27 de abr. de 2012

Equipes apontam estratégia como fator fundamental em 2012

Novos pneus da Pirelli estão complicando leitura do desgaste durante as corridas

Jonathan Noble, do AUTOSPORT.com
Kimi Raikkonen, da Lotus, em Xangai (Andrew Ferraro/LAT)
 
As equipes da F1 estão convencidas após quatro etapas da temporada que melhorar as decisões de estratégias será o fator chave para aproveitar o máximo dos novos pneus da Pirelli.
Com o aumento do impacto do desempenho dos compostos na corrida, algumas pessoas do paddock estão chegando à conclusão que a F1 em 2012 está se tornando uma loteria.

Por outro lado, algumas equipes acreditam que a situação irá se normalizar, e que a evolução mais importante é de entender como as várias estratégias de corrida podem funcionar.
É o caso de Mark Gillan, engenheiro da Williams, que, apesar de discordar que as corridas se tornaram uma loteria, admite que as estratégias se tornaram muito mais importantes.
“Reagir às mudanças de estratégia é a chave. As equipes têm que entender o desgaste [dos pneus]. É normal ou resultado da temperatura? O importante é a reação”, explica.
Gillan também acredita que agora está aumentando a confiança dos pilotos em tomar decisões e de prever quando os pneus estão passando de sua vida útil.
“Os pilotos são fundamentais, pois eles são os sensores no carro e eles têm que acompanhar como os pneus estão. O complicado é ver quando está acontecendo, pois os pilotos podem ser bons nisso. A chave é fazer isso uma volta antes.”
Chefe de operações da Ferrari, Diego Ioverno diz que o mais complicando este ano é tentar encontrar o momento certo para a primeira parada da corrida, por causa do perigo de ficar preso no tráfego.
“A maior diferença este ano é que o pelotão está mais compacto e ficou mais difícil definir a hora do primeiro pitstop. É quase impossível não ficar no tráfego agora. Ano passado, os carros de ponta iam embora e conseguiam parar livres, mas, agora, é mais difícil. Para nós, é mais complicado porque nós [da Ferrari] porque não somos tão rápido como deveríamos.”
Apesar das variações e da competitividade este ano, Ioverno não espera que a situação continue assim por muito tempo, pois acredita que as equipes grandes vão continuar melhorando os seus carros.
“Eu acho que em três ou quatro corridas, o pelotão vai ficar mais espalhado. As equipes de ponta irão se distanciar e as outras vão continuar na mesma, pois as equipes grandes podem desenvolver seus carros melhor. Mas, dito isso, entender os pneus é muito mais difícil este ano, então, qualquer coisa pode acontecer.”
Alan Permane, diretor de operações da Lotus, disse que as equipes ainda estão tentando entender como é a melhor maneira de explorar os pneus, pois ele disse que ainda existem diferenciais de desempenho que não fazem sentido.
“No Bahrein, os pneus estavam funcionando para nós e para a Red Bull, mas é difícil acreditar que isso resulte em uma diferença de um segundo por volta, pois isso era o quanto estávamos mais rápidos que os outros”, ele disse à AUTOSPORT. “Acho que ninguém realmente sabe onde está.”

Fonte: tazio
Disponível no(a): http://tazio.uol.com.br
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