O Reino Unido deu ao mundo mais campeões de Fórmula 1 do que qualquer outra nação no mundo. A lista inclui Jackie Stewart (3 títulos), Jim Clark (2), Graham Hill (2), Mike Hawthorn (1), John Surtees (1), James Hunt (1), Nigel Mansell (1), Damon Hill (1), Lewis Hamilton (1) e Jenson Button (1).
Stirling Moss não está nesta lista, mesmo que possa figurar facilmente no panteão dos melhores do mundo. Ele foi o vice-campeão quatro vezes com quatro equipes diferentes entre 1955 e 1958, mas sua carreira foi interrompida brutalmente em 1962, depois de um acidente horrível com um Lotus-Climax V8 de testes em Goodwood.
Mas não foi o fim para Sir Moss.
A Ferrari construiu para ele o que veio a ser o carro mais caro do mundo, e se no final ele não pode pilotar esta máquina em campeonatos, ele nunca se distanciou das pistas. No meio tempo, ele construiu uma casa tão cheia de gadgets que a Q do James Bond levaria dias para entender, para a qual a equipe Williams de F1 construiu um elevador de fibra de carbono.
Mercedes-Benz e McLaren batizaram suas SLR especiais de corrida em homenagem a ele, enquanto o próprio Moss se aposentava das corridas há três anos, quando bateu um Porsche RS 61 Spyder no valor de R$ 3,4 milhões durante as voltas de aquecimento para a Monterey Reunion. Ele tinha quase 80 anos na época. E um verdadeiro íma de garotas.
Sir Moss, a gente te adora. Vamos relembrar todas as coisas legais que o senhor fez entre 1948 e 1978!
18 de Setembro de 1948
O jovem Stirling Moss vencendo a corrida na categoria de carros compactos em Goodwood, no seu primeiro ano de corridas. Ele estava ao volante de um British Cooper, assim como nove anos depois, quando terminou em segundo no Campeonato Mundial com um Cooper T43.
1952
Uma manobra de publicidade onde Stirling Moss dirige um Jaguar XK120 cupê na rampa de um avião cargueiro de Silver City. O roadster começou a ser produzido em 1948, seguido do cupê em 1951, e finalmente o conversível em 1953. O “120″ vinha de sua velocidade máxima em milhas (193 km/h, e ainda mais rápido quando retiravam o para-brisa). O Bristol Type 170 Freighter também era f*dástico.
Maio de 1955
Stirling Moss e seu navegador Dennis Jenkinson (o jornalista que basicamente inventou a navegação moderna dos ralis) cercados pela polícia depois de vencer a Mille Miglia ao volante do lendário Mercedes-Benz 300 SLR. O carro tinha por volta de 310 cv a 8.500 rpm graças ao seu oito-em-linh, que era alimentado por uma mistura de gasolina e benzeno (65/35). Moss e Jenkinson começaram a corrida com 264 litros de combustível. Juan Manuel Fangio terminou em segundo com um carro idêntico.
2 de setembro de 1956
O argentino campeão mundial Juan Manuel Fangio (à direita) em ação com uma Ferrari, à frente de Stirling Moss em um Maserati no GP da Itália em Monza. Fangio terminou a corrida de cinquenta voltas mais uma vez em segundo atrás de Moss, porém continuou dono do título depois de trocar de carro com o colega de equipe Peter Collins, devido a uma falha na coluna de direção. Collin venceria o campeonato, porém sua atitude o fez cair para terceiro no final.
29 de maio de 1957
O sr. Moss em seu MG EX181 feito sob encomenda nas Planícies de Sal de Bonneville em Utah, EUA, onde tentou quebrar o recorde mundial de velocidade da classe F. O regulamento estabelecia que o motor do carro deveria ter entre 1,1 e 1,5 litro, então o MG usava um motor com duplo comando no cabeçote e compressor mecânico, suficiente para 293 cv a 7.300 rpm. O MG e Stirling Moss quebraram o recorde, chegando a 395,31 km/h.
19 de janeiro de 1958
O piloto inglês cruzava a linha de chegada em um Cooper-Climax T43, vencendo o Grande Prêmio da Argentina em Buenos Aires. Seu carro era da equipe privada de Rob Walker. Não apenas foi a primeira vitória da Cooper, mas também a primeira vitória de uma equipe particular e a primeira vitória de um carro com motor traseiro na Fórmula 1. Juan Manuel Fangio conseguiu a pole e fez a volta mais rápida, mas só chegou em quarto na corrida. O campeonato de 1958 foi vencido por outro britânico, Mike Hawthorn, embora este só tenha vencido uma corrida na temporada toda. Moss perdeu o título por um ponto.Junho de 1959
Stirling Moss curtindo uma xícara de chá no cockpit de seu Vanwall. A Vanwall estava prestes a deixar as corridas devido à saúde cada vez mais fraca de seu fundador Tony Vandervell, e seus carros não tinham chance contra os então novos Cooper de motor central. Foi o segundo ano da Lotus no campeonato, depois da saída de Colin Chapman da Vanwall. Moss voltou para a Cooper-Climax. A última corrida da Vanwall foi o Grande Prêmio da França em 1960.
14 de maio de 1961
1961 foi o primeiro ano com o novo regulamento que exigia motores 1.5, e Stirling Moss arranjou um Lotus-Climax 18 com os paineis laterais removidos. É o “simplifique e adicione leveza” levado ao extremo. Moss venceu a corrida com seu Lotus “manco”, enquanto Richie Ginther da Ferrari terminou apenas 3,6 segundos atrás dele.
17 de julho de 1961
O carinha ali no carro de pedal é o futuro campeão mundial de Fórmula 1 britânico Damon Hill em seu batizado, cercado pelas lendas do automobilismo (em sentido horário) Bruce McLaren, Stirling Moss, Tony Brooks, seu pai Graham Hill, Jo Bonnier e Wolfgang von Trips. A gente espera que esta foto esteja em uma parede na casa de todos eles, porque é fantástica. Claro, eram os anos 60…
20 de abril de 1962
Os oficiais de equipe e os membros do resgate de St. Johns em volta de Stirling Moss, tentando retirá-lo dos escombros. Moss pilotava um Lotus-Climax V8 experimental em Goodwood. Ele sobreviveu ao acidente, mas ficou em coma por um mês. Moss se recuperou, mas decidiu se aposentar das categorias de topo das corridas depois de uma sessão de testes privada em um Lotus 19 no ano seguinte. Suas voltas eram alguns décimos de segundo mais lentas do que antes do acidente, e ele não se sentia mais no comando do carro como estava acostumado. Muitos fãs de corrida e médicos especulam até hoje que Moss simplesmente tentou retornar cedo demais. Nunca saberemos.
12 de junho de 1962
Stirling Moss assiste às corridas na TV enquanto se recupera no hospital após acordar do coma. Ele teve mais sorte do que muitos em seu tempo.
29 de setembro de 1978
Dezesseis anos depois, Moss estava ativo como nunca. Nesta foto ele está prestes a ligar seu Austin Seven antes de uma corrida de longa duração de 10 mil milhas (16 mil km). Não sei como acabou esta corrida, mas sua dedicação ao esporte e sua personalidade amigável o fizeram conquistar mulheres mais bonitas aos 79 anos do que a maioria de nós em qualquer idade.
Parabéns, Sir Moss!
Fonte: Jalopnik
Disponível no(a): http://www.jalopnik.com.br/
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