Cupê chega em outubro com motor 1.6 de 200 cv e muito estilo
A Peugeot irá apresentar no Brasil na segunda semana de outubro o RCZ. O modelo é construído sobre a plataforma 2 da PSA, que deu origem aos 308, 3008 e até à minivan 5008. O estilo singular é um dos maiores chamarizes do carro, que foi apresentado ainda como conceito em 2007. O RCZ vem da fábrica da Magna Steyr, na Áustria, e é equipado com o motor 1.6 litro THP - o mesmo do 3008 vendido aqui -, mas com 200 cv.
Os preços e datas oficiais para o início da comercialização serão anunciados somente durante a apresentação do carro. Como o RCZ vem da Europa, pagará a maior alíquota do IPI, chegando a 43% do valor do carro, o que certamente o fará custar mais do que o previsto pela Peugeot. Entretanto, a manutenção do lançamento do carro por aqui mostra a estratégia mais agressiva da marca para reforçar a sua imagem no país.
Impressões ao dirigir
RCZ faz bonito
por Luiz Humberto Monteiro Pereira
Elciego/Espanha - O local escolhido para a apresentação mundial à imprensa automotiva do Peugeot RCZ foi o Hotel Marqués de Riscal, na região de Logroño, no país basco espanhol. Instalado em meio a uma vinícola, o hotel foi projetado pelo arquiteto Frank Gehry, o mesmo que criou o Museu Guggenheim de Bilbao. O hotel e o museu transmitem a sensação de estarem se movendo, mesmo parados, assim como o RCZ . Mas como não era conveniente deixar o cupê da Peugeot parado muito tempo, o ordem era acelerar fundo no percurso de 240 km do teste. O trajeto incluiu trechos do chamado Caminho de Santiago, que atravessa diversas cidadezinhas medievais e é percorrido por peregrinos de todo o mundo.
Algumas características dinâmicas do RCZ podem ser bem expressas matematicamente. A versão de 200 cv ganha velocidade de forma avassaladora, como um foguete, e esbanja disposição em qualquer giro. A aceleração de zero a 100 km/h pode ser feita em 7,5 segundos e dos 80 km/h aos 120 km/h leva apenas 6,5 segundos. O câmbio manual de seis velocidades, de engates curtos e precisos, permite que se extraia todo o potencial esportivo da motorização. Mesmo acima dos 160 km/h, o carro continua a acelerar de forma uniforme e decidida. A velocidade máxima é de 237 km/h. Um abuso!
Algumas características dinâmicas do RCZ podem ser bem expressas matematicamente. A versão de 200 cv ganha velocidade de forma avassaladora, como um foguete, e esbanja disposição em qualquer giro. A aceleração de zero a 100 km/h pode ser feita em 7,5 segundos e dos 80 km/h aos 120 km/h leva apenas 6,5 segundos. O câmbio manual de seis velocidades, de engates curtos e precisos, permite que se extraia todo o potencial esportivo da motorização. Mesmo acima dos 160 km/h, o carro continua a acelerar de forma uniforme e decidida. A velocidade máxima é de 237 km/h. Um abuso!
O fato do torque máximo estar disponível já desde os 1.750 giros explica o fato do carro parecer disposto a acelerar em qualquer giro, de forma consistente. E sempre com aquele agradável ronco dos motores BMW, que aparece sem qualquer sotaque francês. A matemática também ajuda a justificar o fato de um carro de 1.275 quilos com 200 cv -- ou seja, com uma relação peso/potência de 6,5 kg por cv -- esbanjar potência e ganhar velocidade de forma brutal.
Mas não é apenas com a frieza dos números que se avalia um automóvel como o Peugeot RCZ. Na versão de 200 cv, o volante é reduzido e a alavanca do câmbio é mais curta em relação à versão diesel e à versão movida a gasolina com 156 cv. No painel fluido, os instrumentos são bastante legíveis. Botões e alavancas têm operação simples e estão sempre ao alcance da mão. O câmbio tem curso curto e engates precisos, coerentemente com a proposta esportiva. Os bancos revestidos em couro são bem envolventes e se esforçam para manter o corpo dos ocupantes na posição correta. Num modo mais radical de dirigir, o carona se recente um pouco da ausência de uma alça sobre a porta que o ajude a se firmar melhor no lugar nas curvas. O espaço interno é típico de um esportivo “2+2”: no banco traseiro cabem, no máximo, duas crianças, embora o vidro traseiro com dupla bossa melhore a sensação de amplitude vertical.
A Peugeot pretende afirmar seu padrão tecnológico com o RCZ. Além do controle de tração inteligente, o ESP integra controle dinâmico de estabilidade, assistente para frenagens de emergência e assistência de arranque em aclive. Algumas dessas funções podem ser desligadas para os que preferem ter domínio absoluto sobre o carro, livre de interferências tecnológicas. Airbags frontais e laterais são de série. Itens de conforto e entretenimento como radio/CD/DVD/MP3 com entrada SD e USB e 10 Gb de disco para armazenamento -- até 180 horas de música -- com sistema de comunicação por Bluetooth, GPS com tela de 7 polegadas e sistema de auxílio ao estacionamento também são de série – pelo menos no modelo vendido na Europa.
Ao atravessar velozmente a sequência de curvas de uma das pequenas serras que compuseram o circuito, foi possível comprovar a excelente rigidez torcional e o admirável equilíbrio dinâmico do cupê, que se manteve o tempo todo sob controle Num único momento que pareceu escapar, quando uma pequeno monte de areia surgiu na pista, uma luz amarela acendeu no painel para avisar que um dos sistemas eletrônicos estava atuando para manter o carro no bom caminho. Tudo sem perder a elegância. Nas frenagens, o comportamento é igualmente preciso e, para um esportivo de tração dianteira, a estabilidade impressiona.
Findo o trecho mais sinuoso e ao chegaram às retas, era hora de acelerar fundo e deixar o Peugeot ganhar velocidade de forma voraz. E o cupê dá conta do recado. As eventuais ultrapassagens acontecem de forma absolutamente harmônica e fácil, com absoluto controle do motorista. Nos cruzamentos em ângulo agudo, é sempre necessário redobrar a atenção, pois as grossas colunas traseiras prejudicam bastante a visibilidade. Avançando pela paisagem, o RCZ pode voltar a desfilar lepidamente, sob olhar incrédulo dos mochileiros que percorrem do Caminho de Santiago.
A Peugeot fala em 14,5 km/l em ciclo misto. Ao final do teste, o computador de bordo indicava um consumo de 8 km/l de gasolina, em percurso 80% rodoviário, mas feito na maior parte do tempo em velocidade muito além do recomendável. Nada mal!
Findo o trecho mais sinuoso e ao chegaram às retas, era hora de acelerar fundo e deixar o Peugeot ganhar velocidade de forma voraz. E o cupê dá conta do recado. As eventuais ultrapassagens acontecem de forma absolutamente harmônica e fácil, com absoluto controle do motorista. Nos cruzamentos em ângulo agudo, é sempre necessário redobrar a atenção, pois as grossas colunas traseiras prejudicam bastante a visibilidade. Avançando pela paisagem, o RCZ pode voltar a desfilar lepidamente, sob olhar incrédulo dos mochileiros que percorrem do Caminho de Santiago.
A Peugeot fala em 14,5 km/l em ciclo misto. Ao final do teste, o computador de bordo indicava um consumo de 8 km/l de gasolina, em percurso 80% rodoviário, mas feito na maior parte do tempo em velocidade muito além do recomendável. Nada mal!
Fonte: motordream
Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br
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