Confira as declarações dos pilotos após o GP de Mônaco, sexta etapa da temporada 2013 da F1; prova foi vencida por Nico Rosberg
MERCEDES
Nico Rosberg: 1º
Lewis Hamilton: 4º
Resignado com a superioridade do companheiro de Mercedes, Lewis Hamilton evitou culpar qualquer outro fator que não fosse sua própria pilotagem pelo quarto lugar em Monte Carlo. “Eu não coloco [este resultado] na conta da má sorte. Não fui bom o suficiente neste fim de semana. Parabéns a Nico e ao time, que fizeram um grande trabalho”, disse o inglês, que também admitiu seu próprio vacilo no pitstop da primeira bandeira amarela, quando foi superado pelas duas Red Bulls. “Foi erro meu. Fui avisado para manter uma distância de seis segundos [para Rosberg], mas recuei um pouco mais do que isso e perdi as posições. Isso é automobilismo”, concluiu.
Extasiado com o triunfo em Monte Carlo, Nico Rosberg comemorou o fim de semana perfeito e até relembrou o tricampeão brasileiro Ayrton Senna em seu discurso. “Minha primeira lembrança de quando era criança, assistindo à corrida, era Ayrton Senna, com o capacete amarelo no carro vermelho e branco. Foi a corrida mais especial, foi incrível, irreal. Isso que é especial no esporte”, rememorou.
RED BULL
Sebastian Vettel: 2º
Mark Webber: 3º
Bastante satisfeito com o resultado deste domingo, que o deixou com 21 pontos de vantagem na liderança do campeonato sobre Kimi Raikkonen, Sebastian Vettel reconheceu a superioridade de Nico Rosberg durante todas as 78 voltas em Monte Carlo, mas se disse surpreso com o ritmo excessivamente lento imposto pelas Mercedes no começo da prova. “Normalmente, você espera duas ‘Flechas de Prata’ na sua frente, e hoje havia dois ônibus passeando. Pelo menos nas duas primeiras voltas”, declarou.
Mark Webber lamentou o fato de não ter conseguido superar nenhum competidor na largada, apesar de ter arrancado bem. A partir daquele momento, o australiano sabia que a prova seria definida na estratégia de pneus, algo que acabou o ajudando a arrancar um lugar no pódio de Lewis Hamilton. “Era previsível que a corrida ficaria ‘empacada’. Fazer duas paradas não era uma opção real, já que você poderia voltar no meio do tráfego. Portanto, todos os pilotos estavam cuidando dos pneus e foi legal passar Lewis nos boxes”, apontou.
FORCE INDIA
Adrian Sutil: 5º
Paul di Resta: 9º
Após uma sequência de azares nas quatro etapas anteriores, Adrian Sutil voltou a pontuar em Monte Carlo, conquistando logo seu melhor resultado no ano, um quinto lugar. “Fantástico. É o resultado que precisávamos e estou muito feliz. O carro estava muito bom e aproveitamos ao máximo as chances que surgiram”, celebrou o alemão, que fez duas ultrapassagens sobre Jenson Button e Fernando Alonso na travada curva Loews. “Eu reparei que o hairpin era um ponto onde dava para passar, tentei com Jenson e deu certo. Aí eu fiz o mesmo com Fernando e deu certo de novo. Portanto, acho que mostrei que é possível ultrapassar em Mônaco”, comentou.
Largando do fim do grid, Paul di Resta foi um dos poucos competidores a terem tentado duas paradas neste domingo, estratégia que acabou arruinada pelos dois safety cars, mais a bandeira vermelha. Ainda assim, o escocês salvou um nono lugar no finzinho. “O ritmo estava forte, mas fiquei muito preso no tráfego na primeira parte. Consegui passar alguns carros na curva 1, mas depois os pilotos ficaram mais agrupados e isso dificultou. Por sorte, alguns carros bateram em disputas mais à frente e eu ganhei algumas posições, marcando dois pontos. Após a decepção de ontem [sábado], os rapazes fizeram um grande trabalho e foi bom manter minha sequência de GPs na zona de pontos”, exaltou.
