Mini lança um legítimo coupé, mas não perde o charme
por Alejandro Konstantonis
Autocosmos/México
Exclusivo para Auto Press
O Mini tem uma história curiosa. Criado em 1959 para ser um carro econômico e barato na Grã-Bretanha pós-guerra, transcendeu essa barreira e alçou status de ícone por todo o mundo.
Mais tarde, já na virada de século, a BMW adquiriu a Mini com o objetivo de criar a partir do zero um novo veículo. Com a aquisição, a empresa alemã reestruturou as operações da empresa e introduziu uma nova geração de modelos na fábrica inglesa. E passou a produzir carros. Começou com o tipo de carroceria mais padrão, o hatchback, clássico da marca. Depois vieram o Mini Cabrio, o Mini Clubman – uma versão extendida do hatch, e o maior deles, Countryman, uma espécie de SUV, o único com quatro portas. Aí os executivos da Mini inglesa decidiram criar mais uma variante. Daí nasceu à versão Coupé. por Alejandro Konstantonis
Autocosmos/México
Exclusivo para Auto Press
O Mini tem uma história curiosa. Criado em 1959 para ser um carro econômico e barato na Grã-Bretanha pós-guerra, transcendeu essa barreira e alçou status de ícone por todo o mundo.
Lançado na Alemanha, poucos dias antes de seu debut no Salão de Frankfurt, ficou evidente o uso da base do hatchback Mini Cooper na estética do carrinho. Toda área abaixo da linha de cintura é igual. O destaque mesmo fica a cargo da parte de cima, que deixou o modelo com visual mais agressivo, ao abusar das linhas arrojadas e formas arredondadas. A presença de um spoiler retrátil deixa o modelo como o de aspecto mais esportivo da marca. As alterações tornaram o Mini Coupé em um digno três volumes. Com facilidade, é possível identificar o capô, cabine e porta-malas.
Quanto à motorização, o inglesinho terá quatro versões. A primeira a Mini Cooper Coupé com motor 1.6 de 122 cv, seguida do SD Coupé que virá com motor 2.0 turbodiesel de 143 cv. As versões mais potentes são a S Coupé, equipado com motor 1.6 turbo de 184 cv e atinge a velocidade máxima de 230 km/h, e a topo de linha, o Mini JCW Coupé – John Cooper Works –, que também se utiliza do motor 1.6 turbo, mas com 211 cv de potência.
No Brasil, o modelo deverá chegar com a configuração de motor 1.6 16V a gasolina aspirado de 122 cv – antes do aumento do IPI, o preço seria em torno de R$ 120 mil. Já para o modelo da linha esportiva S, com 184 cv, o preço seria uns 15% mais caro. Apesar da marca não anunciar uma data de lançamento oficial no Brasil, é provável que o Coupé esteja no mercado brasileiro já no final de outubro.
Primeiras Impressões
Puro-sangue
Sinônimo de diversão, dinamismo e prazer de condução, o Mini Coupé de dois lugares, no primeiro momento, deixa qualquer um boquiaberto. A primeira mudança parte já da estética. O exterior pode ser dividido em dois. Na parte baixa da carroceria, da zona da maçaneta para baixo, é praticamente igual à versão hatchback. Já na parte de cima as coisas mudam radicalmente ao oferecer um desenho agressivo e “musculoso”, que deixa a sensação de velocidade.
O para-brisas e a dianteira foram inclinados em 13º graus, os vidros laterais e as janelas traseiras também sofreram mudanças, o que deu ao habitáculo um aspecto mais envolvente. O teto tem dois ressaltos para gerar mais espaço para a cabeça dos ocupantes, porém este aumento não afeta o desenho externo do modelo. Com as alterações o Coupé se converteu claramente em um três volumes. Com o capô, cabine e porta-malas bem definidos. Mas, no design o que chama mesmo a atenção é a presença de um spoiler retrátil, que se aciona automaticamente. Isso deu ao carro maior aderência em altas velocidades.
