Ex-piloto da Indy abandonou primeira prova do Gatorade Duel na última volta
Danica Patrick é atingida pelo Ford de Aric Almirola (Michael L. Levitt/LAT Photo USA)
Danica Patrick adotou um discurso filosófico após sofrer um forte acidente em sua estreia na Sprint Cup, na noite da última quinta-feira.
A ex-piloto da Indy, que migrou definitivamente para a Nascar neste ano, bateu fortemente no muro interno do circuito na última volta da prova de classificação para as 500 Milhas de Daytona.
Patrick corria no fundo do pelotão quando foi acertada pelo Petty Ford de Aric Almirola, antes atingido pelo Ganassi Chevrolet de Jamie McMurray.
Embora a piloto tenha saído ilesa do acidente, a magnitude do impacto danificou bastante seu Chevrolet. Com isso, a ex-piloto da Andretti será obrigada a usar um carro reserva em sua estreia oficial na Sprint Cup, no próximo domingo.
Neste ano, Danica participará de algumas provas na Cup pela equipe de Tony Stewart e fará a temporada completa da Nationwide pela JR Motorsports.
Por conta da instabilidade do carro, a piloto da Stewart-Haas acredita que a substituição de chassi talvez seja até benéfica para o fim de semana.
“É bom que isso tena acontecido hoje [quinta-feira] e não no sábado ou no domingo”, disse Patrick, sobre o acidente.
“Teria batido na corrida da Nationwide e isso seria ruim. Isto é, eu fui atingida. Estávamos correndo no fim do pelotão e aposto que aconteceu uma reação em cadeia pelo lado de fora [da pista].”
“Os caras se projetam de forma tão próxima que às vezes te tocam. Foi provavelmente uma reação em cadeia. Vou analisar isso e ver se posso consertar ou mudar algo em relação ao que fiz daquela vez.”
“No geral, estou muito decepcionada com um acidente a duas curvas do final. Não era o que queríamos até o domingo. Queríamos ficar calmos e serenos, sem sofrer nenhum dano. Acredito que o carro reserva é rápido. Não estávamos superanimados depois da classificação. Talvez isto seja uma bênção em um momento de desespero.”
Para Patrick, a corrida de 60 voltas a ensinou algumas lições sobre drafting (técnica onde dois carros se alinham em grupo ou em fila para reduzir o efeito de arrasto aerodinâmico, explorando o vácuo do veículo à frente) e provas realizadas com grandes pelotões.
Patrick participou de algumas provas em Daytona na Nationwide e na Arca e as mais recentes foram dominadas por disputas paralelas, diferentemente da Cup, em que os pilotos lutam por posições em grandes pelotões.
“Aprendi muito. Durante boa parte do tempo, a prova foi tranquila. De vez em quando, as pessoas se agitam e começam a se mover. Foi bem calmo e me senti à vontade [com o carro]”, disse Patrick.
“Comecei a aprender e definitivamente entender muito sobre drafting. Como isso pode te afetar e como pode ser aproveitado nas corridas. Achar boas rotas e observar os [pilotos] que se movimentam bem ou não na frente.”
Apesar do fim infeliz, Patrick permanece confiante em uma apresentação sólida na estreia deste domingo.
“Sinto-me bem, à vontade. Sinto-me confiante. As coisas deram errado, mas posso levar a experiência de hoje [quinta-feira] para o domingo. Acho que pode ser um bom dia. Obviamente, as coisas que estão fora do seu controle podem piorar o dia. Mas esse é o tipo de empolgação que acontece em Daytona e nas corridas com grandes pelotões.”
Além de Patrick, David Gilliland, Juan Pablo Montoya e Paul Menard também largarão da última fila em Daytona, depois de se envolverem em incidentes durante a primeira prova de classificação e trocarem o carro para a corrida de domingo.
Fonte: tazio.
Disponível no(a):http://tazio.uol.com.br
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