29 de nov. de 2013

Black Friday já deu no seu saco? Então curta uma Black Friday ao nosso jeito


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Seu e-mail está vomitando ofertas imperdíveis de Black Friday: celulares, automóveis, passagens aéreas, roupas, eletrodomésticos – tudo pela metade do dobro. Sua timeline do Facebook também está absolutamente lotada – tanto com o spam legitimado pelo Zuckerberg e chamado de “publicação sugerida” quanto pelas pessoas compartilhando links e reclamando (com razão) da completa falta de escrúpulos das empresas.
Até o seu celular é bombardeado! Mas você não está aqui pra ver mais disso, não é mesmo?

O que temos aqui é uma séria lista de carros pretos malvados – uma versão com mais de o dobro de integrantes que aquela que fizemos na sexta-feira 13 de setembro. De bônus, ganhamos o pretexto perfeito para começar este post com uma trilha sonora – fique à vontade para trocar por outras opções, como um bom e velho Black Sabbath ou “Back in Black”, do AC DC:


Lotus John Player Special

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Os antitabagistas que nos perdoem, mas a Fórmula 1 era muito mais interessante visualmente quando as companhias de cigarro vestiam as carenagens dos monopostos: Gold Leaf, Marlboro, Camel, Gitanes, a lista é gigante e colorida – com uma exceção. Todos negros com finas faixas douradas, os Lotus patrocinados pela John Player Special eram sinistros a ponto de Emerson Fittipaldi, o primeiro piloto a estrear o tema com o Lotus 72D, em 1972, dizer que o carro parecia um caixão.
Entre 1972 e 1986, os Lotus “JPS” contaram muita história: o primeiro título de Fittipaldi, a primeira vitória de Senna, o título de Mario Andretti, os carros com efeito-solo, as derrapagens controladas de Ronnie Peterson e, claro, o desmaio de Mansell no GP dos EUA em 1984.

Chevy Monte Carlo de Dale Earnhardt Sr.

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Ver este Chevy Monte-Carlo negro de mais de 800 cv se aproximando do seu retrovisor a 300 km/h nas 500 milhas de Daytona certamente não era das experiências mais agradáveis. O heptacampeão da Nascar Dale Earnhardt, além de ser considerado como um dos melhores pilotos da história da Nascar, tinha um apelido: “The Intimidator” – pela sua forma agressiva de pilotagem em uma categoria que já é bastante selvagem.

Toyota Hilux SR5 1985 (Back to the Future)

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Não sei de vocês, mas quando vi essa Hilux de quarta geração (N40) pela primeira vez no “De Volta Para o Futuro”, me senti seriamente dividido entre ela e a criação de Doc Brown. Apesar desta cara de bruta, ela tem algo hipnoticamente cool e transpira a década de 1980 pelos seus poros. A versão mais potente da SR5 tinha um motor V6 a gasolina de 152 cv. Nada que um swap para um V8 de Corvette não resolva.

Viper ACR

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O ex-recordista da volta mais rápida em Nürburgring Nordschelife foi o sanguinário canto do cisne da geração anterior do Dodge Viper. Ele custava 1/4 menos que o Porsche GT3 RS – e o devorava com farinha. Pagani, Ferrari, Lamborghini, McLaren, Lotus, Lada – praticamente qualquer nome que fosse dito a resposta era só uma: fumo. Seu V10 8.4 tinha a mesma potência do Viper comum – os ganhos estavam na aerodinâmica, transmissão, suspensão, freios e pneus. Para se ter uma ideia, a 240 km/h, o modelo de produção normal gerava 45 kg de downforce. O ACR, com seu splitter, assoalho e aerofólio de fibra de carbono, 453 kg. Não bastando o seu desempenho, ele era sofisticado como um taco de beisebol.

Lamborghini Diablo

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O Diablo é mais ou menos como a mais cruel das Suicide Girls: drogada, estilosa, irresponsável, egoísta, hipnótica e sequestra toda a sua admiração, mesmo contra a sua vontade. Todo dono de Diablo sabe o inferno que é ter este carro: sua cabine esquenta como um forno, o acabamento é particularmente ruim, a elétrica é delicada e a dinâmica e o desempenho nem são tudo isso pra justificar tanto sacrifício. Mas de alguma forma, seus donos continuam os amando mesmo assim. E nós, olhando de fora e sabendo de tudo isso, também. Na versão anterior da lista, tínhamos citado o Countach – que fica desta vez como menção honrosa.

