20 de jun. de 2012

Fórmula 1-O que você precisa saber sobre o GP da Europa

Pilotos e equipes esperam por prova com poucas ultrapassagens no circuito de rua de Valência

Largada do GP da Europa de 2011 (Andrew Ferraro/LAT Photographic)

Oitava etapa da temporada de 2012, o GP da Europa pode ter papel importante na definição dos postulantes ao título mundial. Mesmo que as provas anteriores tenham sido marcadas por uma imprevisibilidade pouco vista na história da categoria, com sete vencedores diferentes em sete corridas, já há quem aponte que a disputa fique centralizada entre Red Bull, Ferrari e McLaren, times que apresentaram consistência nas últimas prova realizadas.

Essa é, por exemplo, a visão de Lewis Hamilton, que chega a Valência na ponta da tabela de pilotos, embalado com a dominante vitória no GP do Canadá. Uma nova vitória do inglês – ou de qualquer outro piloto que esteja nas primeiras posições do campeonato, como Fernando Alonso, Sebastian Vettel ou Mark Webber – deve ser um passo importante em um Mundial tão acirrado.

Características do circuito



O circuito de rua de Valência, de 5,474 km de extensão, não cumpriu com as expectativas nas quatro provas que sediou a categoria. Apontado por Bernie Ecclestone como o melhor circuito do mundo antes de sua entrada no calendário, o local deixa a desejar em ação, tendo em vista as escassas ultrapassagens dos anos anteriores – e essa é a expectativa de vários pilotos para o fim de semana. Isso faz com que o resultado nos treinos classificatórios ganhe ainda mais importância. As médias e longas retas, seguidas de freadas fortes para curvas de baixa velocidade, aumentam a exigência nos freios e na tração dos carros – porém, a característica da pista perdoa mais erros do que em outros circuitos de rua, já que há largas áreas de escape em alguns pontos. O asfalto, pouco utilizado pelos carros durante o ano, muda drasticamente do primeiro treino de sexta-feira para a corrida, no domingo.

Pontos críticos

Curva 12: O ponto é um dos poucos locais que podem propiciar ultrapassagens no circuito de Valência. A curva está ao fim da única zona de DRS da prova, após a maior reta da pista, na qual os pilotos atingem mais de 315 km/h. É ali que devem ser vistas as principais oportunidades de ultrapassagem na corrida.
Curvas 24/25: Este é um trecho que pode fazer a diferença, sobretudo no treino classificatório. É comum ver carros travando rodas, e, consequentemente, perdendo tempo, já que a freada é feita quando os pilotos já iniciaram a tomada da curva.

Pneus

A combinação de pneus em Valência é a mesma vista na outra prova realizada na Espanha, em Barcelona, com os pneus macios e os duros sendo utilizados. Contudo, a oitava prova da temporada tende a ser marcada pelas altas temperaturas do verão europeu, o que afeta diretamente o funcionamento dos pneus. A previsão é de que sejam realizadas duas ou três paradas durante a prova.
“A pista é rápida e as temperaturas são altas, com muita energia passando pelos pneus. O tempo deverá ser constantemente quente durante todo o fim de semana, o que deverá conduzir a menos variáveis em termos de temperatura, de modo que não vai haver grandes surpresas”, afirmou Paul Hembery, diretor esportivo da Pirelli.

Previsão do tempo

Sexta-feira: tempo ensolarado (mín: 20º C; máx: 27 C)
Sábado: tempo ensolarado (mín: 20º C; máx: 28º C)
Domingo: tempo ensolarado (mín: 20º C; máx: 30º C)

Fique de olho

Sebastian Vettel é o único piloto ao vencer o GP da Europa mais de uma vez, nas duas últimas edições realizadas. Com base no retrospecto na pista, a Red Bull é uma força a ser observada, bem como Lewis Hamilton, da McLaren, que já foi segundo colocado na prova em três oportunidades.

Retrospecto brasileiro

O Brasil reinou no início da breve história do GP em Valência. Na corrida de inauguração do circuito, em 2008, Felipe Massa imprimiu um forte tanto no treino classificatório quanto durante toda corrida para vencer pela quarta vez na temporada, se aproximando de Hamilton na disputa pelo título.

No ano seguinte, Rubens Barrichello, na base da estratégia, também deixou o inglês para trás para conquistar seu décimo triunfo na categoria. Na ocasião, Barrichello deu fim a um jejum de vitórias que durava 4 anos, 10 meses e 85 dias, já que sua última conquista havia sido no GP da China de 2004.
Bruno Senna tem uma participação no GP da Europa, em 2010, pela HRT. Largou da 24ª e última posição e completou em 20º, após se envolver em um toque com Timo Glock. Na GP2, seu retrospecto também é apagado: em 2008, acumulou um nono lugar e um abandono nas duas baterias que fez.

Ficou para a história

A vitória de Barrichello em 2009 foi marcante para a trajetória brasileira na F1, já que a ocasião marcou a 100ª vez que o hino do país foi tocado no pódio. Além de acabar com o longo hiato de vitórias, a conquista, sua primeira fora da Ferrari, veio em um momento em que ainda se recuperava do susto da prova anterior, na Hungria, na qual Felipe Massa sofreu um grave acidente após ter sido atingido por uma mola vinda do carro de Barrichello.

Por falar em susto, não tem como não se lembrar do impressionante acidente sofrido por Mark Webber na edição de 2010, quando tocou na traseira da Lotus (hoje Caterham) de Heikki Kovalainen e levantou voo. Por mais que o piloto tenha saído ileso da batida, a cena faz parte dos destaques daquela temporada.

Programação*

Sexta-feira:
05h00 – 06h30: Primeiro treino livre
09h00 – 10h30: Segundo treino livre
Sábado:
06h00 – 07h00: Terceiro treino livre
09h00 – 10h00: Treino classificatório (Rede Globo)
Domingo:
09h00: Corrida – 57 voltas (Rede Globo)

*Horários de Brasília


Fonte:tazio
Disponível no(a):http://tazio.uol.com.br
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