A fábrica da Mitsubishi em Catalão (GO) está a todo vapor: além da família L200 e os Pajero TR4 e Dakar, ela já está produzindo o SUV ASX, que chega às concessionárias ainda neste mês. O SUV está um pouco mais equipado, traz mais opções de cor e ficou mais em conta. Confira neste post tudo o que você precisa saber sobre a mudança de passaporte do SUV com cara de Lancer Evo.
A nacionalização do ASX faz parte de um enorme plano de estruturação chamado Anhanguera II, que se iniciou em 2010 e deverá se concluir em 2015, após a fabricação local do Lancer – sim, exatamente o que você leu. Ao fim destes cinco anos, terão sido investidos R$ 1,1 bilhão, a área da fábrica deverá atingir 247 mil m² e a produção dobrará para quase 100 mil carros/ano. Para se ter uma ideia da relevância da planta da Mitsubishi em Catalão, 53% do ICMS e do IPI recolhidos na cidade vêm da fábrica.
O ASX é cerca de 65% nacional (esta porcentagem deverá se ampliar para 80% em um ano): componentes como o câmbio, os bancos, os para-lamas frontais de Noryl (um tipo de plástico), o bloco do motor e o cabeçote, por exemplo, vêm do Japão. A nacionalização dos itens será progressiva, baseada na relação de volume físico e custo. Bloco e cabeçote deverão ser nacionalizados com a fabricação local do Lancer, em 2014, que é o último carro previsto no Anhanguera II, mas os para-lamas dianteiros e o câmbio – principalmente o CVT, fabricado atualmente pela Aisin – deverão continuar a ser importados.
Preços e equipamentos
A mudança mais visível do ASX nacional são as novas rodas de 18″ (o importado usava 17″), presentes em todas as versões. Com a finalidade de ter o mesmo nível de conforto de rodagem, a Mitsubishi optou por manter o mesmo perfil de pneu, 225/55. Para manter a relação de transmissão igual, a marca encurtou o diferencial da versão manual – como a automática usa transmissão de relação continuamente variável (CVT), foi necessária apenas uma reprogramação. Com os pneus maiores, o ASX também ficou cerca de 15 mm mais alto, o que exigiu nova calibragem de amortecedores e molas.
O SUV também ganhou nova paleta de cores: Vermelho Bordeaux, Verde Pantanal, Branco Alpino, Cinza Londrino, Prata Rodhium, Prata Tecno e Preto Ônix. Ele tem três anos de garantia e as seis primeiras revisões possuem custo fixo: as três primeiras por R$ 408, a quarta por R$ 662, e a quinta e sexta por R$ 408 (preços da versão automática).
A Mitsubishi declara o 0 a 100 km/h do ASX nacional em 9,6 s, com consumo urbano de 8,4 km/l e rodoviário de 10,4 km/l.
Se você se perguntou pela versão flex do 2.0 de 160 cv (a 6.000 rpm, torque de 20,1 mkgf a 4.200 rpm), bem, por enquanto a única coisa que se sabe é que este trabalho está sendo desenvolvido desde que estes motores começaram a ser montados em Catalão. Nós pensamos que o ASX flex deverá sair quando a fabricação do Lancer nacional começar a engatinhar – ambos compartilham o mesmo powertrain.
Com o passaporte brasileiro, o ASX ficou cerca de R$ 1.000 mais em conta (poderia ser mais, não?). Confira abaixo os preços e equipamentos das três versões disponíveis:
Manual 4×2: R$ 83.490
CVT 4×2: R$ 89.490
Ar-condicionado digital, duplo air bag, controle de tração e de estabilidade, assistente para saída em rampas, coluna de direção com ajuste de altura e profundidade, comando do áudio no volante, controlador automático de velocidade, direção com assistência elétrica, rádio AM/FM, CD/MP3 Player, entrada USB e Bluetooth, vidros e travas elétricos, volante e manopla com acabamento em couro, alarme, freios com ABS e EBD, sistema keyless, faróis halógenos, rodas R18.
CVT 4×4 – R$ 99.990
Os mesmos equipamentos da versão 4×2 mais: tração seletiva, bancos revestidos de couro (dianteiros aquecíveis), ajuste elétrico para o motorista, airbags frontais, laterias, de cortina e para joelhos do motorista, ponteira de escapamento cromada, sensor crepuscular e de chuva, sensor de estacionamento. Esta versão possui um pacote opcional com teto de vidro panorâmico e faróis de xenônio, por R$ 6.000.
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