O principal diferencial do carro é mesmo o estilo. A marca apostou na agilidade e desempenho. Motores, chassi, distribuição de peso e a aerodinâmica são alguns dos fatores que contribuem para o ótimo comportamento dinâmico. Seu comprimento, largura e distância entre eixos correspondem quase que exatamente às dimensões do Mini, mas o Coupé tem uma altura um pouco menor, com 1,37 m.
No interior, a “mão” da BMW aparece. Tudo é bem-feito. Todo o carro tem revestimento em couro com detalhes na cor vermelha, que marca todo o contorno dos bancos e no painel. Um excelente contraste. No volante, os controles de áudio e telefone via Bluetooth oferecem boa ergonomia. O pacote Connected contém ainda outras tecnologias de interatividade. Como rádio com disposição de consultar redes sociais como Twitter e Facebook.
No teste, o Mini Coupé percorreu um total de 200 km em percurso que envolvia desde o trânsito pesado da cidade às rodovias. E o mais interessante foi o baixo consumo de combustível. Em torno de 7,3 km/l em 100 km na cidade, cerca de 13 km/l, e 5 km/l em 100 km na estrada, cerca de 20 km/l.
Em uso normal, o Mini Coupé S não decepcionou. É um carro de nicho com suas peculiaridades e suas limitações. Mas quem o deseja sabe que um verdadeiro dois lugares têm desvantagens. Mas a Mini entendeu muito bem o que sua base de clientes quer: fazer da viagem uma diversão.
Ficha técnica
Mini Cooper S cupê
Motor: A gasolina, dianteiro, transversal, 1.598 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, cabeçote com duplo comando de válvulas com tempo de abertura variável e sobrealimentado por turbocompressor. Injeção direta de combustível e acelerador eletrônico
Transmissão: Câmbio automático ou manual de seis marchas a frente e uma a ré. Tração dianteira. Oferece controle eletrônico de tração.
Potência máxima: 184 cv a 5.600 rpm.
Aceleração 0-100 km/h: 6,9 segundos.
Velocidade máxima: 230 km/h.
Torque máximo: 24,5 kgfm de 1.600 rpm a 5 mil rpm.
Diâmetro e curso: 77,0 mm x 85,8 mm. Taxa de compressão: 10.5 : 1.
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais e amortecedores pneumáticos. Traseira com braço transversal em alumínio, braços múltiplos, molas helicoidais, amortecedores pneumáticos e barra estabilizadora. Oferece controle eletrônico de estabilidade.
Pneus: 195/55 R16.
Freios: Discos ventilados na frente e atrás. ABS, EBD e assistente de frenagem de emergência
Carroceria: Cupê em monobloco, com duas portas e dois lugares. Com 3,72 metros de comprimento, 1,68 m de largura, 1,37 m de altura e 2,46 m de distância entre-eixos. Oferece airbag frontais, laterais e de cortina.
Peso: 1.240 kg.
Capacidade do porta-malas: 280 litros.
Tanque de combustível: 50 litros.
Produção: Hams Hall, Inglaterra.
Lançamento mundial: 2011.
Itens de série da versão testada: Seis airbags, direção elétrica sensível à velocidade, espelhos externos ajustados eletricamente, Controle de Distância de Estacionamento, assentos com altura ajustável, ar condicionado e um sistema de áudio com aparelho de CD compatível com MP3 e conexão auxiliar.
Itens opcionais: Caixa do farol preta, faróis xenônio, controle climático automático, espelho retrovisor e espelhos externos com escurecimento automático, suporte de porta-bagagem traseiro, sistema de alto-falantes Hi-fi Harman Kardon, Bluetooth, USB. Mini Visual Boost ou sistema de navegação Mini e o pacote Mini Connected com rádio com conexão a Internet, serviços como Google local search e Google Send to Car e uso de redes sociais.
Preço estimado: US$ 32.315 (R$ 57,7 mil).
Fonte: motordream
Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br
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