Centro de Desenvolvimento Tecnológico da Mercedes-Benz faz 20 anos com novos projetos e inovações
por Igor Macário
Auto Press
Tornar um caminhão projetado inicialmente na Europa apto a rodar nas descuidadas estradas brasileiras não é fácil. Por isso, a Mercedes-Benz do Brasil mantém há 20 anos seu próprio Centro de Desenvolvimento Tecnológico, dentro das instalações da fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. A unidade é responsável pela engenharia e design de todos os caminhões da Mercedes-Benz à venda no país, que passam por severos testes antes de ganhar as ruas. E também concretizou toda a nova linha da marca, lançada durante a Fenatran em 2011, com a adaptação dos caminhões e ônibus para os novos limites de emissões do Proconve P7, que entrou em vigor em 1° de janeiro de 2012. Motores, chassis, carrocerias e suspensões são testados em condições que simulam anos de uso severo, para assegurar que nada dará errado quando um caminhão precisar enfrentar os piores caminhos.
"Um dos maiores desafios no desenvolvimento da linha 2012 de caminhões da Mercedes-Benz foi tempo curto para realizar toda a adaptação dos motores para as novas regras anti-poluição", explica Walter Sladek, diretor do setor de Caminhões e Agregados da Mercedes-Benz do Brasil. A fabricante levou cerca de três anos para concluir as evoluções técnicas nos caminhões e o desenvolvimento da tecnologia chamada "BlueTec 5", capaz de reduzir a emissão de gases poluentes. E também para elaborar o "face-lift" das gamas Atron – os tradicionais "bicudos", cujo visual ultrapassado demandou um extenso trabalho de atualização – e Actros. por Igor Macário
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Tornar um caminhão projetado inicialmente na Europa apto a rodar nas descuidadas estradas brasileiras não é fácil. Por isso, a Mercedes-Benz do Brasil mantém há 20 anos seu próprio Centro de Desenvolvimento Tecnológico, dentro das instalações da fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. A unidade é responsável pela engenharia e design de todos os caminhões da Mercedes-Benz à venda no país, que passam por severos testes antes de ganhar as ruas. E também concretizou toda a nova linha da marca, lançada durante a Fenatran em 2011, com a adaptação dos caminhões e ônibus para os novos limites de emissões do Proconve P7, que entrou em vigor em 1° de janeiro de 2012. Motores, chassis, carrocerias e suspensões são testados em condições que simulam anos de uso severo, para assegurar que nada dará errado quando um caminhão precisar enfrentar os piores caminhos.
Após a finalização do projeto de um caminhão, as peças que compõem o chassi são montadas no Hydropuls, um equipamento que simula vibrações e torções que os componentes estarão sujeitos durante a utilização normal. Por não estarem montados em um caminhão completo, ele possibilita análises mais precisas e rápidas. A intenção é acelerar os testes tanto da durabilidade da estrutura quanto das fixações de periféricos, como tanques de combustível e aditivos e quaisquer outros componentes. Além disso, as cabines também são postas à prova dos "chacoalhos" do sistema. Bancos, painéis e revestimentos devem suportar o equivalente a dezenas de milhares de quilômetros rodados sobre as mais castigadas superfícies.
No Centro de Desenvolvimento Tecnológico da Mercedes-Benz também são desenvolvidos os motores de toda a linha de caminhões e ônibus. O complexo conta com 11 bancadas de testes – abastecidas por cinco tanques de combustível com capacidade para 15 mil litros de diesel em cada um –, onde os propulsores são afinados para melhor performance, consumo, emissões e durabilidade. Os testes incluem ciclos de rodagem que simulam a utilização normal em diversos cenários. Todos os dados dos 150 parâmetros analisados em tempo real são compilados e compartilhados com os servidores da matriz na Alemanha, e os engenheiros podem trocar informações sobre o funcionamento dos motores a cada situação.
É claro que os testes não se resumem aos laboratórios. A fabricante ainda possui uma frota de cerca de 100 caminhões e ônibus para avaliações dinâmicas com o conjunto de cabines e carrocerias montado. Dentro, tonéis cheios de água simulam o peso de passageiros reais, para os testes com a carga máxima do veículo. Para a finalização da linha 2012 da marca, os protótipos rodaram mais de 10 milhões de quilômetros para certificar a qualidade e a durabilidade dos componentes. Os estudos são realizados de acordo com sua potencial utilização, como os ônibus articulados que serão usados nos sistemas de BRT das principais capitais brasileiras, que rodaram nos corredores específicos das principais capitais brasileiras durante os exames. Dos protótipos, foram coletadas mais de 7 mil amostras de combustíveis e lubrificantes para análise. Após os testes de rua, os caminhões e ônibus usados são mantidos nas instalações do CDT para avaliações estáticas, como de torção da carroceria. Eles são levados ao limite, para verificação de possíveis trincas ou empenamentos na estrutura ou no corpo do veículo.
O desenho dos caminhões também é feito em São Bernardo do Campo. Há uma área inteiramente dedicada às soluções de design específicas para o mercado brasileiro, como as mudanças realizadas na recente renovação da gama. A partir do desenho computadorizado, são feitos moldes de argila dos conceitos que virarão protótipos em tamanho real – que vão para as ruas sob o clássico disfarce zebrado. Segundo a marca, as mudanças no visual foram acompanhadas de perto pela matriz, que precisa aprovar as modificações feitas pelos designers e engenheiros brasileiros. Os desenhos geram protótipos de cabines e carrocerias, que são levados para toda a bateria de testes nos outros setores do CDT, antes de seguirem para as ruas.
Fonte: Motor Dream
Disponível no(a): http://motordream.uol.com.br/
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Postado por: Ícaro Nunes
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