No Salão de Milão, Ducati lança 1199 Panigale cheia de tecnologia para sua vitrine de esportividade
por Rodrigo Machado
Auto Press
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Quando uma marca como a Ducati resolve lançar um modelo topo de linha, os amantes de motos velozes logo param para ver. E assim foi apresentada, no Salão de Milão, a 1199 Panigale. A nova superesportiva da marca italiana, batizada com o nome da cidade sede da fábrica, chegou fazendo bastante barulho. Com muita eletrônica e tecnologia embarcada, a Panigale é considerada o lançamento do ano no mundo das duas rodas.
E atributos para isso ela tem. Em relação à antecessora 1198 Superbike, a nova moticicleta ficou mais leve e mais potente. Tudo para superar a forte concorrência nipônica e europeia. Para deixar os rivais ainda mais tensos, durante a apresentação no evento, o presidente da Ducati avisou que, mesmo com a economia europeia com problemas, 2011 foi o melhor ano da história da marca.O destaque absoluto vai para o motor. Totalmente novo, ele foi batizado de Superquadro e ganha a disposição já tradicional das motos da Ducati, com dois cilindros em “L”. Como denuncia o nome do modelo, ele conta com 1.199 cc e é capaz de gerar 195 cv a 10.750 rpm e torque máximo de 13,6 kgfm a 9 mil rotações. De acordo com a Ducati, esse é o bicilíndrico mais potente já produzido na história. Vale lembrar que a maioria das concorrentes usa motores de quatro cilindros e ainda têm potência inferior, na faixa dos 180 cv. O Superquadro também usa o sistema acionamento desmodrômico da válvulas, já clássico nas motos da marca. Em essência, o movimento de abertura e fechamento das válvulas é forçado através de varetas, sem o uso de molas. Na prática, o refinado sistema evita a flutuação de válvulas, importante para motores que funcionam em rotações muito elevadas. A transmissão tem seis velocidades e embreagem deslizante.
No chassi, a Ducati prefiriu fugir da tradição em nome de uma maior benefício. Largou o quadro feito com treliças para um em monobloco de alumínio inspirado diretamente nos modelos da Moto GP. O resultado é uma estrutura mais forte e muito leve. A 1199 Panigale tem apenas 164 kg de peso a seco. A suspensão dianteira é feita pela Marzocchi e a traseira pela Sachs. A combinação de alta potência e força com o baixo peso faz a 1199 Panigale a moto de série com a melhor relação peso/potência existente atualmente. São 0,84 kg/cv no total. Para frear a fera, a Ducati recorreu à também italiana Brembo, que adotou pistões comemorativos em alusão aos seus 50 anos de existência.
Para acompanhar tanta potência e capacidade dinâmica, a Ducati encheu a sua superesportiva de eletrônica. A Panigale tem o Ducati Riding Mode – que através de um toque de botão muda o comportamento dinâmico da motor – acelerador “ride-by-wire”, ABS, controle de tração com oito programas de uso, Ducati Quick-Shift – que permite realizar as trocas de marcha sem aliviar o acelerador, diminuindo ao máximo as perdas de tempo – e a suspensão eletrônica, que controla remotamente o trabalho dos amortecedores. Ainda há um sistema que controla a posição do acelerador nas reduções e impede que o freio motor dê trancos e desestabilize a moto. O painel de instrumentos usa um mostrador digital com tela colorida de TFT, que muda a sua disposição interna dependendo do modo de condução desejada pelo condutor.
O arrojo tenológico é tamanho que a própria Ducati admite que essa é a moto mais avançada no quesito em toda a sua história. Durante a apresentação em Milão, os dirigentes da marca também revelaram que esse foi o projeto mais ambicioso da fabricante.
Serão três versões vendidas. A Panigale “comum” custa 19.190 euros, o equivalente a R$ 46,1 mil, cerca de 15% a mais que a 1198 Superbike, vendida no Brasil a R$ 68 mil. Mantida esta lógica, a Panigale básica, sem ABS, chegaria por R$ 78 mil. A versão S adiciona 4.800 euros na conta e agrega suspensão mais esportiva, para-lama dianteiro em fibra de carbono, melhorias aerodinâmicas e suspensão eletrônica. Ainda há a edição S Tricolore, com pintura nas cores da Itália e silenciador de titânio por 28.990 euros – o que equivale a R$ 68 mil, mas que chegaria no Brasil por algo como R$ 120 mil.
Ficha técnica
Ducati 1199 Panigale
Motor: A gasolina, quatro tempos, 1.199 cc, dois cilindros em “L”, com 90º de inclinação, quatro válvulas por cilindro, sistema de válvulas com acionamento desmodrômico. Injeção eletrônica multiponto sequencial e refrigeração a água.
Câmbio: Manual de seis marchas à frente com transmissão por corrente.
Potência máxima: 195 cv a 10.750 rpm.
Torque máximo: 13,6 kgfm a 9 mil rpm
Diâmetro e curso: 112 mm x 60,8 mm.
Suspensão: Dianteira feita pela Marzocchi com garfo de alumínio pressurizado e ajustável, com 50 mm de curso. Traseira feita pela Sachs ajustável de braço único de alumínio.
Pneus: 120/70 R17 na frente e 200/55 R17 atrás.
Freios: Dianteiro: Discos duplos de 330 mm de diâmetro. Traseiro simples com 245 mm de diâmetro com pinça de dois pistões fixos. Oferece ABS de série a partir da versão S.
Dimensões: Não divulgado.
Peso: 164 kg
Tanque do combustível: 17 litros.
Produção: Bolonha, Itália.
Preço: 19.190 euros, o equivalente a R$ 46,1 mil.
Fonte: motordream
Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br
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