McLAREN
Jenson Button: 6º
Sergio Pérez: abandonou
Jenson Button se mostrou feliz com o sexto lugar em Mônaco. Inicialmente descontente com o rendimento do MP4/28, acabou se beneficiando do toque entre Kimi Raikkonen e seu companheiro de equipe a nove voltas do fim e terminando entre os seis primeiros.
“Minhas primeiras voltas foram boas – passei Adrian [Sutil] e tentei superar Fernando [Alonso] no hairpin. Toquei sua roda traseira, e fiquei desatento quando ‘Checo’ [Sergio Pérez] me passou na saída do túnel na freada para a chicane do porto”, relatou.
“Após a relargada, Adrian fez uma excelente manobra no hairpin – eu na verdade não acreditei que isso seria possível, pois tentei em Fernando mais cedo e não funcionou. Então, Checo e Kimi se tocaram e logo vi que havia uma batalha atrás deles, pois estavam circulando lentamente atrás deles. Aproveitei a oportunidade para passar Fernando por dentro na Rascasse, o que foi bem divertido, e cruzei em sexto. Foi uma pena o ‘Checo’ ter abandonado, pois não pudemos marcar muitos pontos, mas eu consegui um número razoável, então há muitas coisas positivas a tirar de hoje [domingo].”
Sergio Pérez saiu insatisfeito da corrida após julgar que Raikkonen não lhe deu espaço suficiente na entrada da chicane do porto. Ele também explicou que não poderia evitar a colisão com o finlandês.
“É claro que qualquer ultrapassagem em Mônaco é arriscada, mas, no fim das contas, um pouco de espaço é necessário. Por causa do toque, os dutos do freio no meu carro foram afetados e houve um superaquecimento nos freios dianteiros – basicamente, os perdi”, lamentou o mexicano.
“É frustrante ter abandonado um GP no qual você pilotou duro e rápido, especialmente próximo do fim. Então, estou extremamente desapontado – tanto pelo time quanto por mim.”
FERRARI
Fernando Alonso: 7º
Felipe Massa: abandonou
Terminada aquela que, de longe, foi sua atuação mais apagada na temporada, Fernando Alonso reconheceu ter adotado uma postura conservadora nas disputas por posição em Monte Carlo, mas reclamou que esse fato acabou sendo consequência do mau rendimento da Ferrari ao longo do final de semana. “Por que ficamos nessa situação? Porque não tínhamos velocidade, nem na classificação e nem na corrida. Se você larga na frente, vai brigar com os caras do topo. Se largar em sétimo ou oitavo, vai brigar com os caras que não têm nada a perder”, argumentou.
Largando da última fila, Felipe Massa passou longe de fazer a corrida de recuperação que gostaria. Para piorar, sua empreitada em Mônaco nesta temporada terminou com outro acidente na Sainte Dévote. “Tudo o que eu quero é deixar este mau fim de semana para trás, procurar ficar em forma e estar 100% para a etapa de Montreal”, declarou o brasileiro. Apesar de estar sentindo dores no pescoço, ele passou por uma bateria de exames e não sofreu qualquer lesão.
TORO ROSSO
Jean-Éric Vergne: 8º
Daniel Ricciardo: abandonou
Pela segunda vez na temporada, Jean-Éric Vergne terminou na zona de pontuação e conquistou quatro tentos para o campeonato com o oitavo lugar no GP de Mônaco deste domingo, com a Toro Rosso. O francês destacou a boa condição de seu carro, que em sua opinião, era mais rápido até mesmo do que alguns pilotos à frente, mas por cauda das características do circuito de Mônaco, ele não conseguiu aproveitar.
“Foi uma boa corrida. Era claro que nosso carro estava forte e, na verdade, fiz minha melhor volta no começo com muito combustível porque fiquei preso no meio do pelotão, o que era frustrante, já que meu carro era mais rápido do que os que estavam à frente. Estou satisfeito com o oitavo.”
