3 de mai. de 2013

Indy:Notícia do treino não será o pole, mas tempo de Kanaan


Tony Kanaan durante coletiva da Indy 300 (Foto: Fotoarena/Vinicius Branca)Tony Kanaan durante coletiva da Indy 300 (Foto: Fotoarena/Vinicius Branca)
 
A reação de após um treino é quase sempre a mesma, ainda mais em corrida de rua: “quem é o pole?”. Esquece. Salvo alguma coisa muito fora do comum, não será essa a informação mais importante dos treinos livres e oficiais para a São Paulo 300.
O circuito do Anhembi permite ultrapassagens com facilidade, a Indy tem bandeira amarela a todo momento e, bem, não vai mudar a cotação do dólar se o primeiro no grid for Hunter-Reay, Castroneves, Power ou Pagenaud. A questão é Tony Kanaan.
O brasileiro, seu amigo Barrichello, seu chefe de equipe Vasser, tentam passar a ideia de que a lesão na mão é contornável. Talvez seja. Talvez andar com a mão enfaixada durante a semana para que ninguém a apertasse tenha dado o descanso necessário. Talvez o molde que farão de sua mão para não sacrificar o dedão direito quando pegar no volante seja eficiente. Talvez a previsão de seis a oito meses para consolidação total dos três ligamentos seja exagerada. Talvez a redução das ondulações da pista leve a um alívio realmente significativo no esforço de segurar o carro no braço.
São muitos “talvez”. O que não significa que eles não ocorram. Mas é uma situação delicada, e o excesso de cuidados do brasileiro mostra isso, ainda que queiram transparecer que está tudo bem. E isso ficará claro quando os carros começarem a rodar. Aí, não há como especular. Se o tempo de Tony for competitivo para o carro que ele tem, é sinal de que o problema foi contornado. Se o tempo for muito baixo, pode mostrar que o piloto está no sacrifício.
A sensação que passa é que, se não fosse uma corrida no Brasil, que tem o principal patrocinador de Tony como principal patrocinador, o brasileiro se pouparia. Até porque, para quem está diretamente envolvido com a Indy no Brasil, a corrida do Anhembi é a mais importante do ano. Mas a próxima prova são as 500 Milhas de Indianápolis, o momento no calendário em que a categoria fecha suas contas em exposição de mídia e premiação. Dificilmente algum piloto correria o risco de agravar uma lesão e perder as 500 Milhas em condições normais.

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