Eram outros tempos. Mocinhos fumavam, o automobilismo era perigoso e o sexo, seguro. A gasolina era bem mais barata que o leite e era cheia de chumbo tetraetila para maior octanagem. Não tinha essa de ração de cachorro premium, brigadeiro gourmet ou banco personallité. Esta era a época deste Road Runner 1971 – mas tudo estaria prestes a mudar.
Este foi o último ano do motor Hemi 426 em toda a linha Chrysler. A crise do petróleo e o rigor com as emissões pressionavam as marcas e a massa de consumidores já estava migrando para motores e carros menores. A solução para muitos fabricantes foi reduzir o potencial dos motores da linha: comandos de válvulas mais mansos, taxa de compressão reduzida (para aceitar as gasolinas mais baratas), coletores de admissão e cabeçotes com dutos mais apertados, para render mais torque e menos potência, eram algumas das modificações feitas.
Mas a Chrysler não quis fazer isso com o Hemi. Willem Weertman, engenheiro de motores da marca, recorda do momento: “tínhamos de decidir se iríamos continuar ou não com aquele nível de engenharia – ou se iríamos dizer ‘o Hemi cumpriu a sua missão, vamos tirá-lo de linha. Não podemos aceitar a possibilidade de ele se tornar um motor amansado’. E então, em 1970, nós dissemos “vamos parar com a sua produção”.
O modelo do vídeo foi um dos 27 Hemi Road Runner 1971 com câmbio automático. Sua potência declarada era de 431 cv, mas testes em dinamômetro revelava potência próxima dos 500 cv – e números acima dos 600 cv nos Hemi Barracuda e Hemi Dart de 1968. Ah, não perca o detalhe do Air Grabber – o scoop de capô escamoteável!
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