Black Stig (Top Gear)

 

Some say…

Porsche 930

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Pode chamar de 911 Turbo – ou de Widowmaker (“fazedor de viúvas”) também. Em 1975, seu primeiro ano de fabricação, o 930 empurrava 260 hp e chegava aos 100 km/h em 5,5 s. Ele era conhecido pelo grande lag (retardo) do turbo em rotações mais baixas, subitamente substituído por um coice uma vez que embalava. A relação longa de transmissão ajudava um pouco a deixá-lo mais controlável, mas este é o tipo de carro que se perde o controle apenas uma vez. Na vida.

Saab 99 Turbo

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Ao contrário do assassino de Stuttgart que acabamos de ver, o Saab 99 Turbo tinha uma filosofia muito à frente de seu tempo, com foco em rendimento e força em baixos giros: seu quatro cilindros em linha de dois litros empurrava 24,1 mkgf de torque a 3.000 rpm e 145 cv a 5.000 rpm, suficientes para levá-lo aos 100 km/h em 9,2 s. A versão de rali deste carro venceu a etapa da Suécia do WRC de 1979, com o sueco Stig Blomqvist ao volante. Seus sucessores, os modelos 90 e 900, são igualmente sensacionais e tão malvados quanto na cor preta.

BMW M5 geração E34

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O último bimmer com a frente clássica de quatro faróis expostos chegou a conviver com a geração E36 da Série 3 e ficou especialmente famoso depois da perseguição do filme “Ronin” (1998), que rola nas ruas de Paris entre este carro e um Peugeot 406. O M5 E34 tem um toque criminoso, mas não mafioso – este é o tipo de carro em que o bandido se senta no banco do piloto. Se você quer saber como é a sensação de acelerá-lo, não perca

Impala SS de 7ª geração

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Foram só três anos de fabricação (1994 a 1996) deste V8 5.7 de 264 cv, mas foi o suficiente para ficar no imaginário de todo o mundo – especialmente dos criminosos. A regra continua valendo até hoje nos EUA: se você vir um sedã preto, com cromados removidos, pode apostar que é viatura de polícia à paisana. E elas nunca possuem a potência daquele carro que saía da concessionária. Menção honrosa ao modelo de 1967 do seriado Supernatural.

Ford Falcon XB do Mad Max


O carro que o ensandecido Max (Mel Gibson) fez sua vendetta – e depois se tornou prisioneiro dela – era um XB australiano com frente modificada, tirada de uma van customizada Ford XC Falcon Concorde, e mais uma série de equipamentos: para-lamas alargados, motor V8 351 Cleveland com supercharger (cenográfico – mas nossa imaginação diz que não) e escapes laterais. Quando este filme saiu, em 1979, teve um impacto ainda maior do que “Velozes e Furiosos” (2001), no sentido de estimular seus donos a personalizar seus carros como o Falcon do filme – especialmente os Maverick, no caso do Brasil.

Hot Rod

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Hots são hots, mas quando eles são pretos, ficam seriamente malvados. As pinturas de chamas fazem parte da cultura do movimento, mas nós preferimos um visual mais direto e reto, como este Hi-Boy “1929″ aí em cima, feito sobre o chassis de um Ford 1932.

Pontiac Firebird Trans Am SE

 

Este é um dos carros mais cafonas que a indústria automobilística norte-americana já produziu – e mesmo assim ele é incrivelmente e inegavelmente cool. Se você der play no vídeo acima, tenha a certeza de que está com o babador a tiracolo: não só ele tem apenas 55 mil km (declarados pelo vendedor – sabe como é…), como tem câmbio manual de quatro marchas, ar condicionado, e claro, um V8 de 400 polegadas (6,6 litros), já estrangulado para 202 cv pelas leis de emissões da época. Um bom preparador consegue dobrar esta cavalaria com uns 3 mil dólares em peças (nos EUA, claro). A única diferença relevante deste carro para o de “Smokey and the Bandit” é a cor do interior, preto no filme.

Black Series / Mercedes-Benz AMG

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Quando um Mercedes-Benz AMG vai parar em determinada área no Performance Studio, em Affalterbach, ele deixa de ser “só” um carro preparado para se transformar em uma versão preparada de um carro preparado: é o cúmulo da falta de juízo. Apesar do nome, os Black Series podem ser pintados em praticamente qualquer tom – mas nada descreve melhor as suas intenções que a mais sombria das cores.

