29 de nov. de 2012

Fotástica: Dodge Viper ACR, o último dos moicanos?

viperacr

Em um autódromo, até hoje não há Ferrari, Porsche ou Lamborghini mais rápido que ele. O Dodge Viper ACR morreu há quase dois anos, mas seu recorde em Nordschleife ainda está lá – acima dele, apenas os esporte-protótipo street legal de produção limitada. Será que teremos a versão ACR nesta nova geração do Viper, que nasceu sob o controle da Fiat – a dona da Ferrari? Temo que não.


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[ Autor: Marcel Lech ]
O ACR era absolutamente incrível e grosseiro. Seu motor era o mesmo do Viper comum. A diferença estava na aerodinâmica, transmissão, suspensão, freios e pneus. A 240 km/h, o modelo de produção normal gerava 45 kg de downforce. O ACR, com seu splitter, assoalho e aerofólio de fibra de carbono, 453 kg. Ele usava conjunto de embreagem mais compacto, que reduzia a inércia rotativa no volante em 18%, e as relações de marchas eram 10% mais longas – ele foi feito para reinar as pistas, não as arrancadas de semáforo. Quando que sequer cogitamos esta frase sobre um carro americano?

Tinha muito mais coisa: amortecedores de alumínio KW ajustáveis em compressão e retorno, molas 100% mais rígidas que a do Viper normal, barras estabilizadoras mais grossas, rodas forjadas Sidewinder (13 kg mais leves), pneus de track day Michelin Sport Cup e freios (carbono? Aço, meu amigo!) da StopTech.
Ao mesmo tempo, o câmbio manual Tremec TR6060 ainda estava lá. Com seus 8,4 litros aspirados, ele desconhece a palavra downsizing. Nada de controle de tração, nada de controle de estabilidade. A cabine era luxuosa como um colchão de ralador de pão. Jeremy Clarkson adora dizer que carro X ou Y vai matar você. O Viper ACR efetivamente cumpre esta promessa se você o encarar como joga Gran Turismo.
Ele custava 1/4 menos que o Porsche GT3 RS – e o devorava com farinha. Pagani, Ferrari, Lamborghini, McLaren, Lotus, Lada – diga o nome e a resposta é só uma: fumo.
Mas, hoje, o Viper ganhou três letras e perdeu outras três: virou o SRT Viper. E que eu esteja terrivelmente equivocado, mas nunca mais veremos algo tão hardcore como o ACR. A sigla pode até voltar – porque, com ela, há uma série de valores e recordes construídos nas pistas -, mas se conhecemos a Ferrari como conhecemos, ela jamais vai permitir algo que destrua os seus carros com a metade do preço. Não no mesmo grupo, a Fiat. Mais leve, potente e refinado, o SRT Viper é infinitamente superior ao antigo modelo de produção em série. Mas não tem como competir com o seu irmão mais velho ACR. Até hoje.
Esta é a versão ACR-X, exclusiva para track days
Fonte: Jalopnik
Disponível no(a): http://www.jalopnik.com.br
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