Bentley passa a oferecer novo motor 4.0 de 500 cavalos. Uma fera em traje chique, com a versão conversível para deitar os cabelos
O valor quer fazer jus à exclusiva marca, que começou em 1919 e fez fama ao unir luxo e esportividade. Hoje controlada pelo grupo Volkswagen, tem duas revendas na América do Sul; uma no México e a outra no Brasil (São Paulo). Em breve, o Chile terá sua “loja”.
Imponente
Com 4,8 m de comprimento divididos em 2.295 Kg, o grande coupé consegue o que quer visualmente, sem pedir maiores artifícios. Após dez anos de produção e leves retoques visuais, o GT permanece chique e ao mesmo tempo, imponente.
Largo (1,95 m sem espelhos), o Bentley tem linha de cintura bem alta e vidros baixos, de maneira que as rodas de 20 polegadas não parecem tão grandes. Há também opção de aros 21” e até mesmo de freios com discos cerâmicos.
Antes de girar a chave e dar a partida – ao lado esquerdo, como nos Porsche – o cinto de segurança é “trazido” por uma alça elétrica. Bacana. Assim como poder acionar o motor por botão no túnel central, ou regular a firmeza da suspensão por toques – na enorme tela de LCD ao painel.
A transmissão, por sua vez, é uma ZF automática de oito marchas. Permite fazer as trocas manualmente pela alavanca, ou por incômodas aletas na coluna de direção – e não no volante. O ruído do V8 Volks/Audi é tranquilo ao rodar sem pressa, tipo de uso que desliga metade dos cilindros em busca de menor consumo.
Partindo da imobilidade, o enorme coupé leva 4,8 segundos para chegar a 100 km/h. Impressiona pela elasticidade e a mudança de comportamento quando provocado. Afinal, são 500 cavalos a 6.000 rpm. O torque é de massivos 67 kgfm a apenas 1.700 rpm.
Excelência acústica na cabine não dá a real impressão de velocidade. Ao entrar mais rápido em curvas, o GT é estável e controlável. A tração é integral e atua com 40% no eixo dianteiro e 60% no traseiro. Em momento algum o controle de tração precisou ser usado. Já a asa traseira levanta a pouco mais de 100 km/h, mas pode ser erguida ao acionar uma tecla.
A versão conversível GTC foi avaliada logo após. Chama a atenção pela bela capota de tecido, em conjunto com o interior creme, monocromático. Mesmo sem ter as colunas traseiras, o GTC mostra comportamento sólido, irrepreensível. Com a capota recolhida, deu para sentir o vento, e quão rápido se pode “deitar o cabelo”. Apesar de renderem pouco mais que os V8, os Continental GT com motor W12 continuam em oferta.
Construído com materiais de alta qualidade, o interior do Continental tem detalhes bem cuidados, muitos de alumínio. Salta à vista a costura do couro, que se estende ao alto painel. Ele agrega instrumentos circulares um tanto sóbrios, e ao centro brinda com um relógio (de ponto, of course) da grife Breitling. Todo tipo de ajuste é elétrico, e há massageadores nos bancos e câmera traseira para manobras.
Embora seja grande por fora, por dentro o coupê aperta quem vai atrás. Em especial no espaço para as cabeças, “culpa” do caimento rápido do teto. O porta-malas do coupé também não é dos maiores. Mesmo usando estepe temporário (fino, para até 80 km/h) só acomoda 358 litros.
Exclusividade
Em relação às vendas, Christophe Georges explicou: “Ainda somos uma marca nova no Brasil. Não contávamos com aumento de impostos para os importados, mas acreditamos no potencial do mercado. Agora, com a nova motorização, nossa expectativa é de vender 20 carros por ano”. Em 2012, foram vendidas dez unidades e, até primeiro semestre de 2013, mais sete.
Portanto, se você vir um Bentley destes, vale uma foto. Melhor ainda se o “cupezão” estiver parado, pois se tiver que alcançá-lo...
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