O outro piloto do time, Daniel Ricciardo, abandonou ao ser acertado na traseira de seu carro por Romain Grosjean na freada da chicane na saída do túnel. O francês foi punido com 10 posições no grid de largada da próxima prova, no Canadá, pela manobra.
“Eu vi que Grosjean estava saindo bem do túnel e que estava perto, então, eu defendi minha linha e logo em seguida vi que ele estava em cima de mim. Não vi na televisão ainda, mas neste momento eu acredito que foi um erro da parte dele que foi bem perigoso, apesar de estarmos bem. Esta corrida pode ser frustrante, já que eu estava no pelotão, mas não tinha ritmo para evoluir.”
LOTUS
Kimi Raikkonen: 10º
Romain Grosjean: abandonou
Neste domingo, Kimi Raikkonen vinha numa batalha durante toda a prova para terminar entre os cinco primeiros, até ser tocado pela McLaren de Sergio Pérez na 69ª volta do GP de Mônaco e sofrer um furo de pneu. Iracundo, o finlandês classificou a atitude do mexicano como “estúpida” ainda pelo rádio de seu carro, e depois afirmou que uma mera conversa com o jovem latino não iria resolver o problema. “Não, isso não iria ajudar. Talvez alguém pudesse dar nele um soco na cara”, esbravejou. Nas últimas voltas, o campeão de 2007 ainda protagonizaria uma impressionante recuperação para salvar um pontinho na tabela, cruzando em décimo.
Depois de se ver livre de confusões nas primeiras cinco etapas de 2013, Romain Grosjean voltou a dar sinais de seu velho comportamento no Principado, ao bater duas vezes nos treinos livres e, depois, abalroar Daniel Ricciardo na 62ª passagem da corrida. “Ele parecia estar sofrendo muito com seus pneus e, depois de eu segui-lo durante praticamente 61 voltas, fui pêgo de surpresa por uma freada antecipada dele no meio do circuito. Não havia para onde ir. É um desfecho frustrante para o fim de semana, mas o dano maior veio na classificação, quando não pude avançar ao Q3. Foi Daniel que me segurou nas duas vezes, mas com certeza não foi minha intenção terminar minha corrida na traseira de seu carro. Agora é apertar o botão de reiniciar e partir para o Canadá, esperando por um fim de semana melhor”, afirmou. Por conta do incidente, o francês perderá dez posições no grid de largada em Montreal.
SAUBER
Nico Hulkenberg: 11º
Esteban Gutiérrez: 13º
Em mais uma etapa bastante difícil para a Sauber em 2013, Nico Hulkenberg terminou o GP de Mônaco resignado com o fato de ter deixado a zona de pontuação na reta final, quando foi ultrapassado por Kimi Raikkonen. “Não dava para esperar nenhum milagre, já que ontem [na classificação] também não estávamos entre os dez melhores. Só que perdemos velocidade ao longo da prova. Ao contrário da maioria, eu relarguei com pneus macios após a bandeira vermelha, e tudo parecia bem no início. Porém, os compostos se desgastaram demais depois do safety car. Quando eu saí do carro, conseguia ver a cinta de aço do pneu, então não surpreende que o ritmo não estivesse mais bom. É uma pena, porque aquele pontinho [do décimo lugar] teria sido nosso”, pontuou.
Esteban Gutiérrez se mostrou satisfeito em cumprir o objetivo de chegar até o final de sua primeira participação como piloto de F1 em Monte Carlo. “Foi muito desafiador levar o carro para casa sem nenhum arranhão ou batida. A primeira entrada do carro de segurança comprometeu nossa estratégia e, no fim, só restou tentar tirar o máximo daquela situação. Não esperávamos marcar pontos, mas fiz o meu melhor para aproveitar cada oportunidade que tive de ganhar posições. No mais, também foi importante não extrapolar o limite e chegar até o fim”, analisou.
