6 de ago. de 2011

Por que certos carros não embalam nas vendas?



O pessoal do Carsale  publicou uma matéria que está gerando bastante discussão a respeito de carros modernos que foram lançados com destaque, cheios de qualidades, mas que não conseguem resultados expressivos nas vendas aqui no Brasil. Vamos arriscar alguns pitacos a respeito.

Antes de continuar, vale ler o texto no site dos caras, conferir os dados de mercado apurados e passar para um ponto que o Carsale não aborda: os motivos dos insucessos. A Amarok, por exemplo, não chega a alcançar 1/4 das vendas da veterana S10. Dá para creditar esse fracasso apenas à falta de tradição da VW entre as picapes? A propalada falta de câmbio automático é assim tão decisiva? Ou os concorrentes simplesmente são melhores?

O New Fiesta, de plataforma moderna e bastante elogiada pela imprensa especializada, vende menos que o Peugeot 207 Passion, uma adaptação brasileira sobre um carro com treze anos de vida. A estratégia da Ford ao lançar apenas o sedã – e não o hatch –  é estranha, e o preço de 50 mil reais na tabela assusta, mas o Honda City também não é nenhum primor de custo-benefício e lidera com folga a categoria. Vai entender.

Ganhador de boas críticas, o Renault Fluence já venceu vários comparativos e acabou de ser eleito a Melhor Compra de 2011 pela Quatro Rodas. Posição no ranking dos sedãs? Apenas o décimo lugar, com vendas oito vezes menores que a do Corolla. Outro lançamento importante do último ano, o Fiat Bravo também não consegue emplacar bons números entre os hatches médios, mesmo tendo à frente dois modelos quase jurássicos, o Astra e o Golf de quarta geração.

Além de fatores como qualidade, preferências, tradições, análises de custo e caprichos do mercado, uma constatação importante (e preocupante) pode ser feita. Todos os modelos citados acima tiveram campanhas de marketing convencionais e quase sutis. O Bravo talvez seja o principal exemplo disso – você sabia que a versão T-Jet só começou a ser vendida agora? Enquanto isso, as propagandas do i30, do novo Uno e da JAC bombardearam de maneira quase irritante o público consumidor. A Nissan, até então discreta, investe cada vez mais em anúncios polêmicos – e com bons resultados, vide o aumento nas vendas do Tiida e a atual maldição dos pôneis.
O ponto onde quero chegar é o seguinte: nosso mercado não possui maturidade suficiente para favorecer os melhores produtos? Estamos à mercê do sucesso de campanhas publicitárias, e não de projetos automotivos? Afinal, o que leva um carro a fazer ou não sucesso no Brasil?

Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br

Um comentário:

Anônimo disse...

A resposta é simples. Sou jornalista e tecnico mecanico com muito conhecimento em automoveis tendo trabalhado por 10 anos com vendas em autorizadas Ford e Renault. A Renault não consegue embalar as vendas do Fluence porque quem comprou um Megane está traumatizado em ver o seu carro tão caro acabar com 4 anos e meio de vida. A Ford, e eu estava lá deixou proprietários de Mondeo e Taurus sem falar na Explorer sem peças, sem assistência sem nada. Hoje esses carros não valem nem um gol velho pelado. Agora os japoneses dão um banho nelas todas em pós vendas e respeito por fabricarem carros honestos.Carro não é investimento, mas, no Brasil carro é um bem caríssimo e ninguém quer um veiculo micado que não valha mais nada.