Neste fim de semana, em São Petersburgo, na Flórida, começa mais uma temporada da Fórmula Indy, que vem completamente renovada, com um novo carro (o Dallara DW12) e novos motores turbo (Honda, Chevrolet e Lotus). Mas a grande atração do campeonato, sem dúvidas, será a estreia de Rubens Barrichello pela equipe KV Racing, uma das emergentes na categoria. Após 19 anos na Fórmula 1, o piloto de 39 anos resolveu seguir o caminho dos Estados Unidos para continuar sua carreira.
É como se fosse um novo começo para o veterano. E talvez seja a maior oportunidade para Rubinho na carreira. Afinal, como os carros são iguais, apenas com motores diferentes, a Indy é bem equilibrada. E a dupla formada por ele e Tony Kanaan – o venezuelano EJ Viso está no outro carro e ajuda a pagar as contas com um polpudo patrocínio – é uma das mas fortes da categoria. Para a KV Racing, a chegada de Barrichello é como tirar um passaporte para virar uma das grandes equipes da categoria, junto com Penske e Chip Ganassi. E foram feitos fortes investimentos na parte técnica. Ao mesmo tempo, o brasileiro não terá pressão, já que será apenas seu primeiro ano na categoria americana. Chances de vitórias? Acho que nesse início é precipitado falar. Rubinho terá de se acostumar principalmente com as largadas e relargadas em movimento, que existiam em pouco número na Fórmula 1. Além disso, em maio, será a vez da primeira experiência com corridas em ovais e logo nas 500 Milhas de Indianápolis – a Indy deve fazer alguns dias de testes coletivos no Texas Motor Speedway antes da mítica prova.
Apesar de toda a adaptação que Rubinho terá de passar (nunca correu com um carro com motor turbo, por exemplo), as chances de ele brilhar na categoria são grandes. Mas tudo vai depender do salto de qualidade que a KV Racing dará nesta temporada. A estreia de um carro completamente novo facilita as coisas, já que todos estarão mais ou menos no mesmo barco e com o mesmo tempo de experiência nos acertos. Mas estar ao lado do excepcional Kanaan, campeão da Indy em 2004, no time será um grande trunfo para ele. Confesso que torço pelo sucesso de Barrichello na Indy. Afinal, depois de tantos anos na Fórmula 1, em alguns deles com péssimos carros, ele merece ter uma temporada sem tantas preocupações, em um ambiente mais descontraído como o da categoria. E, é claro, seu talento poderá lhe proporcionar algumas vitórias. Vai ser um começo duro, de aprendizado, mas que pode lhe render um sucesso enorme. E acho que a maioria dos fãs brasileiros torce para ele repetir Nigel Mansell em 1993. É bem difícil, mas não impossível.
Fonte: voandobaixo
Disponível no(a): http://globoesporte.globo.com/platb/voandobaixo/
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