Essa é uma ótima pergunta. Nossa base de negócios é na América do Norte, então temos que ser muito estratégicos ao planejar nossa expansão em outros lugares no globo. Temos de verificar minuciosamente se a entrada em novos mercados é benéfica para a categoria – e este foi o caso do Brasil, por todos os motivos que já citei.
Vemos as nossas necessidades próprias para fazer as escolhas, além de conversarmos com nossas empresas parceiras para ver o que eles querem – e são eles que quiseram ir ao Brasil e à China, que são dois dos nossos principais mercados.
E há algum outro país em vias de passar a integrar o calendário?
Estamos estudando vários países diferentes, várias cidades diferentes. Se eu fosse te dizer hoje, acho que haverá, nos próximos anos, algo em torno de três ou quatro corridas fora dos Estados Unidos e Canadá, sendo algumas até mesma consecutivas.
Dentro dos Estados Unidos, há a Nascar, que tem um apelo popular gigantesco. Quais são as metas da categoria para a própria população americana? Existe a possibilidade de competir com a Nascar pelo mesmo público?
Bom, eu encaro isso de uma maneira diferente. O público da Nascar e o público da Indy não são os mesmos, então não sei se posso dizer que há uma competição de fato. Além disso, acho que o tipo de marcas envolvidas e o tipo de espetáculo não se assemelham.
Obviamente que, em alguns casos, há um conflito, mas não é sempre assim. Nosso foco é em grandes cidades, como São Petersburgo, Long Beach, Toronto e até mesmo São Paulo e Qingdao. Visamos o público mais jovem e urbano, enquanto a Nascar tem uma audiência diferente.
Nas últimas semanas, alguns membros da F1 utilizaram o Brasil como parâmetro para relatar a segurança vista durante a passagem pelo Bahrein. Como isso é para a Indy? É muito diferente do visto na América do Norte?
Não. Já vim aqui várias vezes e, do ponto de vista de segurança, me sinto o mais seguro possível, do mesmo jeito que nos Estados Unidos. O que o prefeito [Gilberto Kassab] tem feito para garantir nossa segurança na cidade tem sido fenomenal. Nunca tivemos nenhum tipo de problema com isso.
Fonte: tazio
Disponível no(a): tazio.uol.com.br
Comente está postagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário