O MotorDream listou, com a ajuda do parceiro AutoCosmos, alguns dos carros mais feios do mundo em uma curiosa lista
AMC Gremlin
O compacto da American Motors
Corporation foi produzido entre 1970 e 1978. A missão era encarar o
alemão Volkswagen Beetle e alguns modelos japoneses. Mas embora tenha
vivido relativo sucesso comercial, com resposta favorável do público,
não é possível dizer que trata-se de um belo carro. O modelo é
desproporcional, com capô frente e cabine grandes e traseira pequena,
apresentando linhas que terminam de forma abrupta. E, para piorar, em
1984, um filme com monstrinhos feiosos e endiabrados chamados de
gremlins transformaria radicalmente a impressão do público sobre o
carro.
AMC Pacer
O Gremlin não era o patinho feio da
AMC. O Pacer é a prova disso. Tão desproporcional quanto, o Pacer foi
fabricado entre 1975 e 1980 e chama a atenção pelo tamanho das janelas,
com enormes superfícies de vidro. A aparência rendeu ao modelo
norte-americano o carinhoso - ou pejorativo? - apelido de "aquário".
Além disso, a imagem do carro ficou ainda mais arranhada nos Estados
Unidos com a popularização de uma infame piada sobre o carro, que dizia:
"sabe por que o Pacer tem janelas tão grandes? Para ver o idiota que o
comprou".
Citroen Ami 6
Lançado em 1961, o Citroen Ami 6 fazia
parte de uma estratégia da marca de variar sua gama de veículos. O Ami 6
foi criado por Flaminio Bertoni, mesmo designer do popular 2CV e do
luxuoso DS, que compunham a oferta da fabricante àquela altura. Equipado
com motor dois cilindros refrigerado a ar, o carro entregava 35 cv, com
velocidade máxima de 105 km/h. No início, o veículo chamou a atenção
pela capacidade de carga incomum para um compacto. Mas logo tornou-se o
"patinho feio" da empresa francesa devido ao visual diferente. A
principal característica do modelo é a parte traseira invertida, com a
coluna apontando para a frente. Ainda assim, graças ao público feminino,
que abraçou o Ami 6, a Citroen conseguiu relativo sucesso com o novo
compacto.
Fiat Multipla
Em 1998 a Fiat apresentou um
monovolume com capacidade para seis passageiros. A marca italiana queria
chamar a atenção com o design. E conseguiu. Porém, não foi como os
projetistas esperavam. O desenho infeliz, com um corpo largo e curto e
uma desconjuntada zona intermediária entre o para-brisa e o capô - que
não dá para imaginar, é preciso ver para entender. Os italianos ainda
acrescentaram faróis que contribuíram para deixar o modelo com uma
aparência sem precedentes, no pior sentido possível da expressão. Tanto
que o Multipla "ganhou o prêmio" de carro mais feio de 1999 do programa
de TV inglês Top Gear. Em 2004 os italianos desistiram da proposta
"inovadora".
Mitsuoka Orochi
Este carro exótico, que traz o nome de
um mítico dragão chinês de oito cabeças, é inspirado em uma cobra e
consegue ser horrível de qualquer ângulo. As formas até delicadas pecam
no excesso de traços, aberturas e adornos. Parece que a intenção era
colocar detalhes em todos os espaços do carro. O resultado final é um
carro sombrio. Para piorar, a mecânica também é medíocre para um
superesportivo limitado, como o carro se propunha a ser. Sob o capô está
o motor 3.3 litros V6 de 233 cv da Toyota.
Nissan Murano CrossCabriolet
Quem pensa que os carros mais feios
estão no passado, não precisa voltar tanto no tempo para encontrar um
exemplar da lista dos renegados. Em 2011 a Nissan lançou a versão
conversível do bem sucedido crossover Murano. Mas o SUV sem capota não
agradaria muito. Logo o veículo foi "aclamado" pela feiura. As dimensões
completamente desproporcionais do modelo fizeram com que ficasse
eternamente na desprestigiada lista dos carros mais feios do mundo. O
modelo "conquistou" o título de mais odiado de 2011 pela revista
norte-americana Fortune.
Pontiac Aztek
Entre 2001 e 2005, a Pontiac, antiga
divisão da General Motors, produziu um modelo que até hoje continua a
confundir os mais desatentos. A ideia de criar um veículo
multifuncional, com amplo espaço interno e focado no público jovem que
gosta de atividades ao ar livre, foi apresentada como "o carro mais
versátil do planeta". A marca apostou em corpo e interior que
permitissem a transformação em um "mini motor home", com compressor de
ar incluído e espaços para bicicletas e pranchas. Ao contrário do que se
imagina, o nome não é uma homenagem ao povo que habitava a América
Pré-Colombiana, mas uma junção de AZ e Tek - Tecnologia de A a Z.
Renault 4
O Renault 4 foi produzido pela marca
francesa entre 1961 e 1992. Foi o primeiro carro de tração dianteira
produzido pela fabricante. O hatch surgiu em uma época em que a
estagnação econômica começava a dar lugar às perspectivas de crescimento
e os franceses recuperavam a condição de comprar um automóvel. Na
época, Pierre Dreyfus, então presidente da empresa, reuniu a melhor
equipe de técnicos e engenheiros e exigiu um carro simples, moderno,
barato e funcional, que pudesse atender a todos. Dreyfus só esqueceu de
chamar também um designer e exigir beleza. A frente arredondada do capô e
as linhas do teto e da traseira dão uma aparência de "cansaço". Apesar
disso, o carro teve sucesso e foi um dos mais vendidos e em 1964
alcançou a marca de 500 mil unidades comercializadas. Dois anos depois,
em 1966, chegou ao primeiro milhão de unidades produzidas.
SsangYong Rodius/Stavic
À primeira vista, o SsangYong Rodius -
Stavic em alguns mercados - chama a atenção pelo tamanho. Mas não é
preciso um olhar mais cuidadoso para perceber o design único. A
dianteira é imponente, há uma longa área envidraçada, mas é na traseira
que está a maior peculiaridade. O "backdoor", também envidraçado, deixa o
visual muito "desengonçado" e daria um ar de carro de funerária ao
modelo coreano se não fosse a asa que ostenta no topo. Uma coisa, pelo
menos, não se pode negar: o carro é extremamente espaçoso e abriga
confortavelmente sete passageiros incluindo a bagagem.
Volkswagen Fusca
Se há um modelo de extremos no quesito
"gosto popular", ele é o Fusca. Ninguém é indiferente ao carro da
Volkswagen, sempre amado ou odiado. A história do Fusca é marcante e
iniciou em um dos momentos mais importantes do mundo moderno. O
desenvolvimento do carro foi apoiado por Adolph Hitler, durante o
período pré-Segunda Guerra Mundial, mais exatamente em 1933. Adolph
Hitler deu ordem para Ferdinand Porsche desenvolver um carro para o
povo, que pudesse transportar dois adultos e três crianças a 100 km/h.
Queria também um meio de transporte pequeno, rápido e com o motor
refrigerado a ar. Dizem alguns historiadores que o líder nazista já
planejava as incursões e pretendia evitar que a água fervesse na África
ou congelasse no inverno europeu. Mas não é isso que causa a relação de
amor e ódio ao carro. É exatamente o visual, o tamanho e o conforto - ou
a falta. O carro parece mesmo um besouro - ou uma joaninha. Hoje o
Fusca está de volta. Mas só no nome. Com a "roupa" do New Beetle, o
modelo rejuvenesceu e pode figurar em listas dos mais belos.
Fonte: motordream
Disponível no(a): http://motordream.uol.com.br
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