18 de jan. de 2013

Teste: Chevrolet Malibu - Na linha da solidez

 Fotos: Rodrigo Machado/Carta Z

Teste: Chevrolet Malibu - Na linha da solidez
Novo Chevrolet Malibu, que chega ao Brasil este ano, tem linhas sóbrias e motor mais potente

por Rodrigo Machado
Auto Press


O ano de 2012 foi de reestruturação para a General Motors do Brasil. Foram diversos novos lançamentos, sempre focados em modernizar o “lineup” da Chevrolet. E foi dessa forma que a GM conseguiu bons números de vendas – alguns com rapidez surpreendente, como Spin e Onix.
Este ano, no entanto, projeto é de consolidação. E é neste cenário que o Malibu se enquadra. A nova geração do sedã médio-grande, que chega ao Brasil no segundo semestre, teve uma espécie de pré-estreia em Detroit, antes da abertura do Salão.

O novo Malibu chega para tentar reproduzir no Brasil uma antiga briga travada em território norte-americano, com o Ford Fusion. Só que abaixo do Equador as armas da Chevrolet devem ser diferentes. Para começar, o Malibu é penalizado com impostos de importação, que o Fusion escapa por ser produzido no México, país com o qual o Brasil tem acordo alfandegário. Para ganhar alguma competitividade, a GM vai importar apenas uma versão, contra as três do Fusion. E a versão mais provável de ser importada é que tem motor 2.5.


O motor é um Ecotec de 2.5 litros aspirado de 197 cv a 6.300 rpm e saudáveis 26,4 kgfm de torque a 4.400 rotações. No mercado norte-americano ainda há opções de um 2.0 turbo de 259 cv e ainda um híbrido que junta o antigo 2.4 usado pela geração antiga do Malibu no Brasil aliado a um pequeno propulsor elétrico. No total, são 182 cv. A transmissão, bem no estilo norte-americano, só pode ser automática – com seis velocidades. O novo Malibu é montado na plataforma Epsilon II da GM. Ela foi inaugurada em 2008 pelo Opel Insignia – que substituiu o Vectra por lá – e teve desenvolvimento todo na Alemanha, sede da subsidiária europeia da GM.

Além do menor número de versões, outra maneira que o Malibu tenta se diferenciar do rival Fusion é na estética. A GM, ao contrário da Ford, optou por linhas mais clássicas, sem ousadias: o Malibu tem um conjunto bastante harmônico. A grade bipartida com colméias ainda está lá, mas existem diversas novidades. É o caso do caimento acentuado da linha do vidro traseiro e das lanternas posteriores inspiradas no esportivo Camaro.

Ainda não há qualquer estimativa de preços por parte da GM, mas com o IPI voltando gradativamente, é esperado que o novo modelo se situe na mesma faixa do anterior, em torno dos R$ 100 mil. A ideia da Chevrolet é conquistar exatamente pelo estilo e comportamento sóbrio do carro. E abastecer os consumidores fiéis da marca – que não são poucos.


Primeiras impressões

Segunda chance

Detroit/Estados Unidos – Achar uma conexão entre o Malibu antigo e o novo é uma tarefa ingrata. Enquanto a geração anterior do sedã tinha um visual pouco inspirado, o atual é muito mais interessante. É definitivamente um passo à frente para a Chevrolet. Mesmo que mantenha a identidade estética da marca, o modelo agora agrada e tem o potencial de conquistar clientes que prezem mais o conservadorismo.

A diferença entre os dois continua no interior. Além de um visual mais atraente, a nova geração do Malibu tem materiais de boa qualidade espalhados por toda a cabine. Na unidade testada, o acabamento em couro no painel era em um tom de marrom que impressionou bastante. Os plásticos são revestidos com um material emborrachado que suaviza o toque. O que destoa são os apliques de plástico imitando madeira – detalhe que deve ficar de fora dos modelos importados para o Brasil. De qualquer forma, é uma cabine muito mais agradável que da geração antiga.



O sistema de entretenimento é outro destaque. Tem funcionamento simples, teclas fixas que controlam diversas funções e ainda conta com uma tela de sete polegadas sensível ao toque. Para melhorar a funcionalidade do interior, o monitor é escamoteável e esconde um espaçoso e útil porta-objetos.

A dirigibilidade é o aspecto em que o novo Malibu mais se aproxima de seu antecessor. A versão avaliada estava equipada com um motor 2.5 aspirado de 197 cv e uma transmissão automática de seis velocidades. E, o funcionamento do conjunto é bem no estilo dos sedãs norte-americanos: calmo e suave. Se o motorista pisar fundo, há torque e potência para dar agilidade ao médio-grande, mas a melhor maneira de se comandar o Malibu é de forma tranquila.
A transmissão é bem escalonada, apesar de não primar por passagens extremamente rápidas. Há até a opção de fazer trocas manuais, mas os botões para efetuá-las são posicionados na parte superior da alavanca de câmbio, o que não instiga muito o seu acionamento.


Ficha Técnica

Chevrolet Malibu LTZ 2.5

Motor: A gasolina, dianteiro, transversal, 2.457 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro e duplo comando de válvulas do cabeçote. Injeção direta de combustível e acelerador eletrônico.
Transmissão: Câmbio automatizado de cinco velocidades à frente e uma a ré. Tração traseira. Oferece controle eletrônico de tração.
Potência máxima: 197 cv a 6.300 rpm.
Aceleração 0-100 km/h: 8,4 segundos.
Velocidade máxima: 220 km/h.
Torque máximo: 19,4 kgfm a 4.400 rpm.
Diâmetro e curso: 88,0 mm x 100,8 mm. Taxa de compressão: 11,3:1.
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira independente do tipo four link, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Oferece controle eletrônico de estabilidade de série.
Pneus: 235/50 R18.
Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás. Oferece ABS com EBD.
Carroceria: Sedã em monobloco, com quatro portas e cinco lugares. Com 4,86 metros de comprimento, 1,85 m de largura, 1,46 m de altura e 2,73 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais, de cortina e de joelhos nos bancos frontais de série.
Peso: 1.539 kg.
Capacidade do porta-malas: 545 litros.
Tanque de combustível:
73 litros.
Produção: Detroit, Estados Unidos.
Lançamento mundial: 2013.
Itens de série: Ar-condicionado, vidros e travas elétricos, direção elétrica, freios ABS, controle de estabilidade, airbags frontais, laterais, de cortina e de joelhos nos bancos frontais, controle de estabilidade ESP, desembaçador traseiro, alarme com comando à distância, rádio/CD/MP3/iPod/USB/Bluetooth com tela sensível ao toque de 7 polegadas, leds de iluminação diurna, espelhos elétricos.
Preço nos Estados Unidos: US$ 22.805, equivalente a R$ 46.430.
Preço previsto para o Brasil: Em torno de R$ 100 mil.

Fonte: Motordream
Disponível no(a): http://motordream.uol.com.br
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