Se você achou as rodas modernas do Rolls-Royce do Nelson Piquet uma afronta à tradição da marca, espere até ver o que encontramos a venda na Alemanha. Rolls-Royces trabalhadores transformados em peruas são algo tão raro quanto um alemão pedindo esmolas.
Se você está procurando um carro de reputação indiscutível, você não pode escolher nada abaixo dos britânicos da Rolls-Royce. Estética impecável, mecânica construída a mão da melhor qualidade e um inconfundível ar de superioridade são as características mais marcantes da marca, mesmo quando se trata do primeiro dos Rolls-Royce modernos, o Silver Shadow. Na verdade, a única coisa que poderia tornar um Silver Shadow ainda melhor é uma conversão. Quem sabe uma perua Silver Shadow.
O quê?
Localizada em Düsseldorf – que é uma cidade alemã com um nome engraçado de pronunciar – este Silver Shadow modificado ganhou não somente a capacidade de transportar vários mastins (ou caixões), mas também de deixá-los surdos com seu sistema de áudio e vídeo super amplificado. Os passageiros do banco traseiro têm uma imensa tela de plasma para amortecer seus rostos em caso de acidente, enquanto os caras do banco da frente contam com o tradicional painel de nogueira. Há uma tela bem menor lá, mas seria difícil apontar a cara para ela antes de beijar a parede.
Os bancos em couro Connolly preto parecem ter passado um tempo com Freddy Kruger. Ao menos parecem confortáveis. O resto do interior parece ter sido comprado nas Lojas Americanas, com uma galeria de alto-falantes e um trio de baterias na traseira.
E por falar em traseira, parece que ela foi tirada de uma velha perua Chevrolet Celebrity, assim como o suporte da placa e iluminação. Aquele vidro parece ser o único acesso à traseira do carro, e isso acaba com a elegância desse Rolls.
Seus olhos vão doer quando perceberem que a conversão não segue a linha natural dos para-lamas traseiros. Em vez disso, tem um par de barbatanas largas que acabam com um corte abrupto na traseira, algo tão atraente quanto a decoração de uma repartição pública. A grade dianteira patenteada da Rolls agora têm frisos horizontais. A dama no topo do radiador traz um rosto triste – e você pode ter certeza que sabe o motivo.
A força do Silver Shadow vinha, na época, de duas versões de V8: um 6,2l de 172 cv usado de 1965 a 1970 e um 6,75l de 185 cv na década seguinte. No topo do imenso V8 há um par de coletores de admissão. A maioria dos carros tinha carburadores com corpo de duas polegadas, mas os modelos 1977 tinham 1 3/4 polegada. A transmissão aqui deve ser a THM400 da GM, que era o que os equipava quando saíam da fábrica.
Mas este carro é muito mais visual que desempenho, e na verdade o vendedor diz que ele é um carro de cinema – seja lá o que isso signifique. Pela taxa de câmbio de hoje, o carro custa 140.000 reais. Dá pra comprar muita cerveja e salsicha, mas tenha em mente que o vendedor diz que você pode tirar até 2500 Euros por dia alugando o carro para filmagens.
Só se for para filme de terror, presumimos…
Fonte:jalopnik.com.br
Disponível no(a)http://www.jalopnik.com.br
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