1 de dez. de 2012

Qual é o carro mais feio da história?

 Fotos: Divulgação
Qual é o carro mais feio da história?
O MotorDream listou, com a ajuda do parceiro AutoCosmos, alguns dos carros mais feios do mundo em uma curiosa lista

O marketing fez do design automotivo uma das principais ferramentas comerciais. Algumas vezes as linhas acabam chamando muito mais atenção do que os próprios atributos mecânicos do carro. As filosofias de estilo da marca agregam identidade e deixam os modelos cada vez mais instigantes e atraentes. Mas o que acontece quando o resultado é exatamente o contrário? Todo mundo tem aquele carro que considera "o mais feio do mundo". O MotorDream, com a ajuda do parceiro editorial AutoCosmos, do México, elaborou uma lista com dez dos mais feios da história. Alguns deles dividem opiniões. Outros são verdadeiras unanimidades no quesito estranheza. 
 
AMC Gremlin
 
O compacto da American Motors Corporation foi produzido entre 1970 e 1978. A missão era encarar o alemão Volkswagen Beetle e alguns modelos japoneses. Mas embora tenha vivido relativo sucesso comercial, com resposta favorável do público, não é possível dizer que trata-se de um belo carro. O modelo é desproporcional, com capô frente e cabine grandes e traseira pequena, apresentando linhas que terminam de forma abrupta. E, para piorar, em 1984, um filme com monstrinhos feiosos e endiabrados chamados de gremlins transformaria radicalmente a impressão do público sobre o carro.


 
AMC Pacer
 
O Gremlin não era o patinho feio da AMC. O Pacer é a prova disso. Tão desproporcional quanto, o Pacer foi fabricado entre 1975 e 1980 e chama a atenção pelo tamanho das janelas, com enormes superfícies de vidro. A aparência rendeu ao modelo norte-americano o carinhoso - ou pejorativo? - apelido de "aquário". Além disso, a imagem do carro ficou ainda mais arranhada nos Estados Unidos com a popularização de uma infame piada sobre o carro, que dizia: "sabe por que o Pacer tem janelas tão grandes? Para ver o idiota que o comprou".

 


 
Citroen Ami 6
 
Lançado em 1961, o Citroen Ami 6 fazia parte de uma estratégia da marca de variar sua gama de veículos. O Ami 6 foi criado por Flaminio Bertoni, mesmo designer do popular 2CV e do luxuoso DS, que compunham a oferta da fabricante àquela altura. Equipado com motor dois cilindros refrigerado a ar, o carro entregava 35 cv, com velocidade máxima de 105 km/h. No início, o veículo chamou a atenção pela capacidade de carga incomum para um compacto. Mas logo tornou-se o "patinho feio" da empresa francesa devido ao visual diferente. A principal característica do modelo é a parte traseira invertida, com a coluna apontando para a frente. Ainda assim, graças ao público feminino, que abraçou o Ami 6, a Citroen conseguiu relativo sucesso com o novo compacto.



 
 
Fiat Multipla
 
Em 1998 a Fiat apresentou um monovolume com capacidade para seis passageiros. A marca italiana queria chamar a atenção com o design. E conseguiu. Porém, não foi como os projetistas esperavam. O desenho infeliz, com um corpo largo e curto e uma desconjuntada zona intermediária entre o para-brisa e o capô - que não dá para imaginar, é preciso ver para entender. Os italianos ainda acrescentaram faróis que contribuíram para deixar o modelo com uma aparência sem precedentes, no pior sentido possível da expressão. Tanto que o Multipla "ganhou o prêmio" de carro mais feio de 1999 do programa de TV inglês Top Gear. Em 2004 os italianos desistiram da proposta "inovadora".



 
 
Mitsuoka Orochi
 
Este carro exótico, que traz o nome de um mítico dragão chinês de oito cabeças, é inspirado em uma cobra e consegue ser horrível de qualquer ângulo. As formas até delicadas pecam no excesso de traços, aberturas e adornos. Parece que a intenção era colocar detalhes em todos os espaços do carro. O resultado final é um carro sombrio. Para piorar, a mecânica também é medíocre para um superesportivo limitado, como o carro se propunha a ser. Sob o capô está o motor 3.3 litros V6 de 233 cv da Toyota.



 
 
Nissan Murano CrossCabriolet
 
Quem pensa que os carros mais feios estão no passado, não precisa voltar tanto no tempo para encontrar um exemplar da lista dos renegados. Em 2011 a Nissan lançou a versão conversível do bem sucedido crossover Murano. Mas o SUV sem capota não agradaria muito. Logo o veículo foi "aclamado" pela feiura. As dimensões completamente desproporcionais do modelo fizeram com que ficasse eternamente na desprestigiada lista dos carros mais feios do mundo. O modelo "conquistou" o título de mais odiado de 2011 pela revista norte-americana Fortune.




 
 
Pontiac Aztek
 
Entre 2001 e 2005, a Pontiac, antiga divisão da General Motors, produziu um modelo que até hoje continua a confundir os mais desatentos. A ideia de criar um veículo multifuncional, com amplo espaço interno e focado no público jovem que gosta de atividades ao ar livre, foi apresentada como "o carro mais versátil do planeta". A marca apostou em corpo e interior que permitissem a transformação em um "mini motor home", com compressor de ar incluído e espaços para bicicletas e pranchas. Ao contrário do que se imagina, o nome não é uma homenagem ao povo que habitava a América Pré-Colombiana, mas uma junção de AZ e Tek - Tecnologia de A a Z.



 
 
Renault 4
 
O Renault 4 foi produzido pela marca francesa entre 1961 e 1992. Foi o primeiro carro de tração dianteira produzido pela fabricante. O hatch surgiu em uma época em que a estagnação econômica começava a dar lugar às perspectivas de crescimento e os franceses recuperavam a condição de comprar um automóvel. Na época, Pierre Dreyfus, então presidente da empresa, reuniu a melhor equipe de técnicos e engenheiros e exigiu um carro simples, moderno, barato e funcional, que pudesse atender a todos. Dreyfus só esqueceu de chamar também um designer e exigir beleza. A frente arredondada do capô e as linhas do teto e da traseira dão uma aparência de "cansaço". Apesar disso, o carro teve sucesso e foi um dos mais vendidos e em 1964 alcançou a marca de 500 mil unidades comercializadas. Dois anos depois, em 1966, chegou ao primeiro milhão de unidades produzidas.





SsangYong Rodius/Stavic
 
À primeira vista, o SsangYong Rodius - Stavic em alguns mercados - chama a atenção pelo tamanho. Mas não é preciso um olhar mais cuidadoso para perceber o design único. A dianteira é imponente, há uma longa área envidraçada, mas é na traseira que está a maior peculiaridade. O "backdoor", também envidraçado, deixa o visual muito "desengonçado" e daria um ar de carro de funerária ao modelo coreano se não fosse a asa que ostenta no topo. Uma coisa, pelo menos, não se pode negar: o carro é extremamente espaçoso e abriga confortavelmente sete passageiros incluindo a bagagem.


 
Volkswagen Fusca
 
Se há um modelo de extremos no quesito "gosto popular", ele é o Fusca. Ninguém é indiferente ao carro da Volkswagen, sempre amado ou odiado. A história do Fusca é marcante e iniciou em um dos momentos mais importantes do mundo moderno. O desenvolvimento do carro foi apoiado por Adolph Hitler, durante o período pré-Segunda Guerra Mundial, mais exatamente em 1933. Adolph Hitler deu ordem para Ferdinand Porsche desenvolver um carro para o povo, que pudesse transportar dois adultos e três crianças a 100 km/h. Queria também um meio de transporte pequeno, rápido e com o motor refrigerado a ar. Dizem alguns historiadores que o líder nazista já planejava as incursões e pretendia evitar que a água fervesse na África ou congelasse no inverno europeu. Mas não é isso que causa a relação de amor e ódio ao carro. É exatamente o visual, o tamanho e o conforto - ou a falta. O carro parece mesmo um besouro - ou uma joaninha. Hoje o Fusca está de volta. Mas só no nome. Com a "roupa" do New Beetle, o modelo rejuvenesceu e pode figurar em listas dos mais belos.
 
 

Fonte: motordream
Disponível no(a): http://motordream.uol.com.br
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