25 de jul. de 2013

Teste: Volkswagen Golf Variant - De volta ao jogo

Fotos: Divulgação
Teste: Volkswagen Golf Variant -  De volta ao jogo

Parar no tempo não é uma exclusividade da Volkswagen brasileira. A matriz alemã também dá lá as suas “empacadas”. A versão perua do Golf é prova disso. Em 2007, a marca alemã começou a fazer o Golf Variant sobre a plataforma da quinta geração do hatch – o mesmo carro que foi vendido por aqui com o nome de Jetta Variant.
Só que no ano seguinte já surgiu a sexta geração do Golf lá fora. Mas a Volks preferiu apenas fazer um facelift na perua para atualizar o seu visual em todos os mercados. A base, portanto, continuou a mesma. Agora, a Volkswagen tira o atraso. O novo Golf Variant se aproveita da nova plataforma modular do grupo alemão, que estreou exatamente no hatch, e chega mais moderna, leve e eficiente. Além disso, volta a ter produção na Europa – antes era só no México.

Como sempre, a nova Variant é basicamente um Golf espichado – nesse caso, o de sétima geração. Ele mantém os 2,63 metros distância entre-eixo do hatch e adiciona 30,7 cm no comprimento geral. No total, fica com 4,56 metros. O crescimento beneficia drasticamente o espaço para bagagens. A Variant tem 605 litros no porta-malas que podem ser ampliados para 1.620 litros com o rebatimento dos bancos traseiros. No Golf tradicional, são 380 e 1.270 litros, respectivamente. Os números também são superiores em 100 e 125 litros aos da geração antiga da perua.



De resto, os dois são muito parecidos. O visual traz as linhas sóbrias onipresentes nos atuais modelos da Volkswagen. A gama de motores também é igual à do hatch. Entre as opções a gasolina estão o 1.2 TSI de 83 ou 104 cv e o 1.4 TSI de 120 ou 140 cv. Os a diesel são compostos por um 1.6 de 89 ou 104 cv e o topo de linha 2.0 TDI de 148 cv de potência. As transmissões podem ser manuais de cinco ou seis marchas – dependendo da versão – ou automatizada de dupla embreagem.

O Golf Variant é oferecido na Europa em três versões. A básica é a Trendline e já traz sete airbags, trio elétrico, ar-condicionado, ABS, freio de estacionamento elétrico, luzes diurnas e assento traseiro rebatível. Na Alemanha, o preço é de 18.950 euros, algo em torno de R$ 55,5 mil. A intermediária é a Comfortline e, por 20.925 – R$ 61,3 mil –, adiciona cruise control, rádio mais completo com oito alto-falantes e sistema de reconhecimento de fadiga do condutor. A top é a Highline e ainda agrega bancos esportivos, painel com detalhes em black piano, luzes de led, ar-condicionado automático e faróis de neblina. Sai por 25.200 euros, ou R$ 74 mil.



Primeiras impressões

Escala maior

Vicenza/Itália – Não há como fugir do óbvio. O Golf Variant é, em essência, um Golf hatch maior. Isso em todos os sentidos. Por dentro, o bom acabamento com nível “quase premium” se destaca. Na perua, no entanto, o grande atrativo está lá atrás. O espaço para bagagens é ótimo, assim como o acesso. O rebatimento dos bancos é simples, mas eles não criam uma superfície completamente plana. A linha de teto mais reta e alta também melhora a vida a bordo do carro. Quem vai atrás se sente com mais espaço na altura da cabeça e ganha em conforto.

Na direção, os 82 kg de acréscimo em relação ao Golf quase não são percebidos. Até porque a perua ficou 105 kg mais leve que sua antecessora. Na prática, isso significa que a Variant mantém o excelente comportamento dinâmico do hatch em que é baseado. A plataforma modular tem alta rigidez e mantém sempre as rodas em contato com o solo. O isolamento acústico, mesmo em altos giros, agrada e permite conversas à nivel normal no interior.

A atual oferta de motores da Volkswagen é outra que agrada bastante. O 1.4 turbo de 140 cv a gasolina é suave e extremamente solícito. Em conjunto com o câmbio de dupla embreagem fazem a condução da perua ser bastante prazerosa. O 2.0 diesel é mais “animado” em giros baixos e empurra o Golf Variant com força. É verdade que não roda tão suave quanto o a gasolina, mas oferece melhor consumo. O que o transforma em uma opção de compra mais interessante nesses tempos tão difíceis para os europeus.



Ficha técnica

Volkswagen Golf Variant 1.4 TSI


Motor: A gasolina, dianteiro, transversal, 1.395 cm³, quatro cilindros em linha, com quatro válvulas por cilindro. Com injeção direta de combustível, turbocompressor e comando variável de válvulas. Acelerador eletrônico.
Transmissão: Câmbio automatizado de dupla embreagem com sete marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Oferece controle eletrônico de tração.
Aceleração de zero a 100 km/h: 8,9 segundos.
Velocidade máxima: 213 km/h.
Potência máxima: 140 cv com gasolina entre 4.500 e 6 mil rpm.
Torque máximo: 25,6 kgfm entre 1.500 e 3.500 rpm.
Diâmetro e curso: 76,5 mm x 75,6 mm. Taxa de compressão: 10,0:1.
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com triângulos inferiores, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira independente do tipo Multilink, com molas helicoidais, amortecedores telescópicos hidráulicos e barra estabilizadora. Oferece controle eletrônico de estabilidade.
Pneus: 215/45 R16.
Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás.
Carroceria: Station wagon em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,56 metros de comprimento, 1,79 m de largura, 1,48 m de altura e 2,63 m de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais e de cortina de série.
Peso: 1.372 kg em ordem de marcha.
Capacidade do porta-malas: 605 litros.
Tanque de combustível: 50 litros.
Produção: Wolfsburg, Alemanha.
Lançamento mundial: 2013.
Itens de série: Ar-condicionado, vidros e travas elétricas, direção hidráulica, travamento das portas por controle remoto, airbags frontais, laterais e de cortina, freios ABS, sistema de som rádio/CD/MP3/USB/Bluetooth/Aux.
Preço: 19.950 euros, equivalente a R$ 55,5 mil.







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