18 de jan. de 2013

Teste: Volkswagen Voyage I-Motion - Com um pouco mais de recheio

 Fotos: Pedro Paulo Figueiredo/Carta Z Notícias
Teste: Volkswagen Voyage I-Motion - Com um pouco mais de recheio
Volkswagen Voyage briga em várias frentes e versão Comfortline I-Motion é a mais equipada da linha

por Rodrigo Machado
Auto Press


O Voyage tem dupla função na gama da Volkswagen. Diferentemente de Chevrolet e Fiat, que têm três sedãs compactos em suas linhas – Sonic sedã, Prisma e Classic na marca americana e Linea, Grand Siena e Siena para os italianos –, a empresa alemã tem apenas dois.
Como o veterano Polo sedã não vai lá muito bem das pernas, o Voyage precisa se desdobrar. Tem de ser um modelo de custo/benefício atraente na versão básica e, ao mesmo tempo, agregar equipamentos e visual para atingir a faixa de consumidores que busca um sedã compacto completo. Neste cenário, a versão Comfortline I-Motion faz a ponta superior da gama. Com direito a câmbio automatizado com trocas no volante, a configuração traz o máximo que o Voyage pode oferecer no Brasil – o que não é tanto assim.

Recentemente, no meio do ano passado, o Voyage – assim como o Gol – passou por um leve face-lift. O visual ficou de acordo com o resto da linha da Volks, com linhas retas na frente e atrás. A reestilização, de fato, aproximou visualmente o compacto dos sedãs médios da linha, como o próprio Polo e o Jetta. Foram feitas pequenas alterações no interior também, como troca das alavancas de seta e comutador dos faróis. Entre os novos equipamentos, destaca-se o rádio que, quando aliado ao opcional de sensor de estacionamento traseiro, exibe um gráfico com os obstáculos próximos ao veículo.


A lista de itens de série da versão Comfortline I-Motion traz airbag duplo, ABS, direção hidráulica, trio elétrico e faróis de neblina. Isso por R$ 44.410. Equipamentos quase obrigatórios nessa faixa de preços ficam só na seção de opcionais, caso de ar-condicionado, o novo rádio/CD/MP3/Bluetooth, rodas de 15 polegadas e o volante multifunção com borboletas para trocas de marcha. Com esses itens, a conta sobe para R$ 50.780. É mais até do que a própria Volks cobra pelo Polo sedã básico, modelo que vem equipado de maneira bem semelhante.

A renovação da linha até passou por baixo do capô, mas apenas nas versões equipadas com o motor 1.0, que ficou mais eficiente. No 1.6, nada de novo. Ele continua com 106 cv a 5.250 rpm e 15,6 kgfm a 2.500 rotações com etanol. O câmbio também continua o mesmo. É o automatizado de cinco velocidades, que já está em uso no Brasil desde 2009. De acordo com a fabricante, o conjunto é capaz de levar o sedã de zero a 100 km/h em 10,5 segundos, 0,7 segundo mais lento do que o manual.

Apesar de discreta, a reestilização aparentemente caiu no gosto do público. Antes dela, o Voyage acumulava média mensal de 7.300 emplacamentos. A partir de agosto, quando o novo entrou nas lojas, a média subiu para 8.900 unidades. Um aumento de 22% em um mercado que cresceu 6% no total. Na prática, isso significa que o Voyage se aproximou da segunda colocação entre os sedãs mais vendidos do país. Em 2012, o sedã da Volkswagen ficou apenas a 2.156 emplacamentos do Chevrolet Classic, o vice-líder – o primeiro colocado foi o Fiat Siena, que soma as vendas do Siena EL e do Grand Siena.


Impressões ao dirigir

Sem surpresas

No mercado há cinco anos, o Voyage ainda é um sedã bem agradável de guiar. Uma das principais razões está sob o capô. Apesar de antigo, o propulsor 1.6 continua a dar bom desempenho ao compacto. Como tem apenas duas válvulas por cilindro, o torque máximo aparece já em rotações médias – os 15,6 kgfm surgem já nas 2.500 rotações. Isso significa que o Voyage se dá bem principalmente no ambiente urbano, onde não há muito espaço para esticar as marchas.

A transmissão I-Motion, por sinal, também se mostra acertada para o uso na cidade. Claro que não é tão eficiente como uma tradicional automática, mas o convívio com ele é descomplicado. Apesar da evolução em relação aos primeiros modelos automatizados, as trocas ainda são acompanhadas de trancos. Se for necessário ainda é possível fazer as trocas pelas borboletas atrás do volante – um opcional de R$ 214 – que deixa a vida mais fácil.

De resto, o Voyage mantém o comportamento dinâmico correto e o acabamento aceitável. As peças têm encaixes justos e o aplique de black piano em volta do rádio não aplaca o aspecto geral do painel, um tanto simplório. Ostenta muito espaço vazio, o que transmite a sensação de que faltam coisas lá. Já a área interna é suficiente para quatro adultos viajarem sem apertos. O porta-malas leva 480 litros, mas tem alças que invadem o bagageiro.


Ficha técnica

Volkswagen Voyage Comfortline I-Motion
Motor: A gasolina e etanol, 1.598 cm³, dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, duas válvulas por cilindro e comando simples no cabeçote. Injeção multiponto sequencial e acelerador eletrônico.
Transmissão: Câmbio automatizado com cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Não oferece controle de tração.
Potência: 101 cv e 106 cv a 5.250 rpm com gasolina e etanol.
Torque: 15,4 kgfm e 15,6 kgfm a 2.500 rpm com gasolina e etanol.
Aceleração de 0 a 100 km/h: 10,1 e 9,8 segundos com gasolina e etanol.
Velocidade máxima: 189 e 191 km/h com gasolina e etanol.
Diâmetro e curso: 76,5 X 86,9 mm. Taxa de compressão: 12,1:1.
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com braços triangulares transversais, molas helicoidais, amortecedores pressurizados e barra estabilizadora. Traseira interdependente com barra de torção e braços longitudinais, molas helicoidais e amortecedores pressurizados.
Carroceria: Sedã em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 3,89 metros de comprimento, 1,65 m de largura, 1,46 m de altura e 2,46 m de distância entre-eixos. Oferece airbag duplo de série.
Peso: 985 kg.
Capacidade do porta-malas: 480 litros.
Tanque de combustível: 55 litros.
Produção: São Bernardo do Campo, São Paulo.
Lançamento: 2010. Reestilização: 2012.
Itens de série: Vidros e travas elétricas, alavanca de câmbio revestida de couro, banco do motorista com ajuste de altura, frisos com detalhes cromados, lanternas traseiras com lente escurecida, direção hidráulica, faróis de neblina, airbag duplo, ABS e faróis com máscara negra.
Preço: R$ 44.410.
Opcionais: Rádio/CD/MP3/Bluetooth, rodas de liga leve de 15 polegadas, volante multifuncional com borboletas para trocas de marcha, revestimento dos bancos em native, ar-condicionado, sensor de estacionamento traseiro e lanterna de neblina.
Preço completo: R$ 50.780.
 
 



Fonte: Motordream
Disponível no(a): http://motordream.uol.com.br
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