Antes de se tornar o Fusquinha que todos conhecemos, o “carro do povo” passou, como todos os outros, pela fase de protótipos. Um dos últimos foi o VW30, um Fusca que um veículo militar adaptado para uso diário. Mas o que é isto? Um destes protótipos aqui no Brasil?
O nome “Fusca” está na boca de todo mundo hoje com a recém-lançada nova geração do Beetle que, no Brasil, voltou a ser chamado pelo nome que o povo lhe deu. O que quase ninguém lembra é que o novo hatch descolado com jeito de mini-Porsche tem uma origem bem menos glamourosa. Alguém que não esqueceu das origens básicas do Fusca resolveu deixar o seu com a cara do protótipo VW30.
O V30 não tinha para-choques nem vidro traseiro, e a carinha simpática do Fusca que todos conhecemos ainda tinha um quê de C-3PO, mas o chassi já era basicamente o mesmo do primeiro VW e as linhas gerais já fariam um viajante do futuro que fosse parar em 1936 exclamar “caramba, que Fusca esquisito!”
Se por fora o carro já era espartano, por dentro também não trazia mais do que o essencial para viajar com dignidade: os bancos eram finas cadeiras estofadas, o painel de instrumentos ficava no centro, ladeado por dois porta-objetos sem tampa e o único luxo eram os revestimentos de porta.
Por que, então, alguém iria querer transformar um Fusca 1959 – que, se não é o carro mais equipado do mundo, ao menos transborda carisma – em algo ainda mais básico e frio? Não sabemos a resposta, mas foi isso que o dono desse carro fez. Segundo o anúncio no Volksporsche, o carro é todo feito em metal, nada de fibra, e segue fielmente todos os detalhes do protótipo V30 – uma única lanterna traseira, portas “suicidas”, vidros pequenos, as cadeiras estofadas e o painel de instrumentos com um único mostrador.
A cor azul e o estofamento cinza dão um toque quase melancólico e de fato parecem ter vindo de um filme alemão do final da década de 30 e reproduz até mesmo o desgaste de uma réplica que ficou esquecida em algum galpão. O mais legal é que a réplica não é feita de fibra, como se costuma ver, e sim de chapas de aço como o carro original. O único porém são as manivelas de vidro da linha VW dos anos 80. Mas pelo capricho no resto do carro, o construtor está desculpado.
O capricho aliás, cobra seu preço: enquanto um Fusca 59 original custa, hoje em dia, de R$ 25.000 a R$ 30.000, o dono pede por esta réplica R$ 80.000. Parece muito dinheiro à primeira vista, mas é o preço médio das réplicas de Porsche da Chamonix. Além disso, o que seria delas sem os Fusquinhas de Herr Ferdinand?
Fonte:Jalopnik
Disponível no(a): http://www.jalopnik.com.br
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