Chinesa amplia sua linha no Brasil com modelo falimiar; Confira o teste
Minivan J6 tem garantia de 6 anos; Versão de cinco lugares custa R$ 58.880, para sete lugares, preço é de R$ 59.880 |
Com preço competitivo, boa oferta de equipamentos e garantia de seis anos, colocou nas ruas pouco mais de 8.500 unidades do J3, hatch e sedã. E quer ir além. Para tanto, passa a oferecer a J6. A minivan sai por R$ 58.800, na versão de cinco lugares, e R$ 59.800, na de sete, como a que você vê aqui. É uma faixa de preço que atrai consumidores ainda mais exigentes. A J6 está pronta para eles?
Quando o assunto é espaço, a minivan não passa aperto. Nem o quinto passageiro, em geral negligenciado, sofre. Seu banco é mais estreito que os dos vizinhos, mas ele viaja com conforto. Se o lugar estiver vago, os ocupantes das laterais podem rebater o encosto central e usar os porta-copos disponíveis ali. Eles também podem regular, individualmente, a inclinação do encosto e a posição longitudinal dos assentos, já que há sistema de deslizamento.
Entre os itens de série, estão luzes de neblina, sensor de estacionamento e travamento automático das portas a 15 km/h |
Na terceira fileira, o espaço é limitado. Atende crianças. Mas nem elas encontram boa posição para os pés. O acesso ao local não é simples. Mas o pior é sair: as pernas esbarram na presilha que fixa o banco da segunda fila ao assoalho. Com os dois assentos “extras”, o porta-malas é bastante reduzido. Sem eles, a JAC divulga capacidade para levar 720 litros.
A J6 traz dois avanços em relação aos J3: ajuste de altura para os cintos da frente e comando central para travar e destravar portas. Porém, ainda é estranho um carro de R$ 60 mil que não abre quando a maçaneta é acionada. Digo R$ 60 mil, mas pode ser mais. A pintura metálica ou perolizada custa R$ 1.190, as rodas aro 17, R$ 1.600, e o revestimento de couro para os bancos, R$ 1.800. Couro de série, só no volante que, assim, ganha pegada melhor. Com ajuste de altura, ele incorpora botões para controle de volume do som e para troca das rádios. Só que o comando não alterna entre as emissoras que já estão programadas. No console central há entrada USB. Mas a qualidade do som deixa a desejar.
Acabamento deve em sofisticação e volante não conta com ajuste de profundidade |
As imperfeições das vias são bem absorvidas pela suspensão, independente nos dois eixos. Com configuração dual link atrás, ela apresenta bom acerto, como comprovamos na pista de testes. Lá, também, testamos o motor 2.0 de 136 cv e 19,1 kgfm. Ele substitui o 1.8 oferecido na China e empurra razoavelmente os 1.500 kg da J6, que leva 13,4 s para alcançar 100 km/h – com gasolina, afinal, não é flex. As retomadas de velocidade também não são das melhores: para voltar aos 100 km/h a partir dos 60 km/h, gastam-se 12 s. Tudo isso com a participação do câmbio manual de cinco marchas. Seus engates não são ruins, mas fazem um pouco de barulho, assim como o pedal de embreagem de longo curso, que apresentava rangido na versão avaliada. A transmissão automática não está nem estará disponível tão cedo, de acordo com o responsável pela importação do J6, Sergio Habib, presidente do Grupo SHC.
Rodas são aro 17; Com bancos rebatidos, capacidade de carga é de 2.200 litros |
O primeiro lote da J6 chega ao país nesta primeira semana de agosto. Parte dele já está comprometido: segundo a JAC, 600 unidades foram vendidas – mesmo sem oportunidade de test drive. A expectativa é de que entre 1.000 e 1.500 unidades sejam emplacadas todos os meses. Apesar de vir completa, ter visual atraente e boa oferta de espaço, temos dúvidas se tantas pessoas vão se dispor a pagar R$ 60 mil pela minivan chinesa. Se a previsão se confirmar, teremos de usar mais uma vez o bordão do Fausto Silva. Será “inesperado”.
Mercado de minivans
A aposta de vender de 1.000 a 1.500 unidades é bastante ambiciosa. Segundo dados exibidos por Habib, o segmento de minivans atingiu apenas 2.000 unidades no primeiro semestre deste ano. “Mas há potencial para atingir 8.000, especialmente se contarmos com todos os canais de distribuição, o que inclui táxi, frota, locadora... O problema do segmento é que os carros envelheceram e as montadoras não se preocuparam em renová-los”, afirma o executivo.
Perfil do consumidor
Na apresentação do J6 à imprensa esta manhã também foram revelados dados de uma pesquisa realizada com 131 compradores do modelo. Confira a seguir:
65% deles são homens.
Entre eles, 79% serão os próprios usuários do carro.
De maneira geral, o J6 foi adquirido por pessoas na faixa dos 33 aos 55 anos, casadas e com filhos.
25% dos compradores já possuem três carros ou mais.
11% chegaram à revenda por indicação de alguém.
54% das pessoas compraram o modelo na primeira visita à concessionária. 31%, na segunda.
Entre os que não fecharam negócio na hora, 55% voltaram dentro de no máximo uma semana para faze-lo.
25% vão levar para casa a versão com cinco lugares. Os demais, compraram a configuração Diamond, com sete assentos.
27% dos compradores não comparou o J6 com nenhum outro modelo antes de fazer sua opção. 19% deles consideraram a Nissan Livina e 17%, a Chevrolet Zafira. 6% cogitaram levar o Hyundai Tucson.
Fonte: revistaautoesporte
Disponível no(a):http://revistaautoesporte.globo.com/
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