O Nissan Juke-R nada mais é do que o crossover compacto Juke equipado com as entranhas poderosas do Nissan GT-R — um dos carros mais rápidos do planeta. Esta é a história de como um bando de engenheiros lunáticos da Nissan construiu silenciosamente, em segredo, o carro de produção mais audacioso da atualidade sem ninguém descobrir.
Nesta semana, eu estive em um evento da Nissan bastante abrangente, e um dos destaques da coisa toda era ter uma chance de dirigir o Juke R. Outra coisa legal foi que o evento ofereceu muitas oportunidades de interagir com os engenheiros da Nissan, como o cara responsável pela divisão de corridas, Jerry Hardcastle.
Além de ter um nome sensacional, Hardclastle é o homem por trás do Juke R. O Juke R é, em essência, um Juke com mecânica de GT-R, o que é um conceito absolutamente insano. Maravilhoso, claro, mas também clinicamente maluco.
Como podem imaginar, fazerr uma companhia grande, respeitada e bem sucedida como a Nissan concordar com algo como o Juke-R é um desafio por si só e, fiel à sua história de envolvimento com as corridas, Hardcastle encontrou uma solução inédita para este problema: não pediu permissão.
Agora, antes de continuar com a história, eu queria fazer um pequeno disclaimer: Eu gostei mesmo do Jerry Hardcastle, e não quero causar problemas para ele. Ele me disse que não há problema em compartilhar boa parte desta história, mas que alguns detalhes ele prefere não revelar. Acontece que eu não lembro exatamente quais detalhes eram… e a história é boa demais para não contar.
Então, Jerry, antes de eu continuar, por favor saiba que eu te respeito muito, e que se eu revelar alguma coisa que você gostaria, desculpe, mas acho que todo mundo vai gostar ainda mais do Juke-R. Sério.
Então, foi assim. Uma equipe do Nissan Juke na Europa queria algo surpreendente e empolgante para promover o carro, e a Nissan tinha uma história com experiências malucas. Eles queriam um Juke maluco, e não demorou para eles imaginarem a cria profana de um Juke e um GT-R.
A primeira ideia foi simplesmente alargar uma carroceria de Juke para fazê-lo caber em uma plataforma normal de GT-R. Mas esta ideia foi limada porque a equipe queria uma carroceria de Juke o mais normal possível. Então mais experiências forma necessárias.
Para construir o primeiro protótipo, a equipe procurou pela frota de carros de imprensa um par de caarros “esquecidos”. O incrível foi que eles conseguiram achar nas frotas um Juke e um GT-R de quem ninguém sentiu falta. Eles precisaram fazer isto para que o resto da companhia não soubesse o que eles estavam fazendo, já que qualquer pessoa sensata teria os impedido imediatamente. Foi um projeto marginal.
A surpresa foi que as medidas do Juke e do GT-R nem eram tão distantes assim. A bitola do Juke ficou bem próxxima da do GT-R, de modo que só um jogo de alargadores de pára-lama já pode encobrir a diferença, mas o entre-eixos é bem mais curto. Para fazer dar cero, a plataforma do GT-R foi encurtada, o que significa que o cardã também teve que ser encurtado. Ninguém nunca havia testado isto antes.
Novamente graças à natureza marginal/super-secreta do projeto , a equipe do Juke-R não poderia simplesmente contatar a equipe do GT-R no Japão para pedir todas as especificações e detalhes e códigos para o sistema de controle de tração para avaliar e retrabalhá-los para as dimensões do Juke — eles tinham que arriscar.
Então eles usaram uma oficina de fora para as conversões e a montagem para evitar que as pessoas percebessem as coisas esquisitas que estava acontecendo, e logo logo eles tinham um Juke rodando sobre as entranhas bem reposicionadas e um GT-R — suspensão, transmissão, tudo, até painéis de instrumentos. Para o cérebro do carro, ele ainda é um GT-R.
Uma vez pronto, a grande questão era “vai funcionar?” Ninguém sabia como o sistema avançadíssimo de controle de tração do e os sistemas de gerenciamento de estabilidade do Godzilla reagiriam algo que não pesasse o que um GT-R normal pesaria, não tivesse o mesmo comprimento, centro de gravidade deslocado, tudo isso.
Eles fizeram a única coisa que poderiam fazer: pediram a um piloto de testes para fazer algo divertido.
O resultado foi que, incrivelmente, os computadores do GT-R se adaptaram facilmente. Claro, eles recebiam sinais um pouco diferentes do normal, mas os algorítimos se adaptaram, fizeram alguns cálculos e tornaram o Juke absurdamente rápido.
Quando eu pude dirigir o Juke-R, notei que ele parece mesmo um GT-R. Claro, você senta mais alto, e a visão do para-brisa é totalmente diferente, mas todos os botões do GT-R estão ali no painel, só um pouco deslocados.
E ele anda como um GT-R, também. A aceleração é absurda, e no passeio curto que eu dei, achei sensacional. Claro, ele deu umas escapadas de vez em quando, mas ele é esse tipo de carro.
Enfim, belo trabalho, Sr. Hardcastle. Espero não te causar muitos problemas.
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