Este é um assunto interminável. Os preços de carros no Brasil, comparado com diversos outros mercados, já virou até motivo de piada em outros países.
Com base em reportagens de jornalistas brasileiros e estrangeiros, apelo popular e repercussão da mídia, foi realizada uma audiência no Senado Federal para discutir os preços praticados por aqui. O resultado inicial aponta que o custo de produção brasileiro é o menor do mundo, e a margem de lucro de 10%, é maior entre todos os mercados.
O jornalista Joel Leite, colunista do parceiro UOL Carros, publicou uma matéria onde detalha o desenrolar desta primeira audiência, onde aponta, com a ajuda de relatórios do SINDIPEÇAS (Sindicato dos Fabricantes de Autopeças), que o custo de produção de um carro no Brasil é o mais barato do mundo. Também cita que por aqui a margem de lucro é de 10%, enquanto nos Estados Unidos é de apenas 3% e a média mundial fica em 5%.
Por outro lado, também destaca que o principal “acionista” continua sendo o governo brasileiro, abocanhando nada menos do que 32% em impostos sobre a produção de um carro. Depois disso, ainda pagamos taxas e impostos para ter um automóvel na garagem. É um sócio insaciável.
Em sua coluna no UOL (veja a coluna na íntegra), Joel Leite informa que a comparação do preço do Corolla foi a mais citada. Nos Estados Unidos, o sedã japonês custa US$ 16,2 mil, na Argentina sai por US$ 21,6 mil e aqui no Brasil seu preço equivalente é de US$ 28,6 mil.
Já em outra coluna publicada na Folha (veja na íntegra aqui), também foram citados os lucros dos carros importados, e queda dos preços gerais durante a crise de 2008, mostrando que há gordura para se queimar.
Outro item colocado em pauta foi a chegada dos carros chineses, bem equipados, e com preços mais atrativos. O reflexo foi a equiparação em preços e equipamentos, caso da Ford com o Fiesta Rocan para encarar o então chegado JAC J3. Depois, com pressão da ANFAVEA, o governo criou o SUPER IPI e, recentemente, anunciando o INOVAR AUTO.
A audiência pública da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado contou com a presença de representantes da Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, do Ministério do Desenvolvimento, do Ministério Público Federal, do Sindipeças e do jornalista Joel Leite. A ANFAVEA foi convidada, mas não compareceu.
Esta é uma discussão que está só começando. Novas audiências acontecerão no ano que vem.
Fonte: Carplace
Disponível no(a): http://carplace.virgula.uol.com.br
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