WILLIAMS
Valtteri Bottas: 12º
Pastor Maldonado: abandonou
Apesar de mostrar um ritmo que, às vezes, parecia promissor, Valtteri Bottas acabou preso no pelotão intermediário em Monte Carlo. Sem conseguir ultrapassar, o finlandês ficou novamente fora da zona de pontos com a Williams. “Mesmo sentindo que tínhamos desempenho, não conseguimos fazer as manobras que gostaríamos. [Mas] fiquei feliz de trazer o carro para casa em uma corrida tão cheia de incidentes. Temos que continuar trabalhando, porque Montreal [Canadá] será uma pista mais fácil para ultrapassar, e precisamos garantir que vamos ter velocidade para atacar e defender [posições]“, frisou.
Causador de uma paralisação de 12 minutos no GP de Mônaco, após sofrer um forte acidente na curva da Tabacaria, Pastor Maldonado culpou Max Chilton pelo incidente. “Foi muito perigoso. Eu não esperava que ele cruzasse na minha frente e era em uma curva bem rápida. Felizmente, os comissários tomaram uma medida imediata”, reclamou o venezuelano, referindo-se ao drive through aplicado contra o inglês. Maldonado também afirmou não ter sofrido qualquer avaria física, apesar da forte batida. “Estou bem, estou ok. Com algumas contusões, mas bem”, tranquilizou.
CATERHAM
Giedo van der Garde: 15º
Charles Pic: abandonou
Após uma tarde tão atribulada, Giedo van der Garde celebrou o simples fato de estar entre os que receberam a bandeira quadriculada neste domingo. O holandês se enroscou com Pastor Maldonado na largada, quando teve de ir para os boxes para reparar o assoalho e o bico. Depois, ficou sem Kers e quase foi coletado no acidente do venezuelano com as duas Marussias. “Foi uma corrida bem maluca. Depois da forma como ela começou, só de ter chegado ao final já foi muito bom, embora não da forma como gostaríamos que tivesse sido, obviamente. De qualquer forma, é mais uma corrida concluída, novas lições aprendidas e, no geral, um bom fim de semana”, descreveu.
O mesmo não pôde ser dito por Charles Pic, que deixou as ações prematuramente com um problema de câmbio. A falha superaqueceu os escapamentos, que apresentaram um princípio de incêndio. “[De fora], pareceu muito mais dramático do que foi no carro. Assim que eu senti um problema, pulei para fora o quanto antes. O carro soltou muita fumaça, mas [o fogo] já estava inteiramente controlado. Os fiscais fizeram um bom trabalho para limpar tudo sem precisar do carro de segurança”, elogiou.
MARUSSIA
Max Chilton: 14º
Jules Bianchi: abandonou
Max Chilton foi mais um a ter uma tarde bastante movimentada em solo monegasco. O inglês se envolveu em dois toques com Pastor Maldonado, um deles causador de uma bandeira vermelha na curva da Tabacaria, mas ainda salvou um 14º lugar no finalzinho, ao ultrapassar a Caterham de Giedo van der Garde na penúltima volta. “No geral, fiquei satisfeito com a conclusão positiva desta prova, depois de um fim de semana que foi difícil para nós. Em relação ao acidente com Pastor, eu estava ciente de que havia alguém atrás de mim, mas não ao lado. Os comissários determinaram uma punição de passagem pelos boxes, e eu aceito. Depois da prova, fui encontrar Pastor para ver se ele estava bem”, contou.
Desde antes da largada, as coisas não funcionaram para Jules Bianchi neste domingo. Acometido por um problema elétrico, o francês teve de largar dos boxes. No meio da prova, acabou atingido pela rebarba do acidente entre Chilton e Maldonado, avariando bastante a parte dianteira do MR02. No fim, uma falha no disco do freio dianteiro direito pôs fim definitivo à sua campanha. “Depois de um fim de semana difícil, eu esperava ter ao menos a chance de reverter as coisas na corrida, mas não era para ser. É uma grande pena, mas tenho certeza que aprendemos bastante com alguns dos problemas que tivemos aqui”, ponderou.
Nico Rosberg: 1º
Lewis Hamilton: 4º
Resignado com a superioridade do companheiro de Mercedes, Lewis Hamilton evitou culpar qualquer outro fator que não fosse sua própria pilotagem pelo quarto lugar em Monte Carlo. “Eu não coloco [este resultado] na conta da má sorte. Não fui bom o suficiente neste fim de semana. Parabéns a Nico e ao time, que fizeram um grande trabalho”, disse o inglês, que também admitiu seu próprio vacilo no pitstop da primeira bandeira amarela, quando foi superado pelas duas Red Bulls. “Foi erro meu. Fui avisado para manter uma distância de seis segundos [para Rosberg], mas recuei um pouco mais do que isso e perdi as posições. Isso é automobilismo”, concluiu.
Extasiado com o triunfo em Monte Carlo, Nico Rosberg comemorou o fim de semana perfeito e até relembrou o tricampeão brasileiro Ayrton Senna em seu discurso. “Minha primeira lembrança de quando era criança, assistindo à corrida, era Ayrton Senna, com o capacete amarelo no carro vermelho e branco. Foi a corrida mais especial, foi incrível, irreal. Isso que é especial no esporte”, rememorou.
RED BULL
Sebastian Vettel: 2º
Mark Webber: 3º
Bastante satisfeito com o resultado deste domingo, que o deixou com 21 pontos de vantagem na liderança do campeonato sobre Kimi Raikkonen, Sebastian Vettel reconheceu a superioridade de Nico Rosberg durante todas as 78 voltas em Monte Carlo, mas se disse surpreso com o ritmo excessivamente lento imposto pelas Mercedes no começo da prova. “Normalmente, você espera duas ‘Flechas de Prata’ na sua frente, e hoje havia dois ônibus passeando. Pelo menos nas duas primeiras voltas”, declarou.
Mark Webber lamentou o fato de não ter conseguido superar nenhum competidor na largada, apesar de ter arrancado bem. A partir daquele momento, o australiano sabia que a prova seria definida na estratégia de pneus, algo que acabou o ajudando a arrancar um lugar no pódio de Lewis Hamilton. “Era previsível que a corrida ficaria ‘empacada’. Fazer duas paradas não era uma opção real, já que você poderia voltar no meio do tráfego. Portanto, todos os pilotos estavam cuidando dos pneus e foi legal passar Lewis nos boxes”, apontou.
FORCE INDIA
Adrian Sutil: 5º
Paul di Resta: 9º
Após uma sequência de azares nas quatro etapas anteriores, Adrian Sutil voltou a pontuar em Monte Carlo, conquistando logo seu melhor resultado no ano, um quinto lugar. “Fantástico. É o resultado que precisávamos e estou muito feliz. O carro estava muito bom e aproveitamos ao máximo as chances que surgiram”, celebrou o alemão, que fez duas ultrapassagens sobre Jenson Button e Fernando Alonso na travada curva Loews. “Eu reparei que o hairpin era um ponto onde dava para passar, tentei com Jenson e deu certo. Aí eu fiz o mesmo com Fernando e deu certo de novo. Portanto, acho que mostrei que é possível ultrapassar em Mônaco”, comentou.
Largando do fim do grid, Paul di Resta foi um dos poucos competidores a terem tentado duas paradas neste domingo, estratégia que acabou arruinada pelos dois safety cars, mais a bandeira vermelha. Ainda assim, o escocês salvou um nono lugar no finzinho. “O ritmo estava forte, mas fiquei muito preso no tráfego na primeira parte. Consegui passar alguns carros na curva 1, mas depois os pilotos ficaram mais agrupados e isso dificultou. Por sorte, alguns carros bateram em disputas mais à frente e eu ganhei algumas posições, marcando dois pontos. Após a decepção de ontem [sábado], os rapazes fizeram um grande trabalho e foi bom manter minha sequência de GPs na zona de pontos”, exaltou.
McLAREN
Jenson Button: 6º
Sergio Pérez: abandonou
Jenson Button se mostrou feliz com o sexto lugar em Mônaco. Inicialmente descontente com o rendimento do MP4/28, acabou se beneficiando do toque entre Kimi Raikkonen e seu companheiro de equipe a nove voltas do fim e terminando entre os seis primeiros.
“Minhas primeiras voltas foram boas – passei Adrian [Sutil] e tentei superar Fernando [Alonso] no hairpin. Toquei sua roda traseira, e fiquei desatento quando ‘Checo’ [Sergio Pérez] me passou na saída do túnel na freada para a chicane do porto”, relatou.
“Após a relargada, Adrian fez uma excelente manobra no hairpin – eu na verdade não acreditei que isso seria possível, pois tentei em Fernando mais cedo e não funcionou. Então, Checo e Kimi se tocaram e logo vi que havia uma batalha atrás deles, pois estavam circulando lentamente atrás deles. Aproveitei a oportunidade para passar Fernando por dentro na Rascasse, o que foi bem divertido, e cruzei em sexto. Foi uma pena o ‘Checo’ ter abandonado, pois não pudemos marcar muitos pontos, mas eu consegui um número razoável, então há muitas coisas positivas a tirar de hoje [domingo].”
Sergio Pérez saiu insatisfeito da corrida após julgar que Raikkonen não lhe deu espaço suficiente na entrada da chicane do porto. Ele também explicou que não poderia evitar a colisão com o finlandês.
“É claro que qualquer ultrapassagem em Mônaco é arriscada, mas, no fim das contas, um pouco de espaço é necessário. Por causa do toque, os dutos do freio no meu carro foram afetados e houve um superaquecimento nos freios dianteiros – basicamente, os perdi”, lamentou o mexicano.
“É frustrante ter abandonado um GP no qual você pilotou duro e rápido, especialmente próximo do fim. Então, estou extremamente desapontado – tanto pelo time quanto por mim.”
FERRARI
Fernando Alonso: 7º
Felipe Massa: abandonou
Terminada aquela que, de longe, foi sua atuação mais apagada na temporada, Fernando Alonso reconheceu ter adotado uma postura conservadora nas disputas por posição em Monte Carlo, mas reclamou que esse fato acabou sendo consequência do mau rendimento da Ferrari ao longo do final de semana. “Por que ficamos nessa situação? Porque não tínhamos velocidade, nem na classificação e nem na corrida. Se você larga na frente, vai brigar com os caras do topo. Se largar em sétimo ou oitavo, vai brigar com os caras que não têm nada a perder”, argumentou.
Largando da última fila, Felipe Massa passou longe de fazer a corrida de recuperação que gostaria. Para piorar, sua empreitada em Mônaco nesta temporada terminou com outro acidente na Sainte Dévote. “Tudo o que eu quero é deixar este mau fim de semana para trás, procurar ficar em forma e estar 100% para a etapa de Montreal”, declarou o brasileiro. Apesar de estar sentindo dores no pescoço, ele passou por uma bateria de exames e não sofreu qualquer lesão.
TORO ROSSO
Jean-Éric Vergne: 8º
Daniel Ricciardo: abandonou
Pela segunda vez na temporada, Jean-Éric Vergne terminou na zona de pontuação e conquistou quatro tentos para o campeonato com o oitavo lugar no GP de Mônaco deste domingo, com a Toro Rosso. O francês destacou a boa condição de seu carro, que em sua opinião, era mais rápido até mesmo do que alguns pilotos à frente, mas por cauda das características do circuito de Mônaco, ele não conseguiu aproveitar.
“Foi uma boa corrida. Era claro que nosso carro estava forte e, na verdade, fiz minha melhor volta no começo com muito combustível porque fiquei preso no meio do pelotão, o que era frustrante, já que meu carro era mais rápido do que os que estavam à frente. Estou satisfeito com o oitavo.”
O outro piloto do time, Daniel Ricciardo, abandonou ao ser acertado na traseira de seu carro por Romain Grosjean na freada da chicane na saída do túnel. O francês foi punido com 10 posições no grid de largada da próxima prova, no Canadá, pela manobra.
“Eu vi que Grosjean estava saindo bem do túnel e que estava perto, então, eu defendi minha linha e logo em seguida vi que ele estava em cima de mim. Não vi na televisão ainda, mas neste momento eu acredito que foi um erro da parte dele que foi bem perigoso, apesar de estarmos bem. Esta corrida pode ser frustrante, já que eu estava no pelotão, mas não tinha ritmo para evoluir.”
LOTUS
Kimi Raikkonen: 10º
Romain Grosjean: abandonou
Neste domingo, Kimi Raikkonen vinha numa batalha durante toda a prova para terminar entre os cinco primeiros, até ser tocado pela McLaren de Sergio Pérez na 69ª volta do GP de Mônaco e sofrer um furo de pneu. Iracundo, o finlandês classificou a atitude do mexicano como “estúpida” ainda pelo rádio de seu carro, e depois afirmou que uma mera conversa com o jovem latino não iria resolver o problema. “Não, isso não iria ajudar. Talvez alguém pudesse dar nele um soco na cara”, esbravejou. Nas últimas voltas, o campeão de 2007 ainda protagonizaria uma impressionante recuperação para salvar um pontinho na tabela, cruzando em décimo.
Depois de se ver livre de confusões nas primeiras cinco etapas de 2013, Romain Grosjean voltou a dar sinais de seu velho comportamento no Principado, ao bater duas vezes nos treinos livres e, depois, abalroar Daniel Ricciardo na 62ª passagem da corrida. “Ele parecia estar sofrendo muito com seus pneus e, depois de eu segui-lo durante praticamente 61 voltas, fui pêgo de surpresa por uma freada antecipada dele no meio do circuito. Não havia para onde ir. É um desfecho frustrante para o fim de semana, mas o dano maior veio na classificação, quando não pude avançar ao Q3. Foi Daniel que me segurou nas duas vezes, mas com certeza não foi minha intenção terminar minha corrida na traseira de seu carro. Agora é apertar o botão de reiniciar e partir para o Canadá, esperando por um fim de semana melhor”, afirmou. Por conta do incidente, o francês perderá dez posições no grid de largada em Montreal.
SAUBER
Nico Hulkenberg: 11º
Esteban Gutiérrez: 13º
Em mais uma etapa bastante difícil para a Sauber em 2013, Nico Hulkenberg terminou o GP de Mônaco resignado com o fato de ter deixado a zona de pontuação na reta final, quando foi ultrapassado por Kimi Raikkonen. “Não dava para esperar nenhum milagre, já que ontem [na classificação] também não estávamos entre os dez melhores. Só que perdemos velocidade ao longo da prova. Ao contrário da maioria, eu relarguei com pneus macios após a bandeira vermelha, e tudo parecia bem no início. Porém, os compostos se desgastaram demais depois do safety car. Quando eu saí do carro, conseguia ver a cinta de aço do pneu, então não surpreende que o ritmo não estivesse mais bom. É uma pena, porque aquele pontinho [do décimo lugar] teria sido nosso”, pontuou.
Esteban Gutiérrez se mostrou satisfeito em cumprir o objetivo de chegar até o final de sua primeira participação como piloto de F1 em Monte Carlo. “Foi muito desafiador levar o carro para casa sem nenhum arranhão ou batida. A primeira entrada do carro de segurança comprometeu nossa estratégia e, no fim, só restou tentar tirar o máximo daquela situação. Não esperávamos marcar pontos, mas fiz o meu melhor para aproveitar cada oportunidade que tive de ganhar posições. No mais, também foi importante não extrapolar o limite e chegar até o fim”, analisou.
WILLIAMS
Valtteri Bottas: 12º
Pastor Maldonado: abandonou
Apesar de mostrar um ritmo que, às vezes, parecia promissor, Valtteri Bottas acabou preso no pelotão intermediário em Monte Carlo. Sem conseguir ultrapassar, o finlandês ficou novamente fora da zona de pontos com a Williams. “Mesmo sentindo que tínhamos desempenho, não conseguimos fazer as manobras que gostaríamos. [Mas] fiquei feliz de trazer o carro para casa em uma corrida tão cheia de incidentes. Temos que continuar trabalhando, porque Montreal [Canadá] será uma pista mais fácil para ultrapassar, e precisamos garantir que vamos ter velocidade para atacar e defender [posições]“, frisou.
Causador de uma paralisação de 12 minutos no GP de Mônaco, após sofrer um forte acidente na curva da Tabacaria, Pastor Maldonado culpou Max Chilton pelo incidente. “Foi muito perigoso. Eu não esperava que ele cruzasse na minha frente e era em uma curva bem rápida. Felizmente, os comissários tomaram uma medida imediata”, reclamou o venezuelano, referindo-se ao drive through aplicado contra o inglês. Maldonado também afirmou não ter sofrido qualquer avaria física, apesar da forte batida. “Estou bem, estou ok. Com algumas contusões, mas bem”, tranquilizou.
CATERHAM
Giedo van der Garde: 15º
Charles Pic: abandonou
Após uma tarde tão atribulada, Giedo van der Garde celebrou o simples fato de estar entre os que receberam a bandeira quadriculada neste domingo. O holandês se enroscou com Pastor Maldonado na largada, quando teve de ir para os boxes para reparar o assoalho e o bico. Depois, ficou sem Kers e quase foi coletado no acidente do venezuelano com as duas Marussias. “Foi uma corrida bem maluca. Depois da forma como ela começou, só de ter chegado ao final já foi muito bom, embora não da forma como gostaríamos que tivesse sido, obviamente. De qualquer forma, é mais uma corrida concluída, novas lições aprendidas e, no geral, um bom fim de semana”, descreveu.
O mesmo não pôde ser dito por Charles Pic, que deixou as ações prematuramente com um problema de câmbio. A falha superaqueceu os escapamentos, que apresentaram um princípio de incêndio. “[De fora], pareceu muito mais dramático do que foi no carro. Assim que eu senti um problema, pulei para fora o quanto antes. O carro soltou muita fumaça, mas [o fogo] já estava inteiramente controlado. Os fiscais fizeram um bom trabalho para limpar tudo sem precisar do carro de segurança”, elogiou.
MARUSSIA
Max Chilton: 14º
Jules Bianchi: abandonou
Max Chilton foi mais um a ter uma tarde bastante movimentada em solo monegasco. O inglês se envolveu em dois toques com Pastor Maldonado, um deles causador de uma bandeira vermelha na curva da Tabacaria, mas ainda salvou um 14º lugar no finalzinho, ao ultrapassar a Caterham de Giedo van der Garde na penúltima volta. “No geral, fiquei satisfeito com a conclusão positiva desta prova, depois de um fim de semana que foi difícil para nós. Em relação ao acidente com Pastor, eu estava ciente de que havia alguém atrás de mim, mas não ao lado. Os comissários determinaram uma punição de passagem pelos boxes, e eu aceito. Depois da prova, fui encontrar Pastor para ver se ele estava bem”, contou.
Desde antes da largada, as coisas não funcionaram para Jules Bianchi neste domingo. Acometido por um problema elétrico, o francês teve de largar dos boxes. No meio da prova, acabou atingido pela rebarba do acidente entre Chilton e Maldonado, avariando bastante a parte dianteira do MR02. No fim, uma falha no disco do freio dianteiro direito pôs fim definitivo à sua campanha. “Depois de um fim de semana difícil, eu esperava ter ao menos a chance de reverter as coisas na corrida, mas não era para ser. É uma grande pena, mas tenho certeza que aprendemos bastante com alguns dos problemas que tivemos aqui”, ponderou.
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