Dodge Charger R/T 1968

 

Chargers negros são malvados por natureza – e Hollywood fez questão de reforçar o recado com filmes como “Bullitt”, “Blade”, “Velozes e Furiosos” e “À Prova de Morte”. Ele combina uma dianteira macabra de grade inteiriça e faróis escondidos com a sensualidade da linha de cintura curvilínea e uma traseira clássica, com quatro lanternas redondas. Sob o capô, havia uma série de opções de motor – mas as que você realmente quer são os V8 440 Magnum e 426 Hemi.

Ford T

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Até 1914, o T podia ser adquirido em várias cores. Só a partir daquele ano é que, com a filosofia de fazer o carro mais barato quanto fosse possível, foi que Ford decidiu que todos os carros seriam pretos — a cor tinha secagem mais rápida, e por isso os carros ficavam menos tempo no pátio, o que otimizava a produção. O T pode não ser exatamente malvado – mas sua relevância histórica conquistou o seu lugar na lista.

Buick GNX

 

O Buick GNX era um sedã de duas portas, rodas de 16 polegadas e um V6 de 3,8 litros turbinado, que rendia 276 cv e 49,7 mkgf de torque — números oficiais, pois muitos especulam que o número real estava acima dos 300 cv. O GNX acelerava de 0 a 100 km/h em 5,9 segundos – para colocar em contexto, o Corvette C4 de 1987 levava exatamente o mesmo tempo. E ele só vinha na cor preta. Sábia GM.

K.I.T.T.

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Knight Industries Two Thousand, um Pontiac Trans Am 1982, não era um carro, e sim um dos personagens principais da série Knight Rider. Seu cérebro era um módulo de inteligência artificial. Seus olhos eram um scanner infra-vermelho no capô. Ele interagia com os humanos, era capaz de aprender, se comunicar e interagir com os humanos, além de dar a ele uma personalidade sarcástica e egocêntrica. Some a isto sua carroceria invulnerável e seu motor com turbo boost e você tem um dos carros pretos mais legais de todos os tempos.

Ford Focus RS500

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Só foram feitas 500 unidades deste hot hatch equipado com um cinco-cilindros 2.5 turbinado de 350 cv. Ele é um dos carros que ficam melhor de preto-fosco, e é tão bacana que a gente até esquece que ele tem tração dianteira.

Chevrolet Opala

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Você pode até achar o Amarelo Boreal (nome do laranja usado nos Opala do fim da década de 1970) mais bonito, mas é do Opalão preto que você vai ter medo. Este aí em cima ainda tem mais uma surpresinha sob o capô: note a posição do filtro de ar. Vou deixar vocês adivinharem.

Maybach Exelero

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“Lord Vader, your car is ready”, dizia a propaganda do Chevrolet Impala SS. Mas caso Darth Vader fosse parar em alguma realidade alternativa onde se tornasse chefão da máfia intergaláctica retrofuturista, seu carro poderia muito bem ser um Maybach Exelero.


Bugatti Type 57SC Atlantic

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Um dos cupês mais lindos, extravagantes e além de seu tempo também era um dos mais rápidos do mundo: sua máxima era de 198 km/h, em muito ajudados pela carroceria aerodinâmica de alumínio e pelos 210 cv de seu motor de oito cilindros em linha, com 3,3 litros e compressor mecânico. Este carro pertence hoje à Ralph Lauren e seu valor está estimado em mais de 30 milhões de dólares.

Camaro Vengeance

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Preto, preto, preto e mais preto. O Camaro Vengeance é um dos pro-touring mais legais de todos os tempos, e serviu até como “inspiração” para o novo Bumblebee de Transformers 4.

Dodge Challenger SRT8 Cult Motorsports

Custom 2009 Dodge Challenger SRT8
Normalmente temos um pé atrás com os carros que são apresentados no SEMA Show, mas a edição de 2010 provou que, de vez em quando, alguém acerta. Naquele ano, a Cult Motorsports levou para lá seu Dodge Challenger SRT8 com pintura preta fosca, um blower gigantesco saltando para fora do capô e leds vermelhos nos quatro faróis redondos. Angel eyes? Não, cara. Demon eyes, prontos para sugar sua alma para o inferno antes que você possa pedir por sua salvação. Tudo isto ao som do V8 HEMI preparado para render algo perto dos 1000 cv.
Nossa lista engordou para um total de vinte automóveis negros – mas sabemos que vocês sempre possuem uma sugestão pra completar. Fiquem à vontade!
Participe! Deixe aqui seu comentário. Obrigado! Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br

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