13 de nov. de 2011

A brutal elegância de um Fórmula 1 clássico

O circuito de Montreal está tão encharcado nesta volta que parece que Patrick Depailler conduz seu Tyrrell 1978 em um espelho gigante. A briga necessária com o volante sob estas condições é gigantesca.

Seis meses – nove provas – antes na mesma temporada, Depailler venceu o famoso GP de Mônaco, e nesta prova no Circuit Île Notre-Dame, hoje conhecido como Circuito Gilles Villeneuve, ele chegou em quinto lugar.
Ao final do campeonato ele ficou na quinta colocação, contra carros muito mais competitivos. O dominante Lotus 78 e depois o 79 deram a Mario Andretti o campeonato e a Ronnie Peterson o segundo lugar, enquanto o argentino Carlos Reutemann terminou em terceiro com a Ferrari e Nikki Lauda terminou em quarto com a Alfa Romeo.
Como você pode ver neste vídeo onboard, o Tyrrell 008 deu bastante trabalho a Depailler; tinha o imortal motor Cosworth DFV V8, já no fim de sua carreira competitiva, mas ainda era capaz de entregar 485 cavalos aos gigantescos pneus traseiros. Todo o carro pesava apenas 580 quilos.
O que é mais incrível neste vídeo é o quão claro fica para o expectador o tamanho do trabalho e ajustes necessários em um Fórmula 1 da época. Tudo parece desacelerado para que você possa ver melhor. Podem falar que guiar um F1 hoje é mais difícil por causa da velocidade e dos limites que o corpo precisa suportar, mas a facilidade para entender o desafio neste vídeo mostra que as coisas talvez não sejam bem assim.
Depailler faleceu dois anos depois desta prova, testando um Alfa Romeo em Hockenheim.
Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br/

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