5 de jul. de 2013

F-1:Equipes veem teste pós-GP do Brasil em Interlagos como improvável

Diretores de Sauber, Ferrari, McLaren e Mercedes afirmaram que ideia não foi aprovada em reunião na Alemanha; diretor da Pirelli tenta encontrar uma alternativa

GP do Brasil de 2012 em Interlagos (Foto: Antonio Scorza/AFP)GP do Brasil de 2012 em Interlagos (Foto: Antonio Scorza/AFP)

Os representantes de equipes que participaram da entrevista coletiva desta sexta-feira, em Nurburgring, afirmaram que a ideia de fazer uma bateria de testes coletivos em Interlagos, logo depois da relização do GP do Brasil, em 24 de  novembro, dificilmente será concretizada.

A proposta, que consiste na organização de dois ou três dias de treinos coletivos, para experimentação dos pneus que serão usados pela F1 em 2014, foi feita pelo próprio presidente da FIA, Jean Todt, durante encontro com o diretor esportivo da Pirelli, Paul Hembery, e o chefão da categoria, Bernie Ecclestone, no sábado anterior ao GP da Inglaterra, no último fim de semana.
No entanto, os dirigentes das 11 escuderias do grid não chegaram a um acordo quanto ao tema na reunião da última quinta, no autódromo alemão. “Eu entendi que o teste nem vai acontecer. Provavelmente vamos testar alguns pneus [novos] durante os treinos livres no Brasil, mas Paul [Hembery] sabe mais a respeito”, informou o engenheiro chefe de pista da Sauber, Tom McCullough.
“Bem, acho que [a questão do] teste foi discutida ontem em reunião e a conclusão foi que não seria no Brasil, mas eles iam tentar encontrar outra solução. Isso é tudo o que eu sei”, acompanhou o diretor técnico da Ferrari, Pat Fry.

Hembery insistiu que fazer a experimentação dos novos compostos somente em treinos livres limitaria o trabalho de análise da fornecedora, e ponderou que tentará organizar uma discussão mais detalhada acerca do assunto em outro momento. “[Testar pneus] nos treinos livres não é viável, porque é um tempo muito limitado de pista. Só dá para avaliar talvez uma especificação. A intenção era fazer um programa mais amplo e detalhado de testes com os pneus. Temos que repensar isso e encontrar outro caminho”, iterou.
“O Brasil seria ideal, por causa da natureza do traçado, por ser o final da temporada – então estaremos chegando perto daquilo que queremos usar no ano que vem… Temos que ter uma conversa mais séria, pois precisamos definir, em mais detalhes, o que queremos fazer. Para nós, um teste de pneus significa experimentar de 14 a 18 especificações [diferentes], andando 600 quilômetros por dia. Precisamos achar uma maneira de andar com algo mais representativo do que um carro de 2010″, justificou, lembrando que a empresa italiana já está planejando sessões de treinos privados com o antigo Renault de três temporadas atrás, nos circuito de Barcelona a Paul Ricard.
O dirigente da Pirelli encontrou apoio no diretor esportivo da McLaren, Sam Michael, que afirmou que a escuderia inglesa dará suporte a qualquer decisão da fabricante. “Algo que eu concordo com Paul é que o Brasil tem uma boa pista para avaliar problemas de uma forma oposta, obviamente, aos que tivemos em Silverstone. Por isso, a Mclaren vai apoiar o que a Pirelli quiser fazer”, disse.
“Para nós, o mais importante é a segurança e a integridade dos pneus. Se, para isso, é necessário um teste em um local específico, aí é uma outra questão a ser determinada, mas acho que o mais importante, no momento, é que os engenheiros trabalhem para garantir que as análises corretas estão sendo feitas para alimentar o processo”, completou o novo diretor técnico da Mercedes, Paddy Lowe.

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