19 de jun. de 2012

BMW aguarda definições do governo para viabilizar fábrica no Brasil

 Fotos: Divulgação
BMW aguarda definições do governo para viabilizar fábrica no Brasil
Marca bávara espera flexibilização na cobrança do IPI para dar continuidade ao projeto de fábrica brasileira

A BMW quer mesmo construir uma fábrica no Brasil e não pensa em desistir do projeto mesmo com as dificuldades impostas pelo novo regime automotivo. De acordo com o portal Automotive Business, a marca bávara só depende agora de uma sinalização do governo federal para viabilizar o projeto economicamente.
As negociações já duram mais de um ano e o projeto da unidade nacional está atualmente em status de espera. O presidente da BMW no Brasil, Jörg Henning, afirmou durante a Rio+20 que está otimista em relação ao anúncio de cotas de importação para fabricantes estrangeiras que já anunciaram planos de investir no Brasil.

Com isso, a BMW e outras fabricantes, como as chinesas JAC Motors e Chery e a coreana Hyundai, poderiam trazer do exterior um número determinado de veículos sem pagar os 30 pontos extras de IPI em vigor desde o final do ano passado. A medida deve ser anunciada pelo governo federal nos próximos dois meses e a BMW tomará uma decisão sobre a fábrica brasileira após esta definição. A flexibilidade na regra do IPI para veículos estrangeiros será fundamental para que a marca fortaleça os planos de instalação da unidade nacional.

Outro fator determinante diz respeito à exigência de 65% de conteúdo local para evitar a cobrança do IPI extra. A BMW requer que o governo flexibilize esse porcentual, já que a fábrica brasileira ficaria responsável pela montagem, em esquema CKD, de três modelos da marca bávara e um modelo da marca inglesa Mini, pertencente ao grupo alemão. Em esquema CKD, onde peças e componentes são apenas montados localmente, este índice dificilmente é alcançado.

Ao Automotive Business, Torben Karasek, diretor financeiro e administrativo da BMW no Brasil, afirmou que a marca alemã terá dificuldades para encontrar fornecedores nacionais adequados, já que muitos componentes do conjunto mecânico não têm correspondentes fabricados no país. Um exemplo é o câmbio automático de oito velocidades, que necessariamente precisaria ser trazido de outros países, o que acabaria dificultando o cumprimento dos 65% de peças nacionais. A marca já deixou claro que fabricará por aqui carros com o mesmo nível de qualidade e tecnologia dos vendidos no restante do planeta.

O portal destaca que os executivos da marca bávara já acenaram para a opção pelo Sul do Brasil como destino das instalações nacionais. A decisão será embasada pela oferta de infra-estrutura local e não levará em consideração apenas possíveis benefícios fiscais concedidos pelas regiões candidatas. Rumores apontam como certa a escolha de Santa Catarina para a linha de montagem da marca.



Fonte: motordream
Disponível no(a): http://motordream.uol.com.br
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