Rápido em pista molhada, brasileiro sofreria com desconhecimento do circuito
“Esperamos por chuva! Isso deve dificultar a vida de Rubens na hora de aprender a pista”, antecipou o ex-piloto da Indy, em entrevista ao exclusiva ao Tazio Autosport, nesta quinta-feira, no circuito do Anhembi. “A cada corrida, trabalhamos duro para assegurar que ele tenha tempo de pista suficiente para ficar no ritmo.”
“Nas últimas etapas, ele aprendeu a pista já durante a corrida. Espero que seja mais um processo de aprendizado duro para Rubens. Em São Petersburgo [primeira prova do ano], ele teve problemas de câmbio na primeira sessão, enquanto choveu tanto em Barber quanto em Long Beach. Já no Brasil, sequer temos a sexta-feira, já que a programação envolve somente o sábado e o domingo. Ele tem sido forçado a ir direto à classificação, o que dificulta muito.”
No entanto, considerando todos os fatores envolvidos, o chefe de Barrichello considera positivo o início de temporada do piloto, onde teve, como melhor resultado, um oitavo lugar na etapa do Alabama. “Ele tem ido muito bem levando em conta os obstáculos que teve. Mas sei que, no fundo de seu coração, que ele quer estar lá na frente, lutando por vitórias. E torcemos que assim seja em breve.”
Barrichello impressionou desde o início, comenta o chefe
“Ele foi fantástico desde o início, já dentro do ritmo. Ele pôde guiar o carro por três dias, o que é muito importante, já que ele é metódico em seu processo de aprendizado, indo aos poucos.”
Em sua primeira corrida na categoria, Barrichello ficou com a 13ª posição no grid, e, nas voltas finais, abandonou a prova com pane seca. Nas rodadas seguintes, acumulou uma oitava e uma nona posições, o que lhe colocou como o melhor piloto da KV na temporada até então, em nono na tabela de pontos.
“Ele nos trouxe muitos benefícios. Ele tem muita experiência e é um grande líder. Não sei se acontecerá neste fim de semana, mas é questão de tempo para que ele esteja vencendo”, aposta Vasser.
Neste fim de semana, Barrichello passará a trabalhar com o engenheiro Eddie Jones, que trabalhou com Dan Wheldon na vitória das 500 Milhas de Indianápolis de 2005. De acordo com Vasser, a necessidade de mudança partiu do próprio piloto. “Espero que a mudança seja boa. Fizemos a troca para ajudá-lo com a comunicação com a equipe. Foi algo que ele achou necessário”, esclareceu.
Em maio, Barrichello passará por outro processo de aprendizagem importante. Ele participará, pela primeira vez, da tracidional corrida de Indianápolis, que será a sua estreia em circuitos ovais. “Sua estreia será logo nas 500 Milhas de Indianápolis! Mas ele se adaptará. Tanto Tony [Kanaan, um de seus companheiros de equipe] quanto eu já estivemos neste tipo de circuito há muito tempo. E, em Indianápolis, o ambiente é diferente, então ele irá bem.”
Questionado se o próprio Vasser auxiliará Barrichello na transição para os circuitos ovais, o chefe adotou um discurso humilde, riu e respondeu: “Não posso ensinar nada a Rubens Barrichello! Se ele tiver alguma pergunta para mim, eu responderei, e ele sabe disso. E ele também tem Kanaan. Somos nós que temos que aprender com ele”, sorriu novamente.
Veterano da F1 contribuiu para desempenho em pistas mistas
Para Vasser, o auxílio de Barrichello para a melhora do rendimento de Tony Kanaan é um exemplo da contribuição trazida pelo piloto de 39 anos. O chefe revelou que o desempenho apresentado pelo baiano em treinos classificatórios melhorou com a chegada do novo companheiro de equipe.
“Barrichello tem sido de grande ajuda para TK. Ele [Kanaan] tem se classificado melhor em circuitos mistos do que vinha fazendo há muito tempo, sempre chegando no grupo dos dez melhores”, declarou.
Além do aspecto técnico, Vasser afirma que o alto astral entre Barrichello e Kanaan – amigos de longa data – traz um benefício a toda a equipe.
“Conheço Rubens há um bom tempo – e o conheci através de Tony. Ele foi assistir algumas corridas na Indy quando ainda guiava na F1. Quando vim ao Brasil para correr nas 500 Milhas da Granja Viana em seu time, o relacionamento ficou mais próximo”, contou.
A relação entre os dois é muito boa para a equipe e traz uma ótima energia. Isso é visível. É uma influência muito, muito positiva não só para a equipe, mas também para [Ernesto] Viso – é incrível para ele estar rodeado pelos companheiros de equipe que tem. Não poderia ser melhor.”
Fonte: tazio
Disponível no(a): http://tazio.uol.com.br
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