Aceleramos o Dodge de 470 cv que chega este ano com a missão de deixar o Camaro SS para trás
Faróis duplos circulares e faixas cortando o carro na longitudinal são heranças do Challenger original, lançado em 1970 |
Para começar, basta dizer que o 392 é uma indicação do volume em polegadas do propulsor. Traduzindo para o bom português, significa que sob o capô (que pode ser atravessado por estilosas faixas longitudinais) está um V8 de 6.4 litros – tal qual o 392 original, que equipou modelos Chrysler e Imperial em 1957. O motor foi reinventado em 2007 pela divisão de customização do grupo, a Mopar, e acaba de evoluir. Assim, apesar de resgatar um ícone do passado, ele coloca o Challenger alguns passos à frente do modelo 2010: entrega potência de 470 cv e torque de 65 kgfm – 45 cv e 7 kgfm a mais do que o antecessor. Para efeito de comparação, o rival Chevrolet Camaro SS tem 406 cv e 56,7 kgfm.
Motorzão 6.4 V8 agrada com seus 470 cavalos; para pará-lo, só mesmo os renomados freios Brembo
O conjunto motor-câmbio pode ajudar aliviar a consciência do condutor que se sentir culpado por guiar um automóvel que adora gasolina – embora, eu ache difícil que o comprador de um esportivo V8 se preocupe com isso. Para economizar combustível, o 392 desativa quatro cilindros quando o trabalho deles é dispensável. É possível saber que se está dirigindo de maneira “econômica” por meio de um sinal luminoso no painel. Em um trecho onde a velocidade máxima era de 80 km/h, a mensagem “ecodriving” apareceu com o giro do propulsor a 1.500 rpm, no modo automático, e a 2.000 rpm na posição sequencial. Difícil era manter a pisada leve...
Com 5,023 metros de comprimento, teto baixo e rodas de 20 polegadas, Challenger é verdadeiro bad boy |
No interior, o acabamento não é refinado, apesar de bem feito. Os bancos revestidos de couro são novos: mais firmes, oferecem bom suporte ao corpo. No painel, o quadro de instrumentos apresenta novo grafismo, que permite melhor leitura do computador de bordo. Em compensação, o sistema multimídia parece ultrapassado, especialmente diante do oferecido pela recém-renovada linha de produtos da Chrysler, como o Journey e o 300C. O navegador é bem menos intuitivo e amistoso. Uma falha fácil de se perdoar quando o ponteiro sobe rapidamente no velocímetro e o ronco do V8 se espalha pelo ar. Afinal, com um esportivo como o Challenger, ninguém reclama de rodar por aí sem destino.
Fonte: revistaautoesporte
Disponível no(a):http://revistaautoesporte.globo.com
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