Cidades flutuantes, cidades voadoras e cidades sistematizadas parece uma boa ideia até a hora em que as pessoas começam a habitá-la. Aqui estão dez exemplos de cidades utópicas que não deram muito certo.
Há tantos tipos de cidades distópicas criadas por arquitetos malucos, hippies malucos, urbanistas malucos ou ditadores megalomaníacos e malucos que foi difícil separar apenas dez para esta lista. Tentamos manter o foco nas ideias que, felizmente, nunca saíram do papel, mas também há vários fracassos urbanísticos e sociedades utópicas que podem ficar para uma segunda lista, caso vocês nos deixem boas sugestões.
Metrópolis
A cidade do futuro distópico do clássico filme de Fritz Lang era governada por um empresário autocrata, e tinha sua população dividida entre burgueses e operários. Por um lado, tinha aerovias luminosas, carros aerodinâmicos e jardins esplendorosos que eram aproveitados apenas pelos ricos.
Todas as aerovias, todos os carros aerodinâmicos e todos os jardins esplendorosos são mantidos por trabalhadores pobres que vivem no subsolo sombrio, alimentados por (e alimentando) máquinas industriais monstruosas.
Cloud Nine de Buckminster Fuller
Já que as cidades independentes sempre pareceram funcionar muito bem, por que não mantê-las flutuando no céu, onde qualquer viagem ou fuga de/para uma cidade flutuante infernal é impossível?
Nova Iorque do Futuro, projeto de 1929
Se você desse a um arquiteto a liberdade de desenhar a cidade do futuro do jeito que ele bem entendesse em 1929, o resultado seria algo como a proposta de Metrópole do Amanhã de Hugh Ferriss. Todos os prédios são arranha-céus gigantes, enquanto os humanos correm como formigas em bulevares largos e centrados nos carros. Quem se importa? Os apartamentos em pontes parecem demais!
Nova Iorque do Futuro, projeto de 1929 – parte 2
A edição de 1929 da revista Science Wonder apresentou este projeto chamado “A Cidade Cúbica”. Ele propunha a substituição de toda a cidade de Nova Iorque por um único arranha-céu cúbico de três quilômetros de largura e três de altura. Tinha amarras para dirigíveis e capacidade para 80 milhões de pessoas, mas a vista dos apartamentos era terrível.
Projeto Biosfera 2
O projeto Biosfera 2 foi uma tentativa de recriar a biosfera terrestre em um laboratório onde os pesquisadores e poderiam viver ao lado isolados do meio exterior de forma auto-suficiente. A intenção era estudar a forma com a qual os humanos interagem com o ambiente e que tipos de problemas podem surgir em sistemas fechados. Deveria ser um microcosmo de toda a Terra, perfeito para conduzir pesquisas científicas inovadoras. No fim, tornou-se apenas uma estufa enorme.
Washington de Minority Report
Na Washington de 2054 subir de carro pelos prédios parece algo incrível até você começar a imaginar como é viver em um desses apartamentos. Imagine como seria morar embaixo de uma rodovia federal…
Arcosanti
Como ninguém aprendeu nada com o fracasso das sociedades utópicas na segunda metade do século XIX, alguns pós-hippies tentaram estabelecer sua própria eco-sociedade utópica no deserto do Arizona, chamada Arcosanti. Ela começou a ser construída em 1970 com base em um conceito do arquiteto Paolo Santi que mesclava arquitetura com ecologia, chamado arcologia. A ideia era unir integração social e a construção de um ambiente urbano ecologicamente correto usando o mínimo possível de recursos naturais. Eles não morreram todos, o que é uma boa notícia, mas também não impactaram o mundo como planejavam.
Germania
A Welthauptstadt Germania era a visão da Berlim do futuro proposta por Hitler e de seu arquiteto Albert Speer caso os nazistas vencessem a Segunda Guerra. O plano começou a dar errado quando os engenheiros perceberam que seus mega-prédios de concreto propostos seriam tão pesados que afundariam, e foi posto por terra quando os nazis finalmente perderam a guerra.
Brasília
Se alguém um dia propuser uma cidade utópica feita de toneladas e toneladas de concreto, mencione nossa capital Brasília. Ela parece mais o futuro de “Brazil – O filme” do que o Brasil do futuro (nossa atualidade).
Paris de Le Corbusier
O Plan Voisin de Le Corbusier parecia novo e moderno, onde as pessoas viveriam em arranha-céus gigantes, uniformes e limpos. Na realidade, o projeto significava a demolição de cada um dos marcos históricos e culturais de Paris para substituí-los por moradias populares.
Se você lembra de algum projeto urbanístico maluco, megalomaníaco, totalitário e excêntrico que ficou de fora, deixe sua sugestão nos comentários!
[Fotos: Le Corbusier, Arquivo Federal Alemão, Steve Minor, 20th Century Fox, Johndedios/Wikipedia, Science Wonder, Buckminster Fuller/Architzer, The Nonist]
Fonte: Jalopnik
Disponível no(a): http://www.jalopnik.com.br/
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