20 de jun. de 2012

Fórmula 1-Moradores de Valência enviam carta de protesto a Alonso

Grupo reclama de caos urbano causado pela presença da F1 na cidade

Fernando Alonso (Andrew Ferraro/LAT)

Descontentes com a prova anual de F1 na cidade, em virtude da grave crise econômica instaurada na Europa, moradores de Valência enviaram uma carta de protesto pública ao bicampeão mundial Fernando Alonso, segundo o jornal espanhol “Marca”.

Na carta exposta em um perfil anônimo no Facebook, o grupo denominado “Circuit Urbà No” (em português, “não ao circuito de rua de Valência”) critica os custos do evento – “uma fantasia que beneficia poucos e impõe obstáculos indesejados na cidade em nome do dinheiro” – e acusa o diretor da FOM (Formula One Management), Bernie Ecclestone, de se aproveitar dos “delírios de grandeza” dos políticos locais.
Segundo os moradores, Ecclestone convence os governantes a gastarem aproximadamente cerca de 100 milhões de euros (aproximadamente R$ 260 milhões) em uma corrida urbana, quando a melhor opção para uma prova de F1 na região seria o circuito Ricardo Tormo, em Cheste, a 26 quilômetros de Valência.
Ainda segundo a carta, Alonso precisa “remover o capacete e analisar a humilhação, a provocação e a perturbação” sofrida pelos moradores, proibidos de entrar em espaços públicos e obrigados a enfrentar engarrafamento nas estradas e desvios de tráfego por causa da prova. As queixas se estendem ao cancelamento do festival de São João, uma festa de veraneio que coincide com o final de semana da corrida.
Desde a primeira edição, em 2008, o GP da Europa em Valência não arranca suspiros de torcedores e jornalistas. Com 5,474 km de extensão, o alto número de curvas de baixa velocidade no percurso do circuito proporciona poucas oportunidades de ultrapassagem e um desempenho satisfatório no treino classificatório da prova já garante ao piloto uma boa posição na classificação final.
Com a crise na Europa, a demanda de ingressos também não foi boa. Até o início da semana passada, a organização da corrida havia vendido apenas 38 dos 45 ingressos disponíveis para a edição, sendo que 64% dos bilhetes foram adquiridos por turistas.
Até então, Alonso não respondeu às críticas. A carta na íntegra pode ser vista aqui.

Fonte: tazio
Disponível no(a): http://tazio.uol.com.br
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