15 de set. de 2011

O segredo do negócio: casos de sucesso e de fracasso na indústria brasileira

Por Michelle Sá / Colaboração de Thiago Parísio / Fontes: O Estadão, Motorpasion, Carplace, Zap

Renault Mégane Dynamique
Nas publicações especializadas não faltam listas sobre os melhores e os piores veículos à venda no mercado. Design, tecnologia, equipamentos, velocidade, custo/benefício e tantos outros itens chegam a ser discutidos exaustivamente em sites, blogs, jornais e revistas da área.

Enquanto a grande maioria precisa de campanhas e promoções para vender, certos modelos, com pouca ou nenhuma publicidade, caem no gosto popular e se transformam em verdadeiras minas de ouro para as montadoras.
Com pouquíssimas aparições na mídia, a Volkswagen Kombi é um exemplo de liderança absoluta em seu segmento. Exceção feita ao lançamento do novo Fiat Uno, o modelo anterior era mais um que não precisava de publicidade exclusiva para deixar os pátios das concessionárias.
Kombi
É bem verdade que tanto um como outro são bastante associados a carros de frota e estão entre os preferidos de microempresários e órgãos estatais – normalmente áreas sem abordagem da mídia.
Na direção contrária seguem aqueles que, mesmo notáveis do ponto de vista técnico, não conseguem emplacar na preferência dos consumidores. São os “injustiçados”.
Um caso clássico recente é o Renault Mégane, um automóvel seguro, de ótimo acabamento e suspensão suave e confortável. Não são poucos os que acusam a montadora francesa de ter sabotado seu próprio produto quando decidiu, inicialmente, promovê-lo na versão básica com motor 1.6.
Ações de marketing mal-elaboradas, número reduzido de revendas, atributos técnicos ou até mesmo simples particularidades podem acabar com uma carreira que nem mesmo começou. Para muitos, a campanha “Não Tem Cara de Tiozão” foi o principal motivo para o relativo fracasso comercial do Nissan Sentra. Nem mesmo as centenas de elogios que o veículo recebeu da imprensa especializada foram capazes de alavancar suas vendas a níveis condizentes com o que o carro oferece.

A Nissan pelo jeito aprendeu a lição. Invariavelmente utilizando linguagem objetiva e por vezes subliminar, seus comerciais se destacam pela criatividade e diversão. A marca, no entanto, ainda peca quando o assunto é design.
Situação complicada também é a do Ford Focus. Embora o hatch figure entre os mais vendidos no seu segmento, o modelo sedã jamais alcançou um bom desempenho no mercado automotivo brasileiro. E ainda há, como diriam alguns, aqueles carros que mais parecem ter regredido no tempo – como foi o caso da Montana. Muitos consumidores não pouparam a Chevrolet de críticas devido à última reestilização da picape.

Erros de estratégia também cometeram Volkswagen e Fiat. Concebido para ser mais acessível, o Fox simplesmente canibalizou outros veículos da marca alemã como o Polo e o Golf.
Marea e Tipo entraram para a história automotiva do país de forma conturbada. Quando o primeiro foi lançado surpreendeu pelo design e acabamento. O tempo passou, defeitos elétricos apareceram e o Vectra surgiu. Na época, a cara manutenção do Marea e o design inovador do modelo da GM colaboraram para ofuscar o sedã da Fiat.

Evolução em seu segmento, o Fiat Tipo entusiasmou por ofertar maior espaço interno, possuir carroceria em aço galvanizado e vir com equipamentos inexistentes nos concorrentes – como direção hidráulica de série. O contentamento terminou quando casos de incêndios espontâneos passaram a ser noticiados nos meios de comunicação, espalhando medo e desconfiança. O fato manchou a imagem da companhia e, desde então, ela não obteve mais sucesso no segmento de veículos médios.
Situações análogas vivem Peugeot e Citroën. Famosas pelo acabamento refinado em seus automóveis, ambas adquiriram reputação de caras devido aos custos mais elevados com manutenção e à grande depreciação entre os seminovos.
E aí, para vocês que outras marcas e modelos se enquadrariam nestas situações?
Fonte: carplace.virgula
Disponível no(a)http://carplace.virgula.uol.com.br

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