Maria Grazia é uma advogada que vive na Itália, onde nasceu, mas fala
português com bastante fluência. Um idioma que ela aprendeu motivada
pela paixão por um ídolo que, nesta quarta-feira, completaria 52 anos:
Ayrton Senna. Há 20 anos, o piloto testava seu Fórmula 1 no circuito de
Monza quando a então estudante de Direito realizou um dos sonhos de sua
vida: conhecer o tricampeão mundial. Um momento que ela recorda com
carinho e que mudou a sua vida. Duas décadas depois, a relação de Maria
com a família Senna vai além da devoção pelo piloto, morto em 1994. Ela
também se dedica a projetos sociais para ajudar na educação de crianças
brasileiras.
- Era um teste particular da McLaren. Eu estava muito emocionada, mal conseguia falar. Ele foi muito atencioso, reparou no vestido que eu usava, feito com quatro bandeiras brasileiras. Parecia um sonho – diz a advogada.
Aquela foi apenas a primeira de algumas oportunidades que ela teve de ver o tricampeão pessoalmente. Em certa ocasião, quando Senna esteve em solo italiano para receber um prêmio, ela se aproximou perguntando se lembrava do encontro de Monza. Ao descrever o vestido que Maria usava, ele mostrou por que tinha facilidade para se lembrar dos fãs.
- Falo pouco, mas observo muito – disse Senna.
- Ninguém sabia o que estava acontecendo. Eu vi o acidente do Ayrton pelo telão, o movimento da cabeça, e esperava que não tivesse acontecido nada. Corri para a sala de imprensa e fiquei lá, pois achei que era o melhor lugar para ter informações. A notícia da morte dele veio por um bilhete que um amigo jornalista me passou. É emocionante lembrar isso tudo – confessa Maria, que todos os anos volta a Ímola para deixar flores para o piloto.
Dedicação aos projetos sociais
A partir da perda de Senna, a vida se transformou. Maria passou a atuar em projetos sociais e soube de um em Fortaleza, no Ceará, apadrinhado por uma organização italiana. E assim ela se juntou à Operazione Lieta, uma associação beneficente que ajuda meninos e meninas da Casa da Criança de Itaitinga, em uma comunidade de baixa renda. Lá, eles recebem uma educação reforçada, de modo a estarem aptos a se profissionalizar em cursos específicos. Alguns vão para a Itália estudar ao término do ciclo escolar.
- Por causa do projeto social, já viajei cinco vezes ao Brasil. Tenho um "afilhado" em Fortaleza, o Samuel, que agora está com 18 anos e foi formado com o nosso trabalho na associação. Adoro o país, e desta vez resolvi visitar o Instituto Ayrton Senna, que é nosso parceiro na Operazione e com quem eu mantenho contato desde 2005 – explica Maria Grazia, que já viveu até a experiência de desfilar numa escola de samba do carnaval carioca.
- Não conheço o Bruno. Depois do Ayrton, não tive mais vontade de ver Fórmula 1, mas gostaria muito de encontrá-lo. Lembro dele nas fotos, pequeno, com 8 anos. Torço por ele – afirma a advogada.
Maria Grazia, fã italiana do tricampeão, visita o Instituto Ayrton Senna, em São Paulo (Foto: Divulgação IAS)
Maria confessa que estava emocionada naquele primeiro encontro. Tanto
que preparou uma roupa especialmente para ver de perto o ídolo que já a
havia motivado a acompanhar todos os GPS de F-1 em pistas italianas
desde 1990, em Ímola e Monza, além da corrida de Monte Carlo, no
Principado de Mônaco.- Era um teste particular da McLaren. Eu estava muito emocionada, mal conseguia falar. Ele foi muito atencioso, reparou no vestido que eu usava, feito com quatro bandeiras brasileiras. Parecia um sonho – diz a advogada.
Aquela foi apenas a primeira de algumas oportunidades que ela teve de ver o tricampeão pessoalmente. Em certa ocasião, quando Senna esteve em solo italiano para receber um prêmio, ela se aproximou perguntando se lembrava do encontro de Monza. Ao descrever o vestido que Maria usava, ele mostrou por que tinha facilidade para se lembrar dos fãs.
- Falo pouco, mas observo muito – disse Senna.
Ayrton Senna comemora umas de suas vitórias na Fórmula 1 com a bandeira do Brasil (Foto: Divulgação)
A relação se estreitava aos poucos, graças aos contatos que Maria
Grazie conseguia no paddock da Fórmula 1. Em 1994, quando a categoria
chegou a Ímola para o GP de San Marino, ela havia feito amizade com
alguns jornalistas italianos e conseguia, de vez em quando, ir à sala de
imprensa. Ponto privilegiado para quem queria saber cada detalhe sobre o
piloto, que buscava o tetracampeonato mundial. No entanto, um acidente
logo no início da corrida, na curva Tamburello, tirou a vida de Ayrton.
Um choque para todos os que estavam presentes ao circuito, em meio à
falta de notícias precisas sobre seu estado.- Ninguém sabia o que estava acontecendo. Eu vi o acidente do Ayrton pelo telão, o movimento da cabeça, e esperava que não tivesse acontecido nada. Corri para a sala de imprensa e fiquei lá, pois achei que era o melhor lugar para ter informações. A notícia da morte dele veio por um bilhete que um amigo jornalista me passou. É emocionante lembrar isso tudo – confessa Maria, que todos os anos volta a Ímola para deixar flores para o piloto.
Dedicação aos projetos sociais
A partir da perda de Senna, a vida se transformou. Maria passou a atuar em projetos sociais e soube de um em Fortaleza, no Ceará, apadrinhado por uma organização italiana. E assim ela se juntou à Operazione Lieta, uma associação beneficente que ajuda meninos e meninas da Casa da Criança de Itaitinga, em uma comunidade de baixa renda. Lá, eles recebem uma educação reforçada, de modo a estarem aptos a se profissionalizar em cursos específicos. Alguns vão para a Itália estudar ao término do ciclo escolar.
- Por causa do projeto social, já viajei cinco vezes ao Brasil. Tenho um "afilhado" em Fortaleza, o Samuel, que agora está com 18 anos e foi formado com o nosso trabalho na associação. Adoro o país, e desta vez resolvi visitar o Instituto Ayrton Senna, que é nosso parceiro na Operazione e com quem eu mantenho contato desde 2005 – explica Maria Grazia, que já viveu até a experiência de desfilar numa escola de samba do carnaval carioca.
Bruno Senna, sobrinho do tricampeão Ayrton Senna, no cockpit da Williams (Foto: Getty Images)
Em 161 corridas e dez temporadas completas na Fórmula 1, Ayrton Senna
conquistou 41 vitórias, 65 poles, 80 pódios e três títulos mundiais. Boa
parte desta história já foi revisitada por Maria. Ela percorreu
festivais e exposições por toda a Europa para ver todos os carros com os
quais Ayrton Senna correu. Para alguém que lembra com carinho do
tricampeão mundial, outro sonho já está em vias de se realizar: conhecer
o sobrinho de Ayrton, que hoje guia pela Williams na Fórmula 1.- Não conheço o Bruno. Depois do Ayrton, não tive mais vontade de ver Fórmula 1, mas gostaria muito de encontrá-lo. Lembro dele nas fotos, pequeno, com 8 anos. Torço por ele – afirma a advogada.
Fonte:globoesporte
Disponível no(a):http://globoesporte.globo.com
Comente está postagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário