11 de abr. de 2013

Teste: Novo Chery Tiggo - Prévia portenha

Fotos: Ezequiel Las Heras/AutoCosmos
Teste: Novo Chery Tiggo - Prévia portenha
Agendado para estrear no Brasil só no segundo semestre, o novo Chery Tiggo já roda Argentina

A Chery tem barreiras para superar. Além de carregar o estigma de ser uma marca chinesa, o que geralmente ainda é associado à falta de qualidade, ainda produz alguns modelos no Mercosul, mercado que também está longe de se enquadrar nos padrões globais de excelência.
No entanto, o fabricante oriental sabe que uma das melhores maneiras de acabar com o ceticismo do consumidor é ganhar volume de vendas. Isso determinou a escolha do Tiggo para entrar no Mercosul e atacar o segmento de utilitários esportivos, o de maior crescimento nos mercados sul-americano e global. E já que os principais SUVs rivais foram renovados, os chineses também fizeram uma “plástica” em seu utilitário. O modelo chinês redesenhado, que é montado no Uruguai em sistema de CKD, já desembarcou na Argentina. E chegará ao mercado brasileiro no início do segundo semestre.

Como é comum em todo face-lift, a área que recebeu as maiores alterações foi a frente. A principal delas foi a introdução das luzes diurnas de leds, algo atualmente indispensável para quem quer “estar na moda”. Os grupos óticos frontais ficaram mais finos, porém, “espichados” em direção às laterais do carro. Os faróis de neblina também foram redesenhados. O capô ficou mais “marcado” e arredondado, com vincos que dão certa robustez ao Tiggo. Ainda na porção dianteira, completam os novos para-choques e grade. Na traseira, quase nada novo. O estepe continua do lado de fora, mas as lanternas passam a ser de leds.



O face-lift também provocou mudanças no interior do Tiggo. Os assentos recebem novos estofados. A Chery quis desvincular o utilitário de outros modelos, como o subcompacto QQ, que apresenta materiais com aparência frágil. Entre as novidades, o maior destaque está no painel, agora mais estreito. Na parte central, linhas que fluem do topo em direção à alavanca de câmbio. Todos os porta-objetos, as saídas de ar, os alto-falantes e comandos do ar condicionado estão no mesmo lugar, porém, com novo acabamento. O volante, agora multifuncional, com controles do rádio, recebem detalhes em plástico que simula o aspecto de metal escovado.

Bebaixo do capô do novo Chery Tiggo, absolutamente o mesmo motor que move o modelo lançado em 2009. Trata-se de um 2.0 16V a gasolina. O propulsor entrega a potência máxima de 135 cv e 18,2 kgfm de torque, sempre a 4.500 giros. A transmissão é uma manual de cinco velocidades e tração dianteira. Segundo a marca chinesa, serão oferecidas “em breve” versões com câmbio automático, além da opção 4X4. O utilitário oferece airbags dianteiros e é equipado com freios ABS – sem controles de tração ou estabilidade.

Assim como outros modelos da Chery, o Tiggo oferece uma lista bastante completa de equipamentos de série. O utilitário sai da fábrica com ar-condicionado, vidros e travas elétricas, direção hidráulica, sistema de som completo, ajustes do banco de motorista e de posição da coluna de direção, entre outros “mimos” para os ocupantes. Na Argentina, o novo Tiggo custa o equivalente a R$ 47 mil. A versão vendida no Brasil, ainda sem o recente face-lift, sai por R$ 52 mil.



Primeiras impressões

Habitante urbano

Buenos Aires/Argentina – É muito confortável dirigir o Chery Tiggo na cidade. Mesmo sem ajuste de profundidade para o volante, o carro oferece boa ergonomia e a melhor posição de dirigir é encontrada facilmente. Além disso, o raio de giro é bastante favorável, o que melhora a vida em trechos congestionados, comuns em toda grande metrópole. A visibilidade também é boa e o consumo de combustível é justo.

Os materiais utilizados no acabamento interno não são dos mais requintados, porém, não deixam a impressão de má qualidade. O novo painel agrada ao olhar. Apesar da simplicidade, a clareza e organização das informações deixam o conjunto interessante. De negativo, apenas o câmbio, que tem engates imprecisos, sem contar o apoio de braços central muito elevado, que atrapalha na hora das trocas.

O ruído que entra na cabine é perfeitamente aceitável até os 120 km/h. Acima disso, o barulho torna-se progressivamente desagradável. Nas retas, o Tiggo oferece boa estabilidade, mas em movimentos sinuosos mais acentuados, a carroceria se inclina mais que o esperado.



Ficha técnica


Chery Tiggo 2013


Motor: Gasolina, dianteiro, transversal, 1.971 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando duplo no cabeçote. Injeção multiponto eletrônica sequencial.
Transmissão: Manual com cinco velocidades a frente e uma a ré.
Potência máxima: 135 cv a 5.750 rpm.
Aceleração 0-100 km/h: 15 segundos.
Velocidade máxima: 170 km/h.
Torque máximo: 18,2 kgfm a 4.500 rotações.
Diâmetro e curso: 83,5 mm X 90 mm. Taxa de compressão: 10,0:1.
Suspensão: Independente tipo McPherson, molas helicoidais, amortecedores pressurizados e barra estabilizadora. Independente, multilink, molas helicoidais, amortecedores pressurizados e barra tensora lateral.
Pneus: 235/60 R16.
Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás. ABS e EBD.
Carroceria: SUV em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,28 metros de comprimento, 1,76 metro de largura, 1,70 metro de altura e 2,51 metros de distância entre-eixos.
Peso: 1.375 kg.
Capacidade do porta-malas: 520 litros.
Tanque de combustível: 57 litros.
Produção: Montevidéu, Uruguai.
Lançamento: 2013.
Itens de Série: Ar-condicionado, vidros e travas elétricas, direção hidráulica, travamento das portas a distância, airbags frontais, freios ABS com EBD, faróis de neblina dianteiro e traseiro, sistema de som rádio/CD/MP3/USB, vidros traseiros elétricos, rodas de liga leve de 15 polegadas, ajustes do banco de motorista, de altura do farol e de posição da coluna de direção, bancos traseiros rebatíveis e indicador de consumo de combustível.
Preço: US$ 23.500, o equivalente a R$ 47 mil.








Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br

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