23 de jan. de 2013

Chevrolet volta aos velhos tempos com o novo Corvette Stingray

Fotos: Divulgação
Chevrolet volta aos velhos tempos com o novo Corvette Stingray
Chevrolet Corvette chega à sua sétima geração lotado de novas tecnologias construtivas e resgata o “sobrenome” Stingray
por Rodrigo Machado
Auto Press

Na teoria, o Chevrolet Corvette já havia chegado ao século XXI. Até porque a sexta geração do esportivo foi lançada em 2004. Mas, na essência, ela era um aprimoramento das fases anteriores. Tanto é que a plataforma era a mesma da quarta geração do modelo, de 1984, e uma de suas maiores qualidades era exatamente a maneira “crua” com que a força do propulsor era entregue. Agora, no entanto, tudo muda. A sétima atualização do Corvette foi apresentada mundialmente no Salão de Detroit, no meio do mês, e trouxe consigo uma imensa quantidade de inovações. Desde uma nova plataforma, mais leve e rígida, até um novo trem de força, com motor dotado de desativação de cilindros e transmissão manual de sete velocidades. Tudo novamente “assinado” com o clássico “sobrenome” Stingray, usado pela última vez em 1976.

Para começar, a construção do carro está mais avançada do que nunca. A GM investiu US$ 131 milhões para modernizar a fábrica de Bowling Green, em Kentucky, sendo que US$ 52 milhões desse total foram apenas para criar uma nova oficina para fazer o chassi do novo Corvette. Só daí dá para perceber o quanto a Chevrolet se esforçou nele. A estrutura é toda feita em alumínio e consegue reduzir 45 kg e ser 57% mais rígida em relação à geração anterior. A construção é feita com soldas a laser com precisão de até 0,025 mm. As suspensões tem elementos em alumínio e são 20% mais rígidas e 25% mais leves que o Corvette antigo. A carroceria também agrega elementos leves, caso dos apliques de alumínio e nas inserções de fibra de carbono no teto e capô que diminuem 17 kg do total. O peso final não foi divulgado, mas a Chevrolet garante que o Corvette tem.
 
 
Tantas inovações na estrutura foram acompanhadas por novidades sob o capô. Por enquanto há apenas uma opção de motor. É um totalmente novo V8 de 6.2 litros com direito a algumas características incomuns a um Corvette. Ele tem injeção direta de combustível, controle variável de válvulas e até sistema de desativação de cilindros. Tudo para poder proporcionar uma maior economia de combustível. Mas é claro que em um esportivo o que importa mesmo é a força. São 450 cv e 62,2 kgfm de torque. Mas com as novas tecnologias, o esportivo tem mais torque em baixas rotações. De acordo com a Chevrolet, esse é o Corvette “standard” – sem contar as versões mais extremas – mais rápido da história. O zero a 100 km/h é feito em pouco mais de quatro segundos, por exemplo.

Existem duas opções de transmissão. A grande novidade fica por conta da manual que tem sete velocidades – assim como a atual geração do Porsche 911. Além da inusitada quantidade de relações, o novo Corvette tem o Active Rev Matching. Com ele, a central eletrônica adapta automaticamente os giros do motor para a próxima marcha que será engatada – tanto para cima, quanto para baixo. Na prática, significa trocas mais suaves e sem trancos. Ainda há um câmbio automático com seis velocidades e borboletas para trocas no volante.
 


A dirigibilidade foi apurada através de outras diversas alterações. A suspensão magnética adaptativa foi melhorada e agora está com reações 40% mais rápidas. Novos amortecedores também foram usados e há opção de um diferencial de escorregamento limitado. O Corvette também pode ser adaptado para o melhor uso possível dependendo da situação. Segundo a GM, o Driver Mode Selector pode mudar até 12 parâmetros do carro dependendo do cenário. Dentre elas estão o visual do painel de instrumentos, respostas do acelerador e direção, controle de tração, firmeza da suspensão e até o barulho do escapamento.

O visual foi todo repaginado, mas seguiu a clássica disposição dos Corvette, com capô longo e traseira curta. Esta sétima geração apresenta um visual mais reto, com poucas curvas. A Chevrolet garante que isso melhora a aerodinâmica e, com isso, a eficiência geral do carro. O desenho inteiro foi inspirado em caças de guerra, principalmente a traseira, cheia de entalhes. Para aumentar o “appeal”, o teto de fibra de carbono ainda pode ser removido.

O interior é todo voltado para a direção. O volante está menor para melhorar a pegada e o painel de instrumentos é formado por duas telas de LCD que podem assumir diferentes formas. Uma prova de quanto a cabine e o console central são voltados para a pilotagem é que o controle do ar-condicionado do passageiro fica à sua frente, perto de uma saída de ar, longe do console central e dos comandos vitais do esportivo. Tudo na tentativa de manter o motorista sempre focado na sedutora tarefa de guiar o novo e moderno Corvette.
 
 
 
 
 
 
 

Fonte: Motordream
Disponível no(a): http://motordream.uol.com.br/
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