20 de jul. de 2011
O que a Mazda pode trazer de bom para o Brasil?
Já virou uma tradição no Jalop. Toda vez que alguma fabricante anuncia sua chegada ao país, lá vamos nós dar uma geral no que de melhor ela poderia trazer ao Brasil. A bola da vez é a Mazda, uma marca daquelas bem valiosas para os gearheads. Mas não parece ser dessa vez que veremos motores rotativos Wankel por aqui.
Em termos mundiais, a Mazda planeja vender 2 milhões de carros por ano até 2016. Esse aumento está direcionado especificamente para a América Latina e a Ásia. No caso do Brasil, trata-se de um retorno: ela chegou por aqui em 1992 para aproveitar a abertura das importações e o dólar baixo, mas em 1998 sucumbiu à alíquota sobre importados de 70% e à crise financeira asiática do final daquela década. Foi embora sem dizer adeus, deixando órfãos uma legião de proprietários de MX3.
O QG das operações latinas da Mazda será o México. A cidade de Salamanca deve receber uma fábrica capaz de montar 140 mil unidades anuais a partir de 2013, e cuja produção será dedicada aos países que possuem acordo de livre comércio com o Méximo – como o Brasil.
Por aqui, a marca deve reiniciar suas operações já em 2012, trazendo do Japão o compacto Mazda2 e o médio Mazda3. São eles também os modelos escolhidos para sair das linhas de Salamanca no ano seguinte. O Mazda2 compartilha sua plataforma com o New Fiesta, que também é fabricado no México. Isso porque até 2009 a Ford tinha boa parte das ações da Mazda. Hoje elas mantém uma relação de mutualismo: a Ford fornece motores e outros componentes técnicos, enquanto a Mazda ajuda a norte-americana a otimizar sua produção.
Conhecido como Demio no Japão, o carro já está em sua terceira geração, esta lançada em 2007. Ele tem 3,88 m de comprimento, 1,69 m de largura e 1,47 m de altura. Ele ainda possui uma versão sedã, fabricada apenas na Tailândia. Por aqui, deve concorrer com os compactos premium, como Punto, C3, Polo e o próprio New Fiesta.
Hoje o modelo é comercializado nos Estados Unidos por US$ 13.900. Por lá seu motor é um 1.5 a gasolina de 102 cv, mas ainda existe um 1.3 de 75 cv que também será oferecido no mercado mexicano em breve. Que venha sem preço inflado, por favor.
Um pouco maior, o Mazda3 deve ser enquadrado como médio. Em sua segunda geração, o modelo está assentado sobre uma versão evoluída da plataforma C1 usada pelo Ford Focus vendido aqui – e pelo Volvo C30 também. Ele mantém os principais atributos dos primos: dirigibilidade, desempenho e qualidade de projeto. Em um recente comparativo entre sedãs feito por MotorTrend, só perdeu para o Hyundai Elantra e o Honda Civic, ficando à frente de Toyota Corolla, VW Jetta, Chevrolet Cruze, Ford Focus (da geração posterior ao C1) e Kia Forte.
Os mexicanos já podem comprar o Mazda3 (Axela no Japão) por 258,5 mil pesos na versão hatch (que por pouco não é uma perua, como o A3 Sportback), algo próximo dos cerca de R$ 35 mil. Nos EUA, o sedã pode ser equipado com o bloco 2.0 litros de 150 cv, e tanto ele como hatch ainda contam com a potência do 2.5 de 169 cv.
Você que conhece a Mazda apenas por games deve estar sentindo falta do Miata (MX-5) e do RX-8 nesta página. Infelizmente, eles não parecem estar na rota do Brasil neste primeiro momento. Nem eles nem o Mazdaspeed 3, um brinquedinho interessante no Need For Speed World. Trata-se da versão esportiva do Mazda3, encorpado com um motor 2.3 com injeção direta, turbo e intercooler. Gera 263 cv e 38 kgfm de torque, e está acoplado à transmissão manual de seis marchas para ir de 0 a 100 km/h em 6,4 segundos para chegar aos 100 km/h.
Obviamente, é disso que a gente gosta. Traz para nós, Mazda!
Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br
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