Depois do fim da DTM em 1996, a Mercedes AMG entrou no campeonato da FIA GT em 1997 com seus CLK GTR menos de seis meses depois de os primeiros sketches terem sido desenhados. Para acelerar o desenvolvimento, eles compraram o melhor carro possível para pegar tecnologia emprestada: um McLaren F1 GTR.
Talvez você pense que, como a McLaren e a Mercedes são parceiras desde 1995, para a Mercedes conseguir um F1 GTR bastaria um telefonema. Mas não era o caso. Em 1996 a aliança na Fórmula 1 estava começando a andar para a frente, e o supercarro SLR ainda não existia. Então a Mercedes-AMG teve que comprar um carro de uma equipe privada, a Larbre Compétition. O chassi #11R usava pintura da Franck Müller, e já tinha sido pilotado por Jean-Denis Délétraz e Didier Cottaz no FIA GT.
Depois de receber o carro, a Mercedes retirou toda a carroceria e colocou outra, bem esquisita, parecida com a dos F1 GTR “Long Tail” (traseira longa, numa tradução livre). É claro que ela não tinha nada a ver com os F1 GTR que vieram em 1997 – o design tinha o objetivo de testar as qualidades aerodinâmicas do CLK GTR, que ainda não existia. Eles também haviam trocado o V12 BMW por seu próprio V12 AMG M120 de seis litros. Este protótipo secreto foi levado para o circuito de Jarama, na Espanha, onde quebrou alguns recordes antes de começar a sofrer com o sistema de arrefecimento. Bernd Schneider resolveu este problema – batendo o carro.
Foram três corridas para que o CLK GTR da Mercedes finalmente derrotase a McLaren na temporada de 1997. o #11R reapareceu em 2000, quando foi leiloado pela Sotheby, em Mônaco. Na época ele já havia voltado a usar a carroceria e o motor BMW V12 originais. Hoje em dia o carro está no reino unido, pintado de laranja e devidamente emplacado. Yes, ele está nas ruas.
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