3 de fev. de 2012

F-1-Análise técnica da Ferrari F2012 Por Craig Scarborough

Traseira da nova F2012, da Ferrari(Ferrari)

Os pronunciamentos de membros da Ferrari durante o início do ano sugeriam que o novo carro seria radical e nada atrativo. E foi exatamente o que aconteceu.

Nova F2012, da Ferrari (Ferrari)
Frente da nova F2012, da Ferrari (Ferrari)
 
Nova F2012, da Ferrari (Ferrari)

De início, essa é evidentemente uma renúncia ao conservadorismo embarcado nos três últimos modelos. Desde as extremidades quadradas no bico até as robustas entradas de ar laterais, a nova Ferrari não se parece com nenhum outro modelo de 2012 até aqui.
Com as novas regras limitando a altura do bico e do topo dos chassis, a equipe italiana optou por deixar sua carenagem nas alturas máximas regulamentares. Isso, aliado a uma seção divisória retangular, deixa a parte dianteira espetada e desajeitada.
De qualquer forma, a maior altura do bico implica melhor potencial para que o fluxo de ar sobre o piloto seja redirecionado às extremidades laterais, gerando mais arrasto.
Mas isso também pode significar problemas relacionados ao centro de gravidade. Para minimizar a questão, a Ferrari optou pela inovadora suspensão dianteira em "pull rod", deixando as barras e molas mais baixas. O time reportou que a inovação também proporcionou um pequeno ganho aerodinâmico.
Com relação ao centro do carro, o chassi se tornou bem mais simétrico. As entradas de ar formam uma abertura triangular e uma entrada adicional foi implantada atrás para refrigerar o sistema de câmbio. Vistas da parte frontal, elas são mais convencionais do que chegou a ser especulado antes do lançamento, mas, por trás, formam um padrão único.
Os escapamentos estão posicionados na extensão da lateral, voltadas para a parte traseira. Parece que a tentativa da Ferrari é compensar a perda aerodinâmica com o banimento dos difusores soprados, fazendo com que os gases emitidos sejam direcionados à suspensão traseira e aos dutos de freio (conforme destacado em amarelo na ilustração). Essa é uma solução dentro das regras, porém delicada no que tange ao posicionamento do acelerador, já que os mapeamentos do motor estão mais restritos este ano.
Embora a saída do escapamento pareça estar inclinadas para baixo, por dentro ele não pode ficar além de 10 graus de inclinação com relação ao chão. As extremidades da lateral também formam saídas de refrigeração e, com isso, a Ferrari não construiu as populares "caudas em funil", presentes nos outros modelos apresentados até aqui em 2012.
Uma nova caixa de câmbio permitiu à equipe adotar o sistema de "pull rod" também na suspensão traseira. O time confirmou que o Kers continuará instalado abaixo do tanque de combustível e não em volta do câmbio, como adotou a Red Bull.
A Ferrari não pôde fazer o shakedown de seu carro nesta semana, por conta de uma nevasca que caiu sobre o autódromo de Fiorano. Por isso, o carro deve dar suas primeiras voltas em pista no teste de Jerez, que começa na próxima terça-feira.
Fonte: tazio
Disponível no(a): http://tazio.uol.com.br
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