Depois de analisar com cuidado todas as sugestões chegou a hora de escolher os candidatos a meu futuro carro.
Foram 282 comentários em três dias e muitas sugestões excelentes. Como já disse, gosto de muitas coisas em muitos carros diferentes, então quase tudo o que foi sugerido me agradou, mas a ideia é chegar a uma decisão, e não ficar ainda mais indeciso! Por isso separei dez carros que têm grandes chances de habitar minha garagem.
Como prometido, meus critérios não foram rigorosos, mas um deles pesou mais do que todos os outros: facilidade de manutenção. Por isso acabei deixando de fora alguns carros que adoro, como o Fiat Marea e o Mercedes-Benz Classe A.
VW Golf MK3
Está cada vez mais difícil achar um desses em bom estado, mas quando se acha é difícil resistir. É bonito e bem construído, o espaço interno é excelente, o acabamento é bom e o comportamento também. Sua mecânica também não traz muitos segredos (o motor é bem parecido com o AP) e entrega bom desempenho tanto nas versões de 1.8 quanto de 2.0. Sem falar no visual, do qual eu gosto muito – sobretudo na versão GTI.
VW Polo Classic
É a pérola esquecida da VW. O motor é velho e confiável AP1800 renovado pela injeção multiponto (embora existam alguns 1.0 16v), o visual é bacana e não é tão difícil achar um deles bem conservado. É quase o que eu procuro!
Chevrolet Astra
O primeiro Astra não é muito atraente – se bem cuidado, suas linhas são aceitáveis, mas nada muito inspirador. Embora seja importado da Bélgica, seu motor é o velho conhecido Família II de 116 cv – mecânica confiável e robusta. Por dentro, direção hidráulica, retrovisores, vidros e travas elétricos, ar-condicionado e bom acabamento, tudo isso com espaço interno e relativo conforto para 5 pessoas. Gostei muito do preço – hoje dá para encontrá-los por menos de R$ 10.000.
Honda Civic (1992-1995)
Talvez seja o mais entusiasta da lista. O Civic que tenho em mente é daqueles importados, que vieram entre 1992 e 1995. Os mais antigos também são os mais bonitos, com um visual limpo, elegante e um pouco esportivo, até. Os motores são legais – todos com 16V – vão do 1,5 de 92 cv ao 1,6 com 125 cv e o fabuloso comando de válvulas variável VTEC. Os Civic costumam ser bem equipados, com tudo elétrico, direção hidráulica e airbags. O que me incomoda um pouco é a alta quilometragem que impera, embora a confiabilidade dos motores japoneses me deixe mais tranquilo.
Chevrolet Corsa B
Todas as variações me agradam visualmente, pois a Chevrolet conseguiu deixar todas as carrocerias bem harmônicas – algo que se repetiu poucas vezes na história do design de automóveis. O Corsa é um carrinho confiável e gostoso de dirigir independente da motorização, mas a ideia seria procurar algum exemplar GL ou GLS, que usam motores 1.4 e 1.6 e são mais completos – com forração de veludo (aquele belo veludo…), vidros/travas elétricos e conta-giros. Sinto muito, pessoal, mas acho que ainda não estou pronto para um GSi.
Chevrolet Vectra A
Quando se fala do Vectra de primeira geração, todo mundo já pensa logo no GSi. Eu também adoro o GSi, mas olho com carinho para as versões “normais” GLS e CD. Não têm o motor do Calibra, o incrível C20XE de 150 cv, mas o Família II de 116 cv já dá (muita) conta do recado. O interior elegante e o espaço interno, além do DNA Opel, fazem dele um forte candidado a meu futuro carro.
Ford Fiesta
Não tem jeito. Eu sei que preciso de um carro maior e mais espaçoso, mas são os pequenos hatches que me atraem com suas carinhas simpáticas e manejo entusiasta. Mais o Fiesta, pela possibilidade de encontrar um exemplar mais completo com motor 1.6, pelo padrão Ford de acabamento na época e pela qualidade de condução que a plataforma trazia – é a mesma dos primeiros Ka, e todo mundo é só elogios para seu comportamento dinâmico independente da motorização. Aliás, o Ka também poderia estar na lista, mas só tenho espaço para dez nomes… ou não.
Renault Twingo
Quando eu disse que os franceses estavam liberados e postei a foto de um Twingo modificado, achei que receberia alguns comentários sarcásticos. Um leitor solitário, kidcarrasco, até falou no pequeno Renault, dizendo que é uma escolha interessante. É mesmo: só cabem quatro pessoas e a carroceria é minúscula, mas é surpreendentemente espaçoso (os bancos traseiros deslizam para trás e para a frente, permitindo que se priorize o espaço para as pernas dos passageiros de trás ou para a bagagem), alguns têm até airbags e, dane-se, eu gosto do visual.
Gosto da carinha sorridente, os faróis redondos, do formato de mini-minivan, do painel digital e das cores vivas no interior. Os primeiros vinham com um motor 1.2 similar ao CHT da Ford, enquanto os mais novos traziam dois 1.0, de 8 ou 16 válvulas – o mesmo do Clio atual.
Renault Clio
Os primeiros Clio de segunda geração que chegaram ao Brasil esbanjavam equipamentos – os airbags eram de série em todas as versões -, o que os destacava dos outros pequenos. Com o tempo o Clio foi empobrecendo, mas o que me atrai mesmo é seu comportamendo dinâmico, extremamente elogiado por qualquer um que tenha prazer em dirigir. A versão de com motor 1.6 16 v tem fama de ser um pequeno canhão. Nem me importo com o visual estranho do sedã, que é compensado pelo porta-malas gigantesco.
A loucura: outro Fiat Uno!
“Você só pode estar de sacanagem com a gente, Dalmo! Outro Uno?” Devo confessar que quase toda a motivação para comprar outro Uno, mais novo, seria puramente emocional. Os italianos sabem como ninguém fazer carros pequenos, espaçosos e bons de curva. Ele não dá problemas, consegue se locomover com muita dignidade graças ao baixo peso, e eu considero seu desenho atemporal. Não é impossível encontrar um exemplar com motor Fire, vidros e travas elétricos e alguns acessórios a mais dentro do meu limite de R$ 12.000. Eu gosto de tudo isso e pronto!
Desclassificados
A tarefa era simples: sugerir carros legais que custassem até R$ 12.000. Mas alguns nem isso conseguiram! Me digam onde encontrar um Ford Focus, um Volvo C30 ou um Aston Martin Rapide por R$ 12.000?
Vocês estão demitidos!
Fonte: jalopnik
Disponível no(a): http://www.jalopnik.com.br
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