10 de dez. de 2013

Esportivo brasileiro será exportado para os EUA

Feito no Brasil, um novo veículo, que reúne linhas clássicas com a mais moderna técnica automotiva, promete invadir o mercado estadunidense de superesportivos
 
 
 
 
 
Texto: Rogério Ferraresi
Fotos: Bruno Guerreiro


Made in Brazil”: este termo, muito utilizado, no passado, pela Puma, promete voltar a ter grande relevância no maior mercado de automóveis  do mundo. E isso ocorrerá graças ao Sigma, um conversível de dois lugares que começará a ser exportado para os EUA em 2014.  A história do projeto teve início em 2006, através da Sigmatronic Tecnologia Aplicada.
 
 
 
 
Fundada no início da década de 80, esta empresa se dedica a manutenção de válvulas industriais e acumula grande experiência nos setores de mecânica e engenharia, contando com avançados equipamentos de usinagem. Em sua sede própria, com 1400 m2 de área construída (localizada em Santo André, SP), a Sigmatronic trabalha prestando serviços especializados nas áreas de petróleo, química, petroquímica, energia, farmacêutica, papel e celulose na execução de serviços, manutenção e montagem industrial.
 
 
 
 
Assim, concluíram os responsáveis pela Signatronic que o know how da empresa era plenamente aplicável na fabricação de peças para carros de alto desempenho, compatíveis com o que de melhor é feito no exterior, seja na América do Norte, na Ásia ou na Europa. Isso é fácil de ser explicado, entre outros aspectos, pelo fato da Sigmatronic atender os requisitos de entidades de normatização internacionais, tendo recebido os certificados  ISO 9001:2008, ISO 14001:2004, OSHA 18001:2007, creditadas pelo SGS/Inmetro (Brasil) e UKAS (Reino Unido).
 
 
 
 
Para levar esta idéia a diante foi criada uma nova empresa, a Sigma Sport Car que, para divulgar seus produtos e sistemas, projetou um carro inspirado no design dos clássicos hot rods estadunidenses, mas com o mesmo luxo e sofisticação dos mais avançados superesportivos do mundo, estabelecendo um novo padrão na história da indústria brasileira de carros fora-de-série. O protótipo, após um severo período de testes, sofreu diversos aperfeiçoamentos, possibilitando a finalização do segundo protótipo, um roadster de grande impacto visual. A mudança exigiu a realização de diversos reforços estruturais, além de um novo período de experiências. Finalizada esta etapa, o carro de série surgiu em 2012 e já estão sendo realizados os primeiros contratos para exportação (EUA). Nos Estados Unidos o Sigma concorrerá com outros superesportivos, tendo como trunfos o baixo preço e alta tecnologia aplicada.
 
 
 
 
O Sigma tem estrutura tubular de açovestida” por uma carroceria de fibra de vidro. Essa estrutura foi geometricamente projetada para ser leve e robusta, apresentando ainda grande resistência às torções. A carroceria é inspirada no Chevrolet Master 1934, mas apresenta diversas alterações de estilo, todas visando otimizar da segurança e o conforto para o motorista. As suspensões são independentes, sendo a dianteira do tipo “push rod”, a mesma empregada em monopostos de Formula Indy , com coil overs. Assim, as forças atuantes nas rodas são transmitidas por barras de acionamento, que criam uma estrutura de alavanca angular e amplificam o movimento até a mola. O sistema reduz as massas não-suspensas, facilitando, assim, o controle do veículo. Na traseira a suspensão multilink também conta com coil overs, ancorados na parte central da viga do chassi, trabalhando em conjunto com balancins triangulares.
 
 
 
 
O sistema de freios, com quatro discos ventilados de 14 polegadas, conta com pinças de oito e seis pistões (as únicas feitas no Brasil com tais características), além de pedaleiras de alumínio com reservatórios de fluído incorporados. A motorização do Sigma irá variar conforme a encomenda do cliente, mas o protótipo conta com motor Chevrolet small block 350 V8, o qual trabalha em conjunto com a caixa de câmbio Borg-Warner Tremec manual de cinco velocidades. Além disso, o Sigma tem acabamento interno feito em materiais como couro, alumínio e fibra de carbono. O acordo de exportação da Sigma prevê o envio de veículos sem os conjuntos de motor, câmbio e diferencial para os EUA. Lá os carros receberam mecânicas produzidas localmente, atendendo, assim, as legislações vigentes no mercado estadunidense. A entrada da Sigma nos EUA se dará através da Complete Vehicle Integration (CVI). No primeiro ano serão exportadas 12 unidades, demanda esta que crescerá para 120 carros no segundo ano das operações internacionais, e no terceiro ano a produção deve ser de 500 unidades, exigindo a ampliação da empresa.
 
 
 
 
A Sigma também irá comercializar, no mercado interno, peças e conjuntos mecânicos para carros de alto desempenho, voltados para as pistas ou as ruas, tendo como base o projeto de seu incrível roadster. Por tal motivo será possível contar com boa parte da tecnologia empregada no superesportivo da marca nos mais diversos veículos, independente de marca, ao ou modelo.  Vale ressaltar a importância do surgimento do Sigma por este caracterizar a iniciativa de revitalizar a outrora pujante indústria de carros fora de série, setor que se caracterizava por contar com um parque fabril 100% nacional, capaz de absorver mão de obra, formar profissionais, trazer divisas e desenvolver novas tecnologias.
 
 
 
 
Serviço:

Sigma Sport Car
Rua Atibaia 920
Santo André, SP
(11) 4422 8900
www.sigmasportcar.com.br

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