30 de abr. de 2012

Teste: Volkswagen Golf Blue-e-Motion roda em busca do equilíbrio

Fotos: Autocosmos/México
Teste: Volkswagen Golf Blue-e-Motion roda em busca do equilíbrio
Marca alemã propõe um carro elétrico que oferece experiência de condução semelhante aos modelos tradicionais


A Volkswagen não esconde suas ambições globais e já declarou que pretende assumir a liderança mundial entre as montadoras até 2018. Para tanto, a marca alemã precisará atuar em todos os segmentos do mercado, inclusive o nicho dos veículos elétricos a preços mais acessíveis, ainda dominado apenas por Nissan Leaf, Chevrolet Volt e Ford Focus Electric.
Para não ficar de fora da categoria, a fabricante já trabalha na variante elétrica do Golf, que começa a ser vendida entre o final de 2013 e o início de 2014. A fase de testes já começou e 20 protótipos do hatch médio serão utilizados ao longo de nove meses por executivos e funcionários da empresa, em diversas regiões dos Estados Unidos. As primeiras cidades a receberem o Golf Blue-e-Motion serão Detroit, Washington e São Francisco.

O Golf Blue-e-Motion terá suas baterias divididas em 180 células, que poderão ser distribuídas pelo carro, garantindo uma melhor distribuição do peso e minimizando problemas no comportamento dinâmico do hatch. O veículo será impulsionado por um motor de 85 kW, ou 115 cv, capaz de gerar 27,6 kgfm de torque. Com esse propulsor, o veículo elétrico seria capaz de chegar à velocidade máxima de 140 km/h. O conjunto garante autonomia média de 150 km com uma carga completa, valor que pode ser alterado de acordo com as condições de uso. A Volkswagen desenvolveu o carro pautada por pesquisas que indicam que a maioria dos condutores que vivem nas grandes cidades não percorrem mais que 50 quilômetros diários.


O conjunto elétrico tem bateria de íons de lítio de 26,5 kWh, montada abaixo do assento posterior, e é uma das poucas diferenças em relação ao Golf a combustão. Para economizar no desenvolvimento de um veículo elétrico, a marca alemã optou por um caminho semelhante à Ford e seu Focus Electric, e diferente do seguido por Nissan e General Motors, que projetaram veículos completamente exclusivos para lançar a propulsão elétrica comercialmente. No exterior não há nenhuma diferença, enquanto que no interior o painel de instrumentos traz algumas peculiaridades, como indicativos do nível de carga da bateria e do estilo de condução do motorista.

O conjunto elétrico é acoplado a uma transmissão automática de uma só velocidade, que possui três modos de funcionamento. O modo “D” ou Drive faz com que o carro seja freado suavemente quando o motorista tira o pé do pedal do acelerador, o que faz com que o motor atue como um regenerador de energia. No modo “B” ou Brake, o funcionamento é praticamente o mesmo, com a diferença de que aqui, quando o motorista tira o pé do acelerador, o motor põe uma carga muito maior para frear o veículo e assim recuperar quantidade muito maior de energia. Com este modo, o motorista que anda na cidade praticamente não precisará pisar no pedal de freio. O último modo, que não possui nome, é controlado por meio de borboletas no volante e funciona como intermediário entre os modos “D” e “B”.


Primeiras impressões

Veludo azul

Wolfsburg, Alemanha –
Assim como acontece com os outros veículos elétricos, o Golf Blue-e-Motion surpreende pelo silêncio absoluto, que obrigou a Volkswagen a implantar um sistema de alerta sonoro em baixas velocidades para avisar pedestres da proximidade do carro. Em velocidades superiores, o ruído desaparece e apenas se ouve, com dificuldade, o atrito do carro com o asfalto. O equilíbrio e a eficiência na troca de marchas, comum aos outros modelos da marca alemã, se fazem presentes e a aceleração contundente é ainda mais perceptível em velocidades abaixo dos 50 km/h, rumo aos 27,65 kgfm de torque máximo. Um aplicativo para iPhone ajuda o usuário a acompanhar diversas informações relacionadas ao veículo, desde o lugar em que está estacionado até o nível de carga e autonomia.

Apesar das características em comum com os outros veículos elétricos, este é o que tem comportamento mais próximo ao de um carro tradicional. No modo intermediário de condução, o motorista pode controlar a intensidade da frenagem e da aceleração por meio de borboletas no volante, ao estilo do clássico Golf GTI. Ao movimentar a borboleta para o lado esquerdo, um modo de frenagem e recuperação de energia é ativado. No lado oposto, o motor é desacoplado da transmissão, fazendo com que o carro rode como em ponto morto, para aproveitar melhor a inércia do veículo e descartar a necessidade de aceleração constante.


Fonte: motordream.
Disponível no(a): http://motordream.uol.com.br/
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