Você pagaria R$ 145 mil por um carro com pose de utilitário esportivo e aperto de cupê? Não diga "não" até conhecer esse crossover
Não é cupê, nem utilitário esportivo, muito menos hatch. É um conjunto que de tão curioso parece não fazer tanto sentido. Mas para que sentido quando se coloca um Mini na garagem? A marca britânica acredita piamente que o normal jamais poderá ser incrível e muitos consumidores parecem concordar.
Foram vendidas 66 mil unidades em 2012 somente nos Estados Unidos, enquanto o Brasil emplacou pouco mais de 1,8 mil carros da marca, o que se deve, sobretudo ao valor elevadíssimo dos modelos por aqui. Mas a Mini quer mais e por isso apresenta um crossover que fisga o comprador pela emoção. Esqueça funcionalidades ou custo/benefício, a versão duas portas do Countryman quer te vencer pela emoção. Fomos descobrir em Ponce, no sul da ilha caribenha de Porto Rico, o quanto esse crossover irreverente é capaz de emocionar.
Assim como o Countryman, o estreante é fabricado na Áustria e, por incrível que pareça, é 1 cm mais comprido que o irmão mais velho: 4,12 contra 4,11 m. Além disso, é 4 cm mais baixo, sobretudo na traseira de cupê tão arrojada que deve causar suspiros até em quem desenhou o Evoque, principal concorrente. No entanto, os executivos da Land Rover podem alegar que o Paceman não tem a elegância de seu utilitário. Isso porque a Mini quis fazer algo tão chamativo, que pode soar extravagante para alguns. “Procuramos fazer um carro musculoso, reparem nos para-lamas saltados”, afirma o gerente de marketing da Mini nos EUA, Lee Nadler. Você conseguiram, Lee.
Mini autêntico
É ao volante que o Paceman se mostra um Mini de verdade. Embora não seja um kart de rua como os modelos de entrada, ele repete a boa dosa de dirigibilidade agressiva e disposição fora de estrada do Countryman. A suspensão mais alta produz um balanço que os pequenos Minis não têm, mas mesmo assim mantém o carro firme nas curvas tornando o crossover um brinquedo divertidíssimo. Tem condução mais esportiva do que o concorrente Evoque.
Quando se depara com buracos e estradas de terra o Paceman se mostra tão desenvolto quanto seu irmão de quatro portas, embora a visão pelo retrovisor seja ruim devido ao pequeno vidro traseiro. É o carro ideal para você ir com mais uma pessoa para aquela praia mais distante carregando prancha, cadeiras, guarda-sol e até o cachorro. Melhor ainda se for na versão com a tração integral All 4, que num primeiro momento não estará disponível no Brasil. Ou seja, o Paceman é guerreiro como o Countryman, mas apertado quanto o pequeno Mini tradicional. E mesmo assim consegue proporcionar diversão para quem está disposto a pagar caro por isso. Vence a emoção, perde a razão. Uma prova de que o irracional pode ser pra lá de divertido.
Viagem a convite da Mini
Fonte: Revista AE
Disponível no(a): http://revistaautoesporte.globo.com/
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