Apesar
de parecer impossível para muitos, o velho Fiat Uno sairá de linha no
final deste ano, após 30 anos de bons serviços prestados. Não fará a
graça de receber o tal kit HSD (airbags e ABS) só para atender as
exigências do CONTRAN, mas resistirá até o último momento de 2013 antes
de ser descontinuado. Seu filho temporão, o novo Uno, e o Palio Fire
deverão assumir o posto do atual carro entrada da Fiat.
A partir de 1° de janeiro, todos os
automóveis e comerciais leves 0km deverão contar com freios ABS e
airbags dianteiros. O velho Uno poderia sim receber airbags e até mesmo
freios ABS, mas é fato que um carro baseado num projeto de três décadas
não ficaria . E esses equipamentos não faria do projeto do Uno, de três
décadas atrás, mais seguro. Melhor colocar um ponto final.
Mas, tudo bem. O Uno tem seus méritos.
Apesar da idade, do acabamento simples, ainda é muito procurado por quem
precisa de um carro barato. Aliás, foi o Uno Mille o primeiro 1.0
vendido no Brasil, em 1990, inaugurando assim o segmento dos carros
“populares”. Um popular com suspensão traseira independente, quem diria…
Tudo bem que é com braços oscilantes, mas é algo que muitos carros
médios estão abandonando num dos carros mais baratos do País.
A suspensão traseira do Uno foi uma
adaptação feita para o Brasil. A versão italiana, lançada em 1983 para
substituir o 127 não resistiria ao uso intenso no Braisil. Trocar toda a
suspensão traseira fez o espaço para o estepe sob o porta-malas ser
comprometido. A solução foi abrir espaço sob o capô, na frente do
motorista, como era no 147. Tal peculiaridade perdura até hoje.
Ícone em versatilidade
O histórico também prova que o velho Uno
é versátil como poucos carros foram. Teve motores pequenos, como o
primeiro 1.0 com 48 cv, até um lendário 1.4 turbo com 116 cavalos,
versões pé-de-boi, aventureira e umas até com certos mimos. Isso sem
contar com sua prole, o sedã Premio, a perua Elba e ainda a Fiorino, em
versões picape e furgão. Tudo isso em uma geração.
“Pequeno por fora, grande por dentro”
Esta frase acima já pode ser considerada
clichê. Inúmeros carros já foram definidos por ela, como Fox e Mercedes
Classe A, mas até hoje o aproveitamento do espaço interno do Uno Mille é
referência. O próprio Novo Uno tentou seguir a receita com sua
carroceria quase quadrada, mas ainda ficou apertado.
O novo Uno ainda é mais lento que o
velho Uno Mille. Um pouco da culpa é do motor 1.0 Evo, que apesar da
potência maior tem menos resposta em torque que o velho Fire, outra
parcela é do diferencial mais longo e outro tanto pelos 100 kg extra no
peso. Resultado disso é que se o motor tiver o giro bem explorado, é sim
capaz de tirar uns sorrisos do motorista – desde que ele seja moderado
nas curvas, claro. Até supera o Veloster, dizem as más linguas. E se
andar na manha, fará do Mille um carro bastante econômico.
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Fonte: Auto segredos
Disponível no(a): http://autossegredos.com.br/
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