Volkswagen investe no visual e em equipamentos para emplacar o pseudo-off-road Gol Rallye
A roupagem off-road frequenta vários guarda-roupas de automóveis compactos no Brasil. Afinal, modelos de altos volumes tem as vendas construídas pela superposição de vários gêneros de consumidores.
No caso
da Volkswagen, o ator nesse cenário é a versão Rallye do Gol, que já
está na quarta edição. O modelo se vale da antiga imagem de robustez da
marca para enfrentar rivais tão aptos quanto ele para enfrentar a lama:
Honda Fit Twist, Hyundai HB20X e o recentíssimo Toyota Etios Cross. A
Volkswagen faz mistério com a informação sobre a participação da versão
“mix” de vendas do compacto – a classifica como “estratégica” –, mas no
lançamento esperava que a versão respondesse por 8% das vendas. Algo
como 1.800 unidades mensais.A roupagem off-road frequenta vários guarda-roupas de automóveis compactos no Brasil. Afinal, modelos de altos volumes tem as vendas construídas pela superposição de vários gêneros de consumidores.
A parte “Rallye” do Gol não reflete necessariamente ambições reais. A Volkswagen até fez modificações em pneus e suspensão, que deixou o modelo 28 mm mais elevado em relação ao hatch “normal” – 23 mm dessa altura vem de novas molas e amortecedores. Já os pneus são 195/50 e envolvem rodas de 16 polegadas. Nada indicados para quem quer sujar o carro de barro.
Fora essa “adaptação”, o apelo off-road se resume ao visual. O para-choque recebeu um “peito de aço” falso, em plástico pintado de prateado. A grade ganhou o formato de colmeia e traz o nome da versão do lado esquerdo. Chamam atenção os volumosos faróis de neblina circulados por um aro cromado – como na Saveiro Cross. Nas laterais, os para-lamas têm molduras escuras, as carcaças dos retrovisores são prateadas e adesivos que simulam respingos de lama adornam a parte inferior das portas.
Na parte mecânica, a Volkswagen só oferece a já tradicional motorização bicombustível 1.6 litro 8V – o motor 1.0 é reservado apenas para a versão Track. Ele rende 101 cv com gasolina e 104 cv com etanol, sempre a 5.250 rpm. O torque é de 15,4 kgfm e 15,6 kgfm, respectivamente, aos 2.500 giros. A transmissão tem duas opções: manual ou automatizada I-Motion, ambas de cinco velocidades.
A Volkswagen cobra R$ 46.670 pela versão “pseudo-lameira” com câmbio mecânico. A etiqueta sobe para R$ 49.450 com a transmissão robotizada. Para tentar justificar o preço, a marca alemã incorporou um extensa lista de itens de série ao modelo. Como rodas de alumínio, faróis auxiliares, sensor de estacionamento traseiro, ar-condicionado, airbag duplo frontal, chave tipo canivete, direção assistida, freios ABS, vidros e travas elétricas e volante ajustável. Com os opcionais, que incluem volante multifunção, rádio/CD/MP3 com entrada USB, Bluetooth e interface para Ipod, paddle-shifts e revestimento em couro sientético, o valor salta para R$ 53.163.
Ponto a ponto
Desempenho – Os 101/104 cv – com gasolina e etanol – do motor 1.6 se traduzem em um desempenho justo. E como o torque máximo de 15,4/15,6 kgfm já está disponível já a baixas 2.500 rpm, o hatch mostra boa desenvoltura na cidade. Quando “estimulado”, o propulsor faz o trabalho com eficiência e entrega boa dose de potência. Nota 8.
Estabilidade – A
suspensão mais elevada não chega a prejudicar o comportamento dinâmico
do modelo. O equilíbrio segue bem acertado, mesmo com a maior tendência
de rolagem da carroceria. Já os pneus 195/50 de 16 polegadas não são
apropriados para terrenos acidentados. Eles roubam bastante o conforto
dos ocupantes, inclusive porque a suspensão tem uma calibragem mais para
rígida. No asfalto, a resposta do conjunto é melhor. Nota 7.
Interatividade – O quadro de instrumentos possibilita uma leitura clara e a visibilidade dianteira e traseira é satisfatória. Todos os comandos úteis do Gol Rallye estão ao alcance das mãos e são de fácil utilização. O volante multifuncional tem um certo excesso de botões, mas adiciona praticidade ao cotidiano. No mais, o Gol é um carro de poucos recursos e não tem mesmo porque complicar. Nota 7.
Consumo – O InMetro não
recebeu nenhuma unidades do Gol Rallye para medição. Mas de acordo com
testes do novo Gol equipado com o mesmo motor 1.6 litro e transmissão
I-Motion os números registraram 7,3 km/l na cidade e 9,4 km/l na estrada
com etanol e 10,7 km/l na cidade e 13,7 km/l na estrada com gasolina. O
consumo obteve nota B tanto dentro do segmento quanto na classificação
geral. Nota 7.
Conforto – O Gol não é um carro espaçoso nem dentro do segmento. Quem vai na frente ainda “usufrui” de alguma comodidade, mas o mesmo não acontece com os ocupantes traseiros. O isolamento acústico do habitáculo é apenas razoável, mas é ajudado pelo motor que não precisa berrar para desenvolver. Os pequenos solavancos, como soluços, gerados pelas trocas de marchas do sistema I-Motion prejudicam um pouco quem vai a bordo. A suspensão também não trata os ocupantes com muita suavidade. Nota 5.
Tecnologia – O Gol não é um exemplo de modernidade. A plataforma se origina de uma simplificação da usada no Polo, que tem 12 anos de vida. O propulsor é o velho EA111, que desembarcou no Brasil em meados da década de 1990. Apesar de antigos, ainda são eficientes. Mas o item mais recente é mesmo a nova plataforma eletrônica, que permite os sistemas do carro conversarem entre si. Como o sensor de estacionamento incorporado ao rádio. Nota 7.
Habitabilidade – Não há muitos problemas para entrar e sair do Gol Rallye devido ao bom ângulo de abertura das portas. No interior há variados porta-objetos e a posição de dirigir é ajudada pelos ajustes de profundidade e altura dos volante. Mas ali dentro o aperto é inevitável. O entre-eixos curto e a baixa altura do teto não garantem espaço para pernas e cabeças, principalmente atrás. O porta-malas de 285 litros tem capacidade apenas compatível com o segmento. Nota 6.
Conforto – O Gol não é um carro espaçoso nem dentro do segmento. Quem vai na frente ainda “usufrui” de alguma comodidade, mas o mesmo não acontece com os ocupantes traseiros. O isolamento acústico do habitáculo é apenas razoável, mas é ajudado pelo motor que não precisa berrar para desenvolver. Os pequenos solavancos, como soluços, gerados pelas trocas de marchas do sistema I-Motion prejudicam um pouco quem vai a bordo. A suspensão também não trata os ocupantes com muita suavidade. Nota 5.
Tecnologia – O Gol não é um exemplo de modernidade. A plataforma se origina de uma simplificação da usada no Polo, que tem 12 anos de vida. O propulsor é o velho EA111, que desembarcou no Brasil em meados da década de 1990. Apesar de antigos, ainda são eficientes. Mas o item mais recente é mesmo a nova plataforma eletrônica, que permite os sistemas do carro conversarem entre si. Como o sensor de estacionamento incorporado ao rádio. Nota 7.
Habitabilidade – Não há muitos problemas para entrar e sair do Gol Rallye devido ao bom ângulo de abertura das portas. No interior há variados porta-objetos e a posição de dirigir é ajudada pelos ajustes de profundidade e altura dos volante. Mas ali dentro o aperto é inevitável. O entre-eixos curto e a baixa altura do teto não garantem espaço para pernas e cabeças, principalmente atrás. O porta-malas de 285 litros tem capacidade apenas compatível com o segmento. Nota 6.
Acabamento – O interior
do Gol Rallye segue o padrão da linha, ou seja, é extremamente simples.
Apesar de tecnologias como Bluetooth, sensor de estacionamento
integrado ao rádio, o console central tem um desenho antiquado. Os
arremates, no entanto, são precisos e demonstram boa qualidade na
montagem. Até existem elementos interessantes no acabamento, como o uso
de tecido nas portas, o volante multifuncional e a inserção de black
piano em volta do rádio. Nada que chegue realmente a conferir requinte. Nota 6.
Design – Com a última reestilização, o Gol se alinhou à identidade visual da Volkswagen. A versão Rallye mantém a essência, mas os apliques estéticos aventureiros, os enormes faróis de neblina na frente e as rodas de 16 polegadas garantem a diferenciação do modelo frente a versão “civil”. Nota 7.
Custo/benefício – O Gol Rallye atende uma faixa de preço que começa nos R$ 46.670 e vai a R$ 53.163 com equipamentos e câmbio automatizado. O valor fica perto do Hyundai HB20X, que parte de R$ 48.755 e chega ao máximo de R$ 51.955 com transmissão automática. O recém-lançado Toyota Etios Cross tem a etiqueta de R$ 45.690, mas não tem os mesmos recursos nem opção de câmbio automático ou automatizado. Já o Honda Fit Twist fica em outro patamar de preço. Ele parte de altos R$ 57.990 e atinge R$ 61.900 com transmissão automática Neste cenário, o Gol tem um preço correto. Nota 7.
Total – O Volkswagen Gol Rallye somou 69 pontos em 100 possíveis.
Design – Com a última reestilização, o Gol se alinhou à identidade visual da Volkswagen. A versão Rallye mantém a essência, mas os apliques estéticos aventureiros, os enormes faróis de neblina na frente e as rodas de 16 polegadas garantem a diferenciação do modelo frente a versão “civil”. Nota 7.
Custo/benefício – O Gol Rallye atende uma faixa de preço que começa nos R$ 46.670 e vai a R$ 53.163 com equipamentos e câmbio automatizado. O valor fica perto do Hyundai HB20X, que parte de R$ 48.755 e chega ao máximo de R$ 51.955 com transmissão automática. O recém-lançado Toyota Etios Cross tem a etiqueta de R$ 45.690, mas não tem os mesmos recursos nem opção de câmbio automático ou automatizado. Já o Honda Fit Twist fica em outro patamar de preço. Ele parte de altos R$ 57.990 e atinge R$ 61.900 com transmissão automática Neste cenário, o Gol tem um preço correto. Nota 7.
Total – O Volkswagen Gol Rallye somou 69 pontos em 100 possíveis.
Impressões ao dirigir
Respingos aspiracionais
O Gol Rallye até parece que tem alguma aptidão “off-road”. Os para-choques dão uma certa robustez ao carro, juntamente com as enormes “bocas” dos faróis de neblina. As caixas de rodas em plástico preto também transmitem essa sensação. O interior ganhou alguns detalhes como o forro em cinza escuro nas colunas e no teto, para dar um “ar” mais requintado ao habitáculo. Mas, de um uma forma geral, é tudo muito simples.
A arquitetura ainda é a adotada em 2008, que é originada de um projeto de 2001. Mas ainda traz boa rigidez, apesar de o habitáculo não oferecer muito espaço. Os 28 mm de altura a mais da suspensão não prejudicam no aspecto dinâmico. O comportamento segue o “padrão” e o modelo mantém a trajetória correta em uma sequência de curvas. A suspensão é firme e as rodas de 16 polegadas trazem pneus 195/50, mas o conjunto privilegia o equilíbrio ao conforto no rodar. A absorção das imperfeições não é lá essas coisas. E isso cria uma situação contraditória. O modelo vende uma imagem aventureira mas se dá muito melhor no asfalto liso que nos pisos irregulares.
O motor, mesmo sendo relativamente antigo, tem um desempenho que ainda agrada bastante e cumpre bem o seu papel no trânsito urbano. Ele dá boa agilidade ao modelo, principalmente com o torque máximo sendo atingido a 2.500 giros. A unidade testada era equipada com a transmissão automatizada I-Motion que até efetua trocas rápidas, mas provoca trancos nas mudanças que incomodam os ocupantes. A conversa com o câmbio, no entanto, melhora com a presença dos paddle-shifts.
Respingos aspiracionais
O Gol Rallye até parece que tem alguma aptidão “off-road”. Os para-choques dão uma certa robustez ao carro, juntamente com as enormes “bocas” dos faróis de neblina. As caixas de rodas em plástico preto também transmitem essa sensação. O interior ganhou alguns detalhes como o forro em cinza escuro nas colunas e no teto, para dar um “ar” mais requintado ao habitáculo. Mas, de um uma forma geral, é tudo muito simples.
A arquitetura ainda é a adotada em 2008, que é originada de um projeto de 2001. Mas ainda traz boa rigidez, apesar de o habitáculo não oferecer muito espaço. Os 28 mm de altura a mais da suspensão não prejudicam no aspecto dinâmico. O comportamento segue o “padrão” e o modelo mantém a trajetória correta em uma sequência de curvas. A suspensão é firme e as rodas de 16 polegadas trazem pneus 195/50, mas o conjunto privilegia o equilíbrio ao conforto no rodar. A absorção das imperfeições não é lá essas coisas. E isso cria uma situação contraditória. O modelo vende uma imagem aventureira mas se dá muito melhor no asfalto liso que nos pisos irregulares.
O motor, mesmo sendo relativamente antigo, tem um desempenho que ainda agrada bastante e cumpre bem o seu papel no trânsito urbano. Ele dá boa agilidade ao modelo, principalmente com o torque máximo sendo atingido a 2.500 giros. A unidade testada era equipada com a transmissão automatizada I-Motion que até efetua trocas rápidas, mas provoca trancos nas mudanças que incomodam os ocupantes. A conversa com o câmbio, no entanto, melhora com a presença dos paddle-shifts.
Ficha técnica
Volkswagen Gol Rallye 1.6 8V
Motor: Bicombustível, 1.598 cm³, dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, duas válvulas por cilindro e comando
simples no cabeçote. Injeção multiponto sequencial e acelerador eletrônico.
Potência máxima: 101 cv e 104 cv a 5.250 rpm com gasolina e etanol.
Torque máximo: 15,4 kgfm e 15,6 kgfm a 2.500 rpm com gasolina e etanol.
Aceleração de 0 a 100 km/h: 10,1 e 9,8 segundos com gasolina e etanol.
Velocidade máxima: 188 km/h e 190 km/h com gasolina e etanol.
Diâmetro e curso: 76,5 X 86,9 mm. Taxa de compressão: 12,1:1.
Transmissão: Câmbio manual com cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira.
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com braços triangulares transversais e barra estabilizadora. Traseira com eixo de torção com braços longitudinais.
Carroceria: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 3,89 metros de comprimento, 1,65 m de largura, 1,49 m de altura e 2,46 m de distância entre-eixos.
Peso: 1.018 kg.
Capacidade do porta-malas: 285 litros.
Tanque de combustível: 55 litros.
Produção: São Bernardo do Campo/SP.
Lançamento: 2013.
Itens de série: Airbag duplo, ABS, ar-condicionado, banco do motorista com regulagem de altura, trio elétrico, faróis de
neblina, rodas de liga leve de 16 polegadas e pré-disposição para rádio.
Preço: R$ 46.670.
Opcionais: Volante multifuncional, rádio/CD/MP3/USB/Bluetooth com sensor ótico de estacionamento, banco revestido parcialmente em couro e transmissão automatizada I-Motion com shift-paddles e pintura.
Preço completo: R$ 53.163.
Participe! Deixe aqui seu comentário. Muito Obrigado